quinta-feira, 5 de maio de 2011

Ontem... fomos todos "à Fava" ou quase...


Uma Escola e ...pêras!



Ontem, fui convidado para participar na "favada" da Universidade sénior. Foi um bom momento gastronómico e de convivio com aqueles que os "nuestros hermanos" apelidam dos "nossos mayores". Vi toda a gente empenhada, na cozinha, na preparação das mesas, das sobremesas, dos vinhos, ... menos eu, porque estava a ultimar documentos do CTC e o Presidente da AE que, sei lá o que estava a fazer! Talvez a preparar o cepo. A D. Teresa da cantina entretida entre tachos, panelas, talheres e "bocas" que, por ventura, também fazem falta para distrairmos um pouco a cabeça. Estava tudo muito bem cozinhado pelas briosas alunas da universidade sénior, ao que parece coordenado pelo Sr. Soares, um verdadeiro chef. Este é um nome que já faz escola na ESAV. Chegamos aos discursos, normalmente monótonos! Estes não! Foi feita referência, pelo actual Reitor da USAVIS, ao saudoso Dr.º Carlos Alberto, do qual todos temos saudades e que foi o impulsionador de estarmos todos aqui reunidos neste momento. Foi feita referência e agradecimento público aos "cozinheiros(as)" com toda a justiça. E o Eng. António Pinto em nome da ESAV, disse "com graça" que este era um curso auto-sustentável que era capaz de produzir aquilo que consumia, com vontade assumida e que este repasto era a melhor avaliação que se podia fazer dos méritos da aprendizagem. Falou também da necessidade de manter esta colaboração, talvez até reinventá-la, opinião com a qual corroboro inteiramente. Há resultados que não são imediatos nem directos, mas que não deixam de ser importantes, a prazo. Mas este, é o mundo do imediato e do ontem, do repente e do curto. Como diz Vargas Llosa, " do pensar como os Macacos" e eu acrescento "à FMI". Esta brilhante conclusão, vem exactamente na sequência da crónica escrita ainda ontem "Rurais, assumam-se...". Que melhor conclusão queriam, para o culminar de uma unidade curricular, que esta! Esta experiência acumulada, deveria ser estendida a outras UCs e fazer-se eco disso! a propósito antes deste jantar de degustação de favas, provei as chamuças das alunas do DIA. Parabéns a todas estas iniciativas. Estes são passos pequenos mas seguros...as "pêras de côco" são apenas um primor dos nossos "mayores" ao alcance de poucos! Em relação ao quase, só foi pena que o "Galego do Minfas" não tenha sido convidado, porque afinal as "coives" da bela sopa também eram dele...

2 comentários:

  1. Muito bem.
    Tenho acompanhado estes pensamentos com alguma frequência e já dei conta que as actividades da ESAV são sempre finalizadas em grande estilo, ou seja, com as pernas debaixo da mesa. Se não são favas são cogumelos, se não são cogumelos são cerejas e por aí fora. Gostava era de saber onde está o SUMO. Se houve actividade, houve suor, houve investigação, aprendizagem etc. Independentemente dos grandes convívios, que devem ser excelentes, e fazem muita falta deveriam mostrar o porquê desses convívios bem como os excelentes trabalhos que levaram à necessidade de comemoração a tão alto nível. Que favas eram aquelas? Foram cultivadas na Quinta? Utilizaram-se métodos inovadores para o seu cultivo? São biológicas? Isto é que a rapaziada nova gostava de saber. E já agora nós por aqui também. Quem não mostra as coisas que faz, das duas uma, ou porque não prestam ou porque são tão boas que correm o risco de alguem as copiar. Eu quero crer que seja mais a segunda opção. E já agora quando houver mais algum convívio, não me estou a fazer de convidado, mas, mandem-me qualquer coisinha num taparware.

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  2. É deste tipo de discussão que se gera valor e novas ideias. E quem está de fora até vê melhor! Tudo o que foi afirmado neste comentário, concordo em pleno. Tenho sempre lembrado no fim de cada um dos repastos, olhem que não é só "comer" é também saber formar e bem, se possivel até com aquilo que nós produzimos e divulgar se teve o mérito afirmado. E não o façam só para dentro, mostrem, mas acima de tudo, primeiro façam exemplarmente bem, e depois saibam mostrar. Em relação às alunas do DIA, não o disse, mas estava integrado num painel de provas de chamuças. As favas dos "mayores" foram produzidas na quinta, em agricultura biológica, feita por eles com a ajuda de alguns docentes. Falta falar da variedade que utilizaram e fazerem uma apresentação técnico-científica para toda a escola e mais ainda, a valorizar todos os passos realizados e então depois, sim! estão todos convidados, porque ainda sobrou muito para o tupperware.

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