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Hoje, vinha com a vontade e intuito de "filosofar" sobre um projecto de futuro, na qual a ruralidade, deveria servir de suporte à promoção da nutrição, saúde e bem-estar, e cultura, tendo por base a produção de uma agrícola sustentável mas de qualidade assumida, ímpar e exemplar. No fundo, nenhuma Escola ou Empresa da área geográfica ou vocação rural, será capaz de sobreviver se não conseguir valorizar o seu potencial produtivo e os seus recursos, e transformá-los usando as indústrias agro-alimentares e outras como um meio de valorização da matéria-prima que sai das mãos dos "toscos" e "incultos" dos rurais, aliás, como são apelidados pela Academia Espanhola de Ciências, conforme disse hoje o Fernando Alves. São os próprios agricultores espanhóis que estão a propor a alteração do significado, sentindo-o como uma Real afronta. Devíamos lançar este repto no IPV, no sentido em que, a ESAV deverá constituir-se, não como a Escola "primária", mas como representante do sector primário, o fundamental, sobre o qual assentam todos os outros. A base estrutural de uma qualquer pirâmide. Quanto mais sólida for essa base mais alta poderá constituir-se a pirâmide. E o sector primário revela-se no "campo", não de batalha mas de trabalho, em ligação com o meio e com as outras estruturas, sejam Empresas, Associações, Autarquias, e outras Escolas dos vários níveis de ensino, incluindo do IPV. E haveria alguém capaz de liderar uma consciência deste tipo? Capaz de ligar a produção, a transformação e a promoção da saúde e do bem-estar, em fim criar uma Escola de Élite. Há uns tempos, um camionista dizia que para o "estranja" levava pedras e troncos e para cá trazia móveis e peças de arte em pedra. Este é exactamente o cenário do mundo rural. "Exporta" para a urbe, as matérias-primas e em troca nada ou quase nada recebe, a não ser o "estrume" e os "dejectos" da tal urbe. É fundamental, sabermos valorizar os produtos que saíam desta "horta plantada à beira da urbe" e colher daí os dividendos devidos. No Minho, surgiu a primeira horta Universitária devidamente promovida em todos os canais publicitários, aqui só há "Malucos e Velhos na Horta". E as cerejas? Quem as colheu? Algum "Maluco", talvez? "Malucos" somos todos, "parvos" só alguns!
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