"O Acanto (do grego " akantha"), não é apenas uma planta espinhosa de folhas muito longas, verdes e recortadas, também conhecida como "erva-gigante", oriunda dos terrenos húmidos e pedregosos do Sul da Europa, o acanto é algo poético que lembra a pureza de carácter, perfeição moral e trabalho honesto.
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O simbolismo da folha do acanto, muito usada nas decorações antigas e medievais deriva, essencialmente, dos espinhos dessa planta.
Conta certa lenda, narrada por Vitrúvio, que o escultor Calímaco, no final do século V a. c., ao ornamentar um dos capitéis do túmulo de uma menina , se teria inspirado num ramalhete de folhas de acanto. Retém-se dessa lenda o facto de que, pelo menos originalmente e sobretudo na arquitectura funerária, o acanto era usado para indicar que as provações da vida e da morte, simbolizadas pelos espinhos da planta, haviam sido vencidas.
O acanto ornamentava os capitéis coríntios, os carros fúnebres e as vestimentas dos grandes homens, porque os arquitectos, os defuntos e os heróis haviam sido homens que souberam vencer as dificuldades de suas tarefas. Como de tudo que possui espinhos, fez-se igualmente do acanto o símbolo da terra virgem e da própria virgindade, que também significam uma outra espécie de triunfo. Aquele que tiver ornado por essa folha venceu a maldição bíblica: “O solo produzirá para ti espinhos e cardos” (Génesis, 3, 18). No sentido de que a provação vencida se transformou em glória."
http://folhas-de-acanto.blogspot.pt/2008/09/na-medida-em-que-tudo-pode-ser-simblico.html
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