Na qualidade de Presidente do Júri do processo de candidatura aos maiores de 23 anos na ESAV, é minha obrigação pugnar pela regularidade das questões organizacionais e burocráticas e tentar delinear, conjuntamente com os meus colegas de Júri, uma estratégia comunicação, promoção e divulgação desta forma de acesso ao Ensino Superior que com o decorrer dos anos considero que tem sofrido uma evolução extraordinariamente positiva, em termos de qualidade e exigência dos candidatos.
Estou neste processo há mais de 10 anos e lembro-me orgulhosamente de quase todos os candidatos que entrevistei desde então, por uma razão especial ou uma particularidade que lhes conferia a cada um deles uma mais-valia para este processo quase como uma garantia de sucesso. Apresentaremos testemunhos com face e com resultados para que possam servir de motivação para os novos candidatos que por uma razão ou outra possa ter dúvidas de que é possível concretizarem com êxito as suas ambições de futuro, conjugando as suas experiências pessoais de vida com os saberes técnico-científicos que muitas vezes nos ajudam a explicar os "porquês" daquilo que já fazemos de forma rotineira, e que nos podem permitir implementar mais inovação e criatividade áquilo que já fazemos tão bem!...Ou então darmos um novo rumo às nossas competências por razões estratégicas ou conjunturais da nossa região, do nosso País, mas acima de tudo da nossa vontade e dos nossos objetivos.
Os candidatos aos maiores de 23 anos são avaliados pela súmula de três componentes: Avaliação do Currículum Vitae, entrevista com os elementos do Júri e uma das três provas escritas: Matemática, Química-Física ou Biologia-Geologia. Temos tido candidatos que, cumpridos os dois primeiros itens, têm ingressado na ESAV através da realização de qualquer uma destas provas o que mostra a diversidade e abrangência dos seus domínios técnico-científicos. Temos tido candidatos alguns com mestrado, licenciados em Eng. Civil, Eng. Química, Farmácia, Ciências Biomédicas, Bioquímica, Geografia, Filosofia, entre muitos outros cursos, já formados nas mais reputadas universidades nacionais. Por outro lado, temos outro tipo de candidatos que ainda não concluíram o 12º ano de escolaridade mas este facto não tem sido um handicap para que não ingressem no curso pretendido e não lutem pelos seus objetivos, na prática tornarem os sonhos realidades.
A origem geográfica também tem sido muito abrangente recordando que ultimamente temos tido candidatos de todo Portugal Continental, da Madeira e dos Açores o que revela a nossa capacidade de divulgação e de atratividade, pelo facto de termos alunos formados dessas origens e que provavelmente os vêm como exemplos de vida pelo sucesso técnico-científico, ético e moral que têm conseguido almejar.
Todos sabemos que os candidatos não serão todos "brilhantes", mas nem estes nem os outros, ditos "os da via normal", o que não os impede de serem voluntariosos e compete-nos a nós professores e tutores a obrigação de os formar o melhor possível e esse é o nosso objetivo diário e contínuo. Da larga experiência que tenho tido com os alunos maiores de 23 anos, a par dos colegas de júri, devo dizer que é um enorme orgulho poderem considerar-nos tutores, sendo que alguns dos candidatos até têm, por vezes, mais experiência vivida que a nossa e posso dizer que também tenho aprendido imenso neste processo.
Nem todos os candidatos e depois alunos concluíram com êxito este processo, muitas vezes por vicissitudes da vida, mas a grande maioria tiveram êxito na forma como se integraram na vida académica o que se tem revelado extremamente saudável, ajudando por vezes, com as suas experiências, a combater alguns excessos e precipitações dos mais jovens, servindo até como exemplos na motivação.
Posso dizer que, neste momento, o processo dos Maiores de 23 anos é uma aposta ganha e este é o momento certo para se realizar uma boa divulgação para angariarmos o maior número possível de candidatos e que depois ocorrerá a própria seleção “natural” para que entrem os mais aptos e aqueles que revelarem mais vontade. As provas têm seguido o figurino dos exames nacionais e das provas intermédias, e o que nos temos preocupado é em auxiliar os alunos a superarem algumas dificuldades, ministrando aulas de apoio e estando disponíveis para tirarmos dúvidas. Se isto é "facilitar"...não fazemos mais do que o nosso dever! Espero que este ano tenhamos um rol de candidatos tão bom como os dos anos transatos seria um sinal muito positivo de que estamos no caminho certo e acredito que é isso que irá acontecer. As candidaturas estão abertas para todos os cursos sem exceção e acredito que cursos como os de Qualidade Alimentar e Nutrição; Engenharia Agronómica (ramos Fitotecnia e Viticultura e Enologia), Ciência e Tecnologia Animal e Enfermagem Veterinária terão todos as mesmas oportunidades de sucesso na empregabilidade dependendo do empenho e vocação dos alunos.
A agricultura não está só na moda, está a servir como verdadeiro motor da economia e a área da agro-indústria, a par da produção e valorização alimentar e qualidade nutricional estão a saber tirar partido deste facto para valorização de toda uma produção agrícola, uma região e um país. As questões da preservação e sustentabilidade ecológica e ambiental e das energias renováveis, com a redução da pegada do carbono entroncam numa agricultura mais sustentável, com menos fitoquímicos e de comércio em proximidade pela qual devemos zelar. Pelo que observamos não faltam atributos aos cursos da ESAV para que consigam convencer os candidatos aos maiores de 23 anos.
Prometo em breve apresentar testemunhos e faces daqueles que tendo sido candidatos aos maiores de 23 anos na ESAV, nos mais diversos cursos, que hoje são nossos alunos, ou já o foram e são casos de sucesso na região e no País.
Acredita em ti, pois o sucesso do teu futuro está nas tuas Mãos…independentemente do caminho que seguires!
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