https://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt/2006/09/guin-6374-p1133-origem-da-expresso.html
A origem da expressão Siga a Marinha, ....contada por Vitor Junqueiro...
"No meu tempo ou pouco antes, terá passado pela zona do Olossato um capitão, comandante de Companhia que possuía uma queda especial para a ironia. Nas comunicações com o QG usava esse seu dom, o que o tornou muito conhecido ao nível mais elevado da hierarquia de então. Parece até que gostavam de o picar e depois... esperar pelo coice! Um dia, este nosso capitão chegou a ameaçar encerrar a guerra porque estava a ficar sem batatas. Responderam-lhe de Bissau que o Serpa Pinto (3) também fez a guerra sem batatas. -Então mandem o Serpa Pinto. - retorquiu o bravo capitão. Noutra ocasião, ter-se-à queixado que era tanta a água acumulada nas poças e charcos em redor do aquartelamento, assim como a chuva que entrava através dos buracos nos telhados, que tornava impraticáveis quaisquer acções militares. Responderam-lhe que também a Marinha operava no meio aquático e não protestava. -Pois então que siga a marinha. - alvitrou o desempoeirado oficial. E foi assim que a frase Siga a Marinha entrou na gíria militar do meu tempo com o significado de: embora, vamos a isto, nada de lamentações.
Agora a propósito da "Marinhas",....
http://www.anilact.pt/informar/lista-actualidade/4008-lacticinios-das-marinhas-uma-marca-de-prestigio
Considerada uma das melhores produtoras de manteiga e de queijo em todo o mundo, a Lacticínios das Marinhas continua a preservar os métodos de produção utilizados desde os primórdios da empresa, garantindo assim um cunho familiar e tradicional, tendo sempre presente o rigor e a exigência no domínio da segurança e da qualidade alimentar.
Criada na década de 40 pela então denominada “Junta Nacional de Produtos Pecuários”, a empresa “Lacticínios de Esposende, Lda” associou os fabricantes de manteiga da região, atribuindo quotas a cada um deles. Porém, um conjunto de fatores, nomeadamente os problemas de relacionamento entre os sócios e o grande investimento na construção da fábrica, levou um pouco mais tarde à falência da sociedade.
Em 1954, Amílcar Castilho, Reinaldo Castilho e Manuel da Costa Pais adquiriram os bens da empresa em hasta pública e fundaram a “ Lacticínios das Marinhas”.
A empresa iniciou a sua atividade fabricando somente manteiga, vindo mais tarde a diversificar a produção, apostando em novos produtos como a caseína e o queijo, incrementando assim a sua rentabilidade, numa altura em que a indústria de lacticínios começava a prosperar no país
No domínio da produção de queijo, prevalecia à época a tradicional cor vermelha e o formato de bola, pelo que a introdução no mercado de um queijo branco, magro e num formato atípico, não se afigurou como tarefa fácil. Contudo, tal como refere hoje Berta Castilho, sócia-gerente da Lacticínios das Marinhas, que herdou do seu pai este património empresarial, a criação do Queijo das Marinhas “foi uma aposta complicada, mas que se tornou numa aposta ganha, criando-se uma marca reconhecida”.
A aposta da empresa na tradição e no trabalho manual, que se mantém até aos dias de hoje, tem sido uma das principais razões para o sucesso e para o reconhecimento dos consumidores.
O Queijo das Marinhas (magro) é um dos ex-libris da empresa da família Castilho, fruto da elevada qualidade e das caraterísticas diferenciadoras que apresenta. A título de curiosidade, refira-se que para a produção de 1 kg de queijo, são necessários 13 litros de leite. O método de produção e as caraterísticas mantiveram-se praticamente inalteradas ao longo do tempo: sem corantes nem conservantes, magro e sem quaisquer malefícios para o consumidor, mesmo para aqueles que têm problemas de saúde, sendo o consumo aconselhado pelos médicos.
Mas não é só o queijo que se destaca na produção da Lacticínios das Marinhas. A sua manteiga também é mundialmente reconhecida, tendo sido considerada umas das melhores manteigas artesanais do mundo. Esta manteiga requintada não contém corantes nem conservantes e é confecionada a partir das natas provenientes da produção do queijo.
Ambos os produtos são um caso de sucesso, sucesso esse que segundo Berta Castilho resulta “do facto de o leite ser proveniente da zona norte, de não conter corantes nem conservantes, e essencialmente por serem fabricados artesanalmente”. A empresária acrescenta, visivelmente orgulhosa: “Temos funcionários que trabalham connosco desde a criação da empresa. Este ano, inclusive, duas funcionárias aposentaram-se com 40 anos de trabalho nesta “casa”. O segredo está no saber fazer”.
