sexta-feira, 22 de julho de 2011

Salvem a última quinta da Maria do Céu Mendes! Salvem a Escola Superior Agrária

http://gamvis.blogspot.com/2011/07/salvem-ultima-quinta-da-maria-do-ceu.html

Salvem a última quinta da Maria do Céu Mendes

Salvem a Escola Superior Agrária

Gosto de morar em Viseu mesmo com o desdém que a câmara municipal trata os espaços verdes da cidade. Olhamos ao Fontelo e, tirando a entrada, o resto é uma mata bonita de passear e difícil de usufruir. No Crasto, autentico pulmão da cidade, a inércia dos proprietários, o Estado contra quem todos vituperam, e a falta de pressão do município transformaram um espaço nobre numa coutada. O Parque da Cidade está em obras eternas e aquelas grades cercearam o interface com o Rossio. O parque da Radial de Santiago parece um oásis no deserto da Mauritânia: seco, sem arvores e sem que se toque no rio que já deu gáudio mas não dá caudal. Por fim sobram a Quinta e a Escola agrárias. Pois bem eu não conheci a D. Maria do Céu Mendes mas tenho tido a paciência necessária para a conhecer. Doou várias quintas à cidade que, qual Cristo na Cruz, ostenta numa série de bairros o nome de quintas. A grande maioria doadas pela Maria do Céu Mendes como a da Escola Agrária onde dos 50 hectares apenas 10 são do IPV. Os outros 40 estão em regime de usufruto. Ao que me dizem os antigos a ideia da doação para usufruto foi para alimentar o Lar de Santo António. O espaço da ESA é o ultimo reduto antes da A 25. É um espaço lindo, com uma bonita lagoa, e ao que me dizem um notável ecossistema, que tem um problema. Deixou-se envolver pelo betão e agora prepara-se para ser retalhada. O novo Plano Director Municipal, feito por quem, dizem-me, planeia há 30 anos o urbanismo da cidade, preparara-se para retalhar a quinta colocando duas estradas a servir o crescimento imobiliário de uma cidade que já tem 1,5 edifícios para cada habitante. Viva! Cada um de nós tem direito a casa e meia mas não tem direito a meia arvore sequer. Os cofres municipais agradecem as taxas, os cidadãos claudicam-nas por vergarem o direito que temos a viver numa cidade ambientalmente sustentável. Eu não quero ir morar para Tondela, onde os planeadores urbanísticos da cidade de Viseu deveriam ir tirar dois cursos: um de qualidade de vida e planeamento e outro de boas maneiras. O resultado destes planeamentos maravilha está bem patente na Praça 2 de Maio e no Parque de Santiago. Somos talvez a única cidade desta dimensão da Europa sem comboio e somos, quase de certeza, a única cidade desta dimensão sem um mercado digno desse nome. Queres legumes? Vai ao hipermercado. Queres fruta? Vai ao shoping, porque nesta cidade valorizar o ambiente, a pequena agricultura e os espaços verdes é bonito mas só para ter aspersores a regar estradas e a debitar quantidades industriais de água no alcatrão. Mais do resto parece crime queremos usufruir de uma cidade com qualidade de vida. Que a podemos ter se não transformarmos o pecúlio do trabalho da Maria do Céu Mendes em betão para casas vazias onde ninguém vai morar. Por mim irei mover o céu e a terra para impedir a aprovação do PDM na Assembleia Municipal. Bem sei que é presidida por um secretário de Estado que disse em Setúbal que, e cito, “este Governo tem as empresas no seu ADN porque só com elas conseguirá criar empregos e desenvolvimento”. Se não for lá pelo chumbo de políticos decentes sempre pode lá ir pelo fósforo, também apelidado de desobediência popular. Em última instância teremos sempre uma acção popular. Sei que já há quem esteja a reunir o dinheiro para a batalha judicial que se avizinha porque a maioria dos políticos que senta o rabo nas cadeiras do Solar dos Condes de Prime não pensa e verga-se. Verga-se ao sim senhor, à hierarquia porque todos temos que obedecer e não que pensar. Quase como em Lisboa, diria eu, tu mandas senão tiram-me o tacho e o emprego dos filhos. Mas, esta madrugada, gente rica, poderosa e conhecedora do legado da D. Maria do Céu Mendes atravessou-se e podemos lutar. É que não há direito. Enquanto noutras cidades se valorizam as pequenas horas, bem hajas Ribeiro Telles, nesta mata-se a quinta, a galinha, os patos e a vinha. Há aves que já nidificam na Quinta da Alagoa quando migram. E há patos que há anos que não erma vistos e que por ali passam.

Resta saber como vão ficar as crianças do Lar de Santo António mas isso será outra conversa. Rasgar a ESA, colocar lá duas estradas e passeios é matar um naco da cidade. Vale mais rasgar o PDM que assistir à destruição da minha cidade em nome de interesses que, não os querendo apelidar de cozinhados numa qualquer mesa de um qualquer hotel, direi apenas esconsos. Esconsos de inteligência, falhos de carácter e idiotas de traço.

Salvem a última quinta da D. Maria do Céu Mendes. Salvem a Escola Agrária e não permitam betão entre duas auto-estradas. Vivem pessoas nesta cidade. Caramba. Pessoas e crianças.

Salvem a última quinta da Dona Maria do Céu Mendes. Salvem a Escola Agrária e não deixem morrer a Quinta da Alagoa.

