Desde há algum tempo que me tenho surpreendido com a virulência do COVID-19 na região Centro e daí teremos que tirar muitas ilações para perceber este padrão assintomático em relação ao resto do País. Assistimos a algum desconforto de responsáveis políticos em relação ao desvio de meios de uns territórios para outros, neste caso privilegiando Lisboa em detrimento do Norte. Sem estar com grande contas e estatísticas tínhamos à data de ontem no Centro, 1905 infetados e 104 mortes. Fazendo umas "contas de merceeiro" temos uma taxa de mortalidade superior a 5%, quando no Norte é pouco mais de 2,5% e em Lisboa de 2%. Eu espero bem que seja apenas porque foram realizados muito menos testes comparativamente com as outras regiões, e mesmo isso denota a falta de investimento no Centro para esse dado. Contuco, acredito que este argumento tenha que ser usado para uma futura negociação de verbas estruturais, daquelas que dizem servir para equilibrar assimetrias, porque é uma vergonha para quem nos dirige e dirigiu, seja ao nível central seja regional e "a culpa não pode morrer solteira". Temos como lema sermos "um País dentro do País", por isso é preciso perceber a fundo o que se passa neste País que tem um pouco de tudo. Não temos hospitais de referência? Coimbra e que mais! A Covilhã "eclipsou-se" e foi a Guarda a assumir o primeiro lugar de referência no Centro. Porquê? A melhor localização geográfica? Então se calhar esse foi um dos erros estratégicos de Sócrates e Guterres que puxavam as infraestruturas para os locais de berço e dos seus devotos, aliás como fazem quase todos em detrimento do bem de todos. Atenção que não estou a criticar estou a levantar questões para que possamos vir ter outras condições no futuro, se calhar os nossos vindouros. Na região Centro pelos vistos temos muitos Centros de dia e Lares, se calhar daí o nome, a situação vai agravar-se e muito. No final das contas quero ver as desculpas "esfarrapadas" que darão para justificar tão triste cenário. E as instituições de ensino superior da região estão a contribuir para o tal plano de rastrear em grande escala? Das estruturas de referência do Centro que estão em Coimbra e Aveiro ainda não ouvi nada, mas posso estar distraído. Dos Politécnicos na grande maioria dos casos não temos meios, porque nunca nos deram para podermos ajudar no que quer que seja. Eu comecei a trabalhar em PCR em 1992, terei sido dos primeiros em Portugal a fazê-lo, e o meu aparelho data de 2000. Não posso fazer milagres e a tutela e a Direção da minha Escola não entendeu que se devia investir aí. Mas há quem tenha PCR - Real Time, mas não têm condições para lidar com Vírus. Curiosamente nós até temos um laboratório para lidar com Vírus, mas não temos PCR-RT. Ironias dos investimentos e dos lobbys pequeninos! Enfim, são nestas alturas que vemos que está tudo centralizado e que importante teria sido descentralizar. Já tínhamos trazido mais cérebros para o interior, já trabalhávamos há mais tempo em tele-trabalho e teríamos outra maneira de lidar com Pandemias e não estaríamos no Centro das atenções pela pior das razões. A ver vamos no final disto tudo como vamos acabar. Será importante termos os número estatísticos sobre o território, a população, as infraestruturas, o investimento na Ciência e Tecnologia e na Investigação e tudo aquilo que nos puder ajudar a lançar as bases do futuro. Aquando dos incêndios fomos os mais fustigados, aquando das cheias, somos os mais atingidos e agora vamos ser proporcionalmente os mais fustigados. A CCDRC deve estar atenta a esta situação e aliás a atual Ministra deve conhecer muito bem esta realidade para saber o que fez de menos bem e o que se poderá fazer para dar a volta ao texto. Esta é das poucas alturas em que é bom falar-se pouco de nós. Também sabemos que estas são das poucas alturas em que alguns Presidentes de Câmara podem aparecer na televisão. Lá nisso Viseu tem estado prudente. Em vez de um Hospital de campanha no Multiusos fez-se um "Centro de Inspeção Automóvel" que causou impacto e que gostava de saber qual o efeito. Onde são feitas essas análises? São dúvidas por completo desconhecimento! Por um lado, felizmente, a situação por cá não é das piores e por isso dá-nos tempo para pensar na festa do regresso, em Grande Estilo...VISEU COnVIDa-19 de Julho....Querem Apostar
sábado, 11 de abril de 2020
O que se passará no CENtRO....desta Pandemia
