Hoje, considero que a Confraria do Queijo Serra da Estrela pode e deve assumir um papel mais ativo nas questões técnico-científicas relacionadas com este ícone do nosso território. Toda a parte social e de "estandarte" é importante para a promoção e divulgação de um produto, não tenho a menor dúvida. Mas sinto que a rede que a confraria granjeou fruto de 27 anos de atividade permite-lhe desempenhar esse papel em conjunto com EstrelaCoop, Beira Tradição, Ancose, DRAPCentro,... e todos os produtores que estejam dispostos e sintam necessidade de algum apoio para melhorarem ainda mais ou para debelaram alguns dos problemas com os quais se possam estar a confrontar. Eu desde já me disponibilizo estou certo a par de muitos outros que estão não só na região, mas distribuídos por todo este Portugal em instituições de referência que podem certamente integrar esta rede. Uma rede de partilha e conhecimento. Não podemos ter uma meia dúzia de excelências... e o resto. Temos e podemos ser um exemplo a nível nacional e mundial. É claro que é preciso o apoio político e aqui podem e devem entrar as autarquias, as direções regionais e o ministério da agricultura.
Não nos podemos é "sentar à sombra da bananeira". Isso já nos aconteceu em muitos setores que fomos perdendo vigor e o reconhecimento a nível mundial por perda desse património, genético, cultural, técnico científico e produtivo. Isto não é nada de novo mas é preciso lançar este desafio de novo.Eu faço uma proposta para começar. A Ancose responsabiliza-se por arranjar um lote de leite em volume suficiente para distribuir por um número significativo e representativo de produtores das várias sub-regiões selecionado pela Estrelacoop / Beira Tradição. Os queijos daí provenientes irão ser escrutinados no painel de provadores do Queijo Serra da Estrela e acredito que poderá ser um bom começo para sabermos quem poderá estar com algumas dificuldades e em que ponto teremos que atuar. Se a "montante"...se a "jusante". Irmos para o terreno monitorizarmos algumas das questões que julgarmos pertinentes, não numa atitude fiscalizadora, mas muito pelo contrário, numa atitude conselheira, aberta ao diálogo procurando aprender de parte a parte. Acredito que seria uma forma inclusiva de conhecermos melhor cada uma das realidades sem estarmos contra ninguém e a favor de ninguém (onde é que já ouvi isto!). Com certeza que tenho mais ideias e muitos outros terão ideias ainda mais válidas que as minhas, mas este pode ser o momento. Eu desde já digo...Estou disponível para ajudar e aprender!
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