Augusto Paulo de Santa Ana.
(recebido por email)

PROJECTO BIOPELLETS

Já algum tempo que ando com a vontade de escrever no blog, mas hoje sim amanha não e como até agora não houve essa hipótese, vi-me na obrigação de o fazer devido ao desenrolar de todo o processo do Poliemprende. Ainda não à muito tempo ouvi na ESAV um comentário que me marcou um pouco " A Escola Superior Agrária não dá prestigio" ficando relutante com tal frase visto ainda não perceber o porquê e sim por diversas situações se ligar o "complicometro" e não o "descomplicometro" visto estarmos no seio de um corpo de docentes de Engenheiros. Os mesmos que se caracterizam como agilizar processos e não para criar mais entraves, mas estando a desviar-me do meu principal pressuposto o Poliempreende cá vai. Tem sido uma ultra-maratona todo o desenrolar deste processo com timing a cumprir, horas menos boas, estudar para as frequências, entre outros, mas é aí que se destaca a união deste grupo de trabalho e se vai buscar força e vontade para continuar a luta contras as dificuldades que vão aparecendo.
Mais recentemente no dia 15 de Julho efectuamos a apresentação do Projecto BIOPELLETS para o concurso do Poliempreende a nível regional, onde nesta apresentação destaca-se a enorme colaboração do Dr. Paula Barracosa e da Dra. Cristina Costa que forma incansaveis em todo o apoio prestado ao grupo.
Aguardávamos ansiosamente a deliberação do júri visto existir na minha opinião algum descrédito por as pessoas das Beiras e as suas potencialidades, no dia 17 de Julho foram então publicados os resultados, aí sim ficamos admirados
1º prémio - BIOPELLETS
2º prémio - AUDIWORK-MONITORING SOFTWARE
3º prémio - INOVAÇÃO NA TRADIÇÃO
mas como alguém dizia e muito bem: "O esforço, a coragem e a perseverança são qualidades sem par!!!!".
Mais uma vez gostaria de agradecer a todos os intrevenientes no processo, a toda a ajuda prestada e paciência demonstrada, agora já só falta mais um pouco pois "A equipa BIOPELLETS será a representante do IPV no Concurso Nacional que ocorrerá no dia 14.09.2011, no Instituto Politécnico de Lisboa".
BIOPELLETS

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Será que é preciso abrir a "pestana"...e ir a pé a "Fátima"

Depois do que hoje vivi na ESAV, não podia deixar de vir aqui, prestar um testemunho, apesar da inspiração não corresponder à transpiração. Este blogue tem estado "orfão", não por falta de inspiração, mas acima de tudo por falta de acreditar num futuro. As dificuldades têm por hábito "aguçar o engenho", mas o que temos assistido é a coberto das dificuldades, encobrem-se as aberrações e os energúmenos. Depois de no dia de ontem ter chamado à atenção de alguns alunos para a importância de cada qual sentir o peso da responsabilidade em cada situação, não podia ter tido melhor resposta ao repto. Não está em causa a acção realizada, mas o modo, o empenho e o espírito de entreajuda demonstrado. Num momento em que a crise cala e bloqueia as acções, e que muitos agradecem e engrandecem no marasmo, os meus alunos respodem com actos simples, meritórios e engrandecedores. A ESAV precisa de se reinventar, saber dar e receber dos alunos, incentivá-los a participar em projectos, a aprenderem fazendo, respodendo aos apelos dos alunos, porque no fundo a escola são os alunos e os alunos são a escola. Os docentes? ou colaboram ou são dispensáveis. Hoje participamos em três projectos (Proder, AARC e Poliempreende) com alunos a responderem de forma diversa. Não são todos brilhantes, mas se mostram empenho, esse sinal é vital, só nos resta encontrar a forma adequada para que cada um possa "levar a água ao moinho". A D. Fernanda foi a mentora para esta acção de hoje na limpeza das infestantes no campo do cardo, e todos obedeceram ao sinal. Por respeito aos "mayores" mas também por sentimento. Apesar de não ter chegado a pegar na enxada, não me coibi de ir jantar com esta equipa, na caixa aberta da "pick-up" da D. Fernanda, onde todos picamos um naco de frango e uma fatia de pão de ló com queijo da Serra, todos menos o Cláudio, porque não gosta destes hábitos beirões de misturar o acre e doce. Havias de comer bonbons de chocolate recheados com morcela, para veres o que e bom para a tosse! Lá por seres de Vila Viçosa julgas-te um herdeiro do trono. Vê lá é se bebes uns copos qu isso passa-te. Também bebemos o tinto da D. Fernanda e o branco do Carlos, ajustados ao momento e considerados os melhores, não porque não tivessemos mais, mas porque foram feitos por eles com todo o brilhantismo e saber. Souberam pela vida. Vou agora ajudar a equipa do Cristophe e dos "Biopellets", que levaram a ESAV à primeira página de jornal do centro. Temos obrigação como docentes que somos de responder a este apelo e a esta vontade imensa. Deixem os "ses" de lado e unam-se em volta de objectivos comuns, se quiserem, porque se o interesse dos alunos não motiva os docentes, é porque seguramente as vocações serão outras. O essencial está dito, sei que conto com estes alunos, porque eles também sabem que podem contar comigo,~não com facilidades mas com empenho e vontade. Se não tenho aparecido, poderia medrar o cardo mas não medrava o queijo.