domingo, 25 de abril de 2021

A Laranja e Nós…

…os Portugueses, temos uma relação umbilical porque fomos responsáveis por trazer a laranjeira-doce da China (Citrus sinensis) no século XVI e a difundimos para muitos Países da Europa e Américas. Por essa razão, em algumas línguas, o nome do fruto está etimologicamente ligado ao nome de Portugal, sendo em grego, Portukáli, em Albanês, Portokalli, em Romeno, Portocale, em Azeri Portağal para além de outros Países de língua Persa e Árabe. A flor da laranjeira está ligada à castidade e pureza, sendo característicos, muitas vezes, em bouquets de noivas, para além do perfume que emanam. A biodiversidade das plantas serve muitas vezes de inspiração na criação de moda, design e marketing, razão pela qual algumas empresas Portuguesas, como o BPI, quando se quiseram internacionalizar usaram elementos botânicos da laranja como marketing estratégico. Uma das laranjas mais famosas é a da Baía, ou laranja de umbigo, que surgiu de uma mutação em 1812 num mosteiro de Salvador da Bahia com a particularidade de não ter sementes, com uma sucosidade e doçura muito apreciadas. Em Portugal, a comercialização de laranja ocorre durante todo o ano, devido à utilização de variedades de meia estação e as chamadas variedades tardias. As “Dalmau” e as “Newhall” são colhidas entre novembro e março, as “Baía” e as “Jaffa” de fevereiro a abril e as “Valencia late“ e “Lane late” entre março a agosto.

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