Desde há algum tempo que me tenho surpreendido com a virulência do COVID-19 na região Centro e daí teremos que tirar muitas ilações para perceber este padrão assintomático em relação ao resto do País. Assistimos a algum desconforto de responsáveis políticos em relação ao desvio de meios de uns territórios para outros, neste caso privilegiando Lisboa em detrimento do Norte. Sem estar com grande contas e estatísticas tínhamos à data de ontem no Centro, 1905 infetados e 104 mortes. Fazendo umas "contas de merceeiro" temos uma taxa de mortalidade superior a 5%, quando no Norte é pouco mais de 2,5% e em Lisboa de 2%. Eu espero bem que seja apenas porque foram realizados muito menos testes comparativamente com as outras regiões, e mesmo isso denota a falta de investimento no Centro para esse dado. Contuco, acredito que este argumento tenha que ser usado para uma futura negociação de verbas estruturais, daquelas que dizem servir para equilibrar assimetrias, porque é uma vergonha para quem nos dirige e dirigiu, seja ao nível central seja regional e "a culpa não pode morrer solteira". Temos como lema sermos "um País dentro do País", por isso é preciso perceber a fundo o que se passa neste País que tem um pouco de tudo. Não temos hospitais de referência? Coimbra e que mais! A Covilhã "eclipsou-se" e foi a Guarda a assumir o primeiro lugar de referência no Centro. Porquê? A melhor localização geográfica? Então se calhar esse foi um dos erros estratégicos de Sócrates e Guterres que puxavam as infraestruturas para os locais de berço e dos seus devotos, aliás como fazem quase todos em detrimento do bem de todos. Atenção que não estou a criticar estou a levantar questões para que possamos vir ter outras condições no futuro, se calhar os nossos vindouros. Na região Centro pelos vistos temos muitos Centros de dia e Lares, se calhar daí o nome, a situação vai agravar-se e muito. No final das contas quero ver as desculpas "esfarrapadas" que darão para justificar tão triste cenário. E as instituições de ensino superior da região estão a contribuir para o tal plano de rastrear em grande escala? Das estruturas de referência do Centro que estão em Coimbra e Aveiro ainda não ouvi nada, mas posso estar distraído. Dos Politécnicos na grande maioria dos casos não temos meios, porque nunca nos deram para podermos ajudar no que quer que seja. Eu comecei a trabalhar em PCR em 1992, terei sido dos primeiros em Portugal a fazê-lo, e o meu aparelho data de 2000. Não posso fazer milagres e a tutela e a Direção da minha Escola não entendeu que se devia investir aí. Mas há quem tenha PCR - Real Time, mas não têm condições para lidar com Vírus. Curiosamente nós até temos um laboratório para lidar com Vírus, mas não temos PCR-RT. Ironias dos investimentos e dos lobbys pequeninos! Enfim, são nestas alturas que vemos que está tudo centralizado e que importante teria sido descentralizar. Já tínhamos trazido mais cérebros para o interior, já trabalhávamos há mais tempo em tele-trabalho e teríamos outra maneira de lidar com Pandemias e não estaríamos no Centro das atenções pela pior das razões. A ver vamos no final disto tudo como vamos acabar. Será importante termos os número estatísticos sobre o território, a população, as infraestruturas, o investimento na Ciência e Tecnologia e na Investigação e tudo aquilo que nos puder ajudar a lançar as bases do futuro. Aquando dos incêndios fomos os mais fustigados, aquando das cheias, somos os mais atingidos e agora vamos ser proporcionalmente os mais fustigados. A CCDRC deve estar atenta a esta situação e aliás a atual Ministra deve conhecer muito bem esta realidade para saber o que fez de menos bem e o que se poderá fazer para dar a volta ao texto. Esta é das poucas alturas em que é bom falar-se pouco de nós. Também sabemos que estas são das poucas alturas em que alguns Presidentes de Câmara podem aparecer na televisão. Lá nisso Viseu tem estado prudente. Em vez de um Hospital de campanha no Multiusos fez-se um "Centro de Inspeção Automóvel" que causou impacto e que gostava de saber qual o efeito. Onde são feitas essas análises? São dúvidas por completo desconhecimento! Por um lado, felizmente, a situação por cá não é das piores e por isso dá-nos tempo para pensar na festa do regresso, em Grande Estilo...VISEU COnVIDa-19 de Julho....Querem Apostar
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