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Eu tinha prometido a mim mesmo não mais falar de futebol neste espaço. E vou cumprir! Vou falar é de estratégia, motivações e coincidências. Ontem, havia uma coincidência daquelas que nos faz pensar no "criador" quase no "sobrenatural". É coisa de eclipse! Dois jogos cruciais, à mesma hora, três equipas, dois feiticeiros, um aprendiz, um imperador, Jesus e duas televisões. Os dois feiticeiros, Mourinho e Guardiola são dois magos na estratégia de montagem de equipas. O primeiro é mais do que isso! Molda a equipa para cada jogo, mexendo nos jogadores como fossem peças de xadrez num jogo de estratégia e cada um com a sua especificidade de acção, "cavalos"(2X1), "torres" (linha), "bispos" (diagonais) e o "Rei". Junta a tudo isto, o jogo psicológico com o adversário e a força mental dos seus jogadores. Chegando a uma final, entra em acção a máxima " as finais não são para jogar...são para ganhar!". E vai mais uma do "treinador de títulos". Em relação a Guardiola, o esquema "carrossel" é praticamente sempre o mesmo, como se fosse uma linha de montagem de golos, mas quando algo trava a engrenagem a coisa complica-se. Ao "aprendiz", Vilas-Boas, tudo lhe tem corrido de feição, e já são muitas para ser mera fortuna do acaso. Tal como o mestre, mexe na equipa adaptando-as a realidade de cada jogo. E mexe também no jogo. Coloca os adversários a "dançar" ao som da batida de cada momento. Vejamos o caso de ontem, "slow" na primeira parte e música latina na segunda parte, terminando a faíena com um tango. O "imperador" Júlio César, ainda tentou evitar o "descalabro" mas coitado, a forma como sofreu o último golo com aquele "cair de cú" até deu dó. O Messi(as) da Luz saiu crucificado pelos adeptos...Então Óh Sócios...concentrem-se! Não acredito que tenha desaprendido tudo o que eventualmente sabia, ou por outra,não saberia era tanto como se apregoava. Até Vilas Boas e Pinto da Costasairam em sua defesa, num gesto simpático de apoio aos mais desfavorecidos. O que sei é que nunca mais ganhará um campeonato pelo Benfica, porque no ano transacto muitos jogadores fizeram as suas épocas de despedida para vôos mais altos e é difícil juntar esta vontade com a ajuda "extra", do "sobrenatural". Para este Porto não basta a fé do Benfica é preciso mais que não só palavras, "ganas"! Agora continuem a "rezar" para não verem o Braga por um canudo e terão de se ajoelhar a pedir perdão ao Domingo(s). A vingança do ano passado pode ser servida fria. No meio de tudo disto há os pormenores deliciosos. Hulk após marcar o segundo disse ao Falcão que o próximo seria o dele. Isto é cultivado num clube onde todos contribuem para o mesmo "saco" e que os jogadores se beijam aquando da subsitutição. Mas para existir esta cultura é preciso que nos momentos de fricção, que também existem ao longo de uma época, agir em conformidade. Lembremo-nos na altura do Porto de ir jogar a Sevilha esta época, o Falcão estava prestes a entrar na equipa após uma lesão, preterindo o jogo anterior em Braga. Desceu ao balneário o Presidente para dizer que, não jogaria nem em Braga nem em Sevilha. E assim aconteceu. É isto que o Benfica não tem, nem nunca terá,..apesar de ser "exímio" a responder a comunicados, como dizia um sócio. O acessório para o Benfica está dentro das quatro linhas. Se o futebol fosse só falado o Benfica era campeão... de caras. Mas quem vê caras não vê corações!
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