Meus Caros Amigos,
Espero muito sinceramente que se encontrem todos bem de saúde, bem como todos os vossos, incluindo colaboradores mais próximos.
Envio-vos uma "Carta Aberta" a todos aqueles que considero, por mérito, deverem fazer parte de um projeto relacionado com o Cardo, na sua verdadeira abrangência e multiplicidade, como um ícone que tem mostrado uma capacidade e potencial inigualáveis e que vocês tem sido testemunho disso e acima de tudo têm contribuído para esse conhecimento de uma forma extraordinária. Eu devia ser o último a lança este repto, por todas as razões, mas acima de tudo por estar numa fase de escrita intensa da Tese que me tem "consumido" dia e noite. Mas também por isso, considero que esta pode ser uma oportunidade de "ouro" para juntarmos estas diversas vocações e saberes extraordinariamente complementares e sinérgicos para constituirmos um grupo ímpar e mostramos como é possível a partir de uma simples planta constituir uma fileira que vai desde a produção agrícola, até à valorização das mais diversas formas de biomassa. A extensa maioria dos projetos relacionados com o cardo, têm-se centrado até hoje, por razões óbvias na flor. Julgo que é o momento de unirmos esforços para conseguirmos a real valorização do todo sinérgico em detrimento dos elementos isolados. Sabemos que a raíz é uma excelente fonte de inulina. Que os caules se vêm assumindo com um enorme potencial por via das características físicas e químicas excecionais. As folhas podem vir a constituir-se como um dos elementos da biomassa com mais potencial pela multiplicidade dos compostos bioativos que apresenta, não apenas para extração industrial, em particular de alguns compostos, como também como elemento de forragem que podem potenciar a valorização da carne e leite de origem animal. As suas propriedades antifúngicas, antibacterianas e antivirais abrem enorme perspetivas de futuro nas mais variadas aplicações muito em especial na vertente dos fitofármacos. As sementes pelos óleos e compostos bioativos que possuem podem não apenas servir para a produção de plásticos, mas que estes possam apresentar funções extraordinariamente interessantes. Por fim as flores, numa lógica de produzir extratos coagulantes padronizados.
Neste caminho que tenho feito conheci aqueles que mais sabem sobre alguns destes aspetos. Por isso aqui deixo o desafio. Bem sei que este projeto só faz sentido se as empresas se interessarem por tudo isto e este não é particularmente um momento na qual as empresas possam estar muito para aí viradas, porque muitas delas estão a "tentar salvar a sua pele", muito em especial defendendo a manutenção dos seus colaboradores. Mas são estes os momentos que podem marcar a diferença e que nos devem fazer acreditar no futuro. Eu não podia deixar de lançar este desafio, ...em público até pela tipologia dos programas de investigação que estão abertos!
Por isso deixo aqui o repto! Há neste grupo quem estude compostos bioativos de uma forma sinérgica, (Cebal, IPBragança), há quem estudo biomassa sob ponto de vista estrutural (ISA, IPV - Dep. Madeiras), há quem estude os óleos (UP-Dep. Mecânica), e coagulantes (INIAV) e haverá quem saiba de plásticos orgânicos, e dos aspetos nutricionais para a alimentação humana....e há muitas empresas que podiam ver aqui uma oportunidade de marcarem uma posição (Lusofinsa, Movecho, Hubel, Silvex,....)
Há seguramente ainda alguns trunfos que podemos ter nas mangas, mas veremos se isto que digo faz algum sentido no conjunto. Não tenho sido particularmente defensor de mega consórcios, mas admito que seja cada vez mais uma fatalidade e talvez necessidade. Eu daqui mando o grito se houver eco, ponderemos em avançar...Enviarei individualmente este link para que cada um de vós possa ripostar e em função do todo veremos a posição a tomar....Bem-hajam...e Muita saúde para todos...
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