domingo, 26 de setembro de 2010

Estamos na época das Vindimas...no Dão e no Douro!


Todos os anos por esta altura, vivemos o epílogo do ciclo vegetativo da videira. Assisto na primeira pessoa ao frenesim de gentes, tractores, quer às conversas na vinha quer na fila para entrega das uvas, numa região em que as grandes castas Dão óptimos vinhos. Mas também há os pequenos produtores que por uma questão de orgulho (...e sabedoria popular) fazem o seu vinho e por isso a sua "faina" é prolongada por mais alguns meses, mas logo pelo São Martinho começam a ver a recompensa do seu esforço. Este ano os entendidos afirmam que não será um grande ano porque fruto de um amadurecimento repentino a riqueza de aromas não será significativa para além de se assistir a algum descontrolo ao nível da acidez e do pH. Há também iminentes entendidos que avisam, que deveremos esperar até ao fim porque podem surgir surpresas agradáveis. E eu acrescento que vinhas em locais mais frescos que tiveram uma maturação gradual darão azo a grandes vinhos. E no futuro esta é uma situação que se vai agudizar e quer a rega quer novas localizações serão obrigatórias para termos as uvas comos os enólogos pretendem para fazer brilhar os seus dotes. Faço questão que todos os anos as minhas filhas participem na vindima e o meu sonho é que um ano destes participem também na vinificação. Este ano como ainda não foi o caso, aproveitamos para ir no dia de descanso ao Museu do Douro visitar as exposições temporárias e a residente e aprender um pouco mais sobre a região do Douro sem dúvida um ex libris Mundial. No âmbito do dia do Património Cultural tivemos o privilégio de ter uma visita guiada personalizada, pois erámos os únicos inscritos. Agradecemos à nossa guia que de uma forma documentada e "limpa" nos transmitiu a essência da obra do Mestre Joquim Lopes e o espírito do Douro vinhateiro.

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