sexta-feira, 23 de julho de 2021

Separar o Trigo do Joio...

 


A goma de alfarroba (E410) é uma das melhores gomas existentes pelas suas características e por ser uma das mais seguras. A recente notícia da contaminação com óxido de etileno, um pesticida cancerígeno foi uma surpresa de todo o tamanho. A alfarrobeira é uma das árvores mais notáveis pela sua adaptação ao ambiente mediterrânico e os seus frutos possuem um conjunto de aplicações notáveis pelas características da polpa, do endosperma e do gérmen. O alerta da DGAV é para levar a sério, mas é preciso "separar o trigo do joio". O eventual uso de pesticidas em alfarrobeira foi aplicado com que função? Aplicado na árvore ou no armazenamento dos frutos ou sementes? Em alguma situação terá sido usado em indústrias na processo de produção da gomas? Nas indústrias Portuguesas? Como em todas as áreas de negócio temos empresários sérios e outros sem escrúpulos. As gomas de alfarroba são usadas na indústria alimentar e farmacêutica e por isso é dos produtos mais escrutinados e fiscalizados do mundo. Recordo-me que uma empresa Japonesa reclamou há uns anos indicando que algum funcionário da linha da fábrica teria uma infeção por paranício. Isto dá uma ideia do rigor a que este produto é sujeito. É preciso ir ao fulcro do problema, detetar e esclarecer a origem deste grave problema para salvaguardar todos aqueles que trabalham de forma competente com um produto de uma qualidade excecional. Não serão apenas questões comerciais que estão em cima da mesa, mas este problema poderá ser uma vantagem a médio prazo para as indústrias que confirmarem a sua qualidade de excelência com certificado de origem das sementes. Os certificados de origem dos produtos naturais são um dos assuntos que irão ganhar cada vez mais relevância no curto prazo. 

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