quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Os "sentires" e as sensibilidades # da Alexandra Campos...Não ou Sim

Não posso. Não devo. Mas vou. Ou não vou.
Não devia. Não posso. Não vou. Sei no inverso do certo o que está errado. O suficiente para saber que não há variável que lhe mude o fim. 
Se me concentrAR muito, consigo recriAR os cheiros, os cantos e os entretantos onde me perdi. O que perco eu, se voltar lá outra vez?! O que subtrai em mim, da parte que já perdi.
O que faço eu, quando volto a lamber o passado às escondidas, porque é que dou por mim a vasculhar na memória, como fazem os gatos vadios, nos caixotes de lixo tombados. Porque é que procuro aquela parcela sem mácula, aquele amasso, aquele abraço, aquele instante perfeito, recortado, como se fosse uma fatia de arte intocável, uma ilha no pacífico, um papiro raro, um reduto do passado, onde me posso reformar de um presente sem graça. E porque é que insisto no infinito de uma rua sem fim?!
Uma luta primata, nada aprimorada, entre o tudo e o nada, e um deserto no fim.
E eu só queria partIR, sorrIR e virAR, desembaraçAR-me do inverso do certo,… e voltAR inteira, sem a memória desfeita da perda, sem sensação de vazio. E naquela altivez do passado, escreVER sem enfado: “Era uma vez”...
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