Com uma gama de produtos variada, desde o Queijo Marinhas Amanteigado, Marinhas Mini, Cremoso, Cávado e Ofir e a manteiga Marinhas, os produtos são vendidos em território nacional, principalmente na zona norte. Porém, são cada vez mais as regiões conquistadas para a venda dos queijos e da manteiga, como Lisboa e Algarve.
A venda é feita em algumas superfícies comerciais, no comércio tradicional e também nas instalações da Lacticínios das Marinhas. “As novas tecnologias e as redes sociais são um grande auxílio na comercialização dos nossos produtos. Foi um grande passo para a nossa empresa, porque as pessoas começaram a solicitar os produtos nas suas cidades”, salienta Bárbara Castilho, filha da proprietária da empresa.
Aposta na qualidade
A procura em Portugal e além-fronteiras é cada vez maior. Existem solicitações vindas de Espanha, Inglaterra, França e Angola e a Manteiga das Marinhas já foi pedida por entidades do Brasil e da China.
A procura em Portugal e além-fronteiras é cada vez maior. Existem solicitações vindas de Espanha, Inglaterra, França e Angola e a Manteiga das Marinhas já foi pedida por entidades do Brasil e da China.
A dimensão desta empresa de laticínios, que emprega atualmente 24 pessoas, não permite um aumento drástico da produção. Assegurar a qualidade e evitar a produção em massa é o objetivo dos seus responsáveis.
“Era mais fácil industrializar a nossa empresa, deixar o fabrico artesanal, mas a consequência seria a alteração das caraterísticas dos produtos. A nossa marca já está comprovada e tem qualidade. Temos clientes que são da terceira geração. Já se comia o Queijo Marinhas em casa dos avós”, explicou Berta Castilho, realçando ainda que, com a crise, o consumo baixou, mas quem compra, quer comprar produtos de qualidade e de confiança.
Atualmente a empresa produz para o mercado nacional, mas ambiciona atingir no futuro o mercado externo. No entanto, trata-se de um objetivo de difícil concretização, uma vez que existem limitações com o transporte. Os produtos são naturais, sem conservantes, tendo uma data de validade curta, e necessitam de uma temperatura baixa e de serem transportados em pequenas quantidades.
A manteiga Marinhas é um dos ex-libris da empresa, tratando-se contudo de um subproduto, uma vez que o seu fabrico depende do fabrico do queijo Marinhas. É do leite que se desnata para a produção do queijo magro que se obtém a nata com a qual se fabrica a manteiga Marinhas. Assim sendo, as vendas têm de ser equilibradas. E, como a procura tem sido maior que a oferta, a empresa viu-se forçada a restringir a venda da mesma.
Um contacto direto e familiar
“O facto de a nossa empresa ser de pequena dimensão, permite que os clientes cheguem até nós com facilidade. Temos clientes que entram em contacto connosco e solicitam produtos personalizados, nomeadamente com pouco teor de sal. Existe uma proximidade muito grande aos nossos consumidores”, explicou Bárbara Castilho, acrescentando ainda que “existem vários clientes que pedem queijos específicos com receitas médicas”.
“O facto de a nossa empresa ser de pequena dimensão, permite que os clientes cheguem até nós com facilidade. Temos clientes que entram em contacto connosco e solicitam produtos personalizados, nomeadamente com pouco teor de sal. Existe uma proximidade muito grande aos nossos consumidores”, explicou Bárbara Castilho, acrescentando ainda que “existem vários clientes que pedem queijos específicos com receitas médicas”.
Segundo a sócia-gerente, a maioria dos clientes não tem noção de que a empresa não consegue chegar diretamente ao consumidor final, ou seja, não vende a quem consome, mas sim aos estabelecimentos comerciais. Mesmo assim, a empresa debateu-se com algumas dificuldades em convencer os lojistas a apostarem em produtos diferentes e inovadores, como são os seus.
Felizmente a situação tem-se invertido, fruto do comportamento dos próprios consumidores que estão a solicitar às lojas os produtos da Lacticínios das Marinhas. Este fenómeno tem levado a um aumento da procura junto da empresa.
Para além da forte e contínua aposta na qualidade dos seus produtos e na proximidade com os seus clientes, princípios assentes numa postura de honestidade e de responsabilidade, a empresa não descura a preocupação social. Exemplo disso mesmo é a recente integração de uma funcionária portadora de Trissomia 21, que merece da parte de Berta Castilho a seguinte avaliação: “É uma colaboradora que nos dá alma, que faz um trabalho exemplar e que está muito feliz”.
FONTE: Esposende Acontece
Sem comentários:
Enviar um comentário