domingo, 14 de março de 2010

Temos paisagens fantásticas... o que é pena são as Pessoas













Este título com laivos de esacândalo, na minha óptica retrata o pensamento dos nosso decisores para com os comuns mortais que se perdem pelas paisagens do nosso teritório. As pessoas por enquanto servem quase exclusivamente para eleger os políticos e pouco mais, sendo designados de forma próxima por povo. Nestes últimos dias tenho "bebido" a experiência de colegas espanhóis, na forma como interpretam o território e os seus actores. Em primeiro lugar, tratam de conhecer muito bem os seus territórios e depois edificam centros de interpretação que servem de portas de entrada para os visitantes conhecerem essas paisagens, lugares, costumes e experiências em cada uma das regiões. Em relação às pessoas que integram esse território e do qual são parte activa, tentam conhecer qual pode ser o seu contributo para enriquecer o cenário. Saber o que sabem fazer e de que modo o seu trabalho pode ser valorizado e fazer com que alguma riqueza gerada pode retornar ao território para o valorizar enquanto região. Se faz doçaria, artesanato, gastronomia... é isso que tem que continuar a fazer e cada vez melhor. A curto prazo só podemos contar com os que estão no território, não vale a pena inventar  tentando introduzir  acções para as quais as pessoas não estejam ainda preparadas. Nós por cá, fazemos quase sempre ao contrário. Primeiro, construímos os edifícios dos centros de interpretação e depois é que vamos conhecer o território. Neste aspecto Vila Nova de Paiva tem uma grande vantagem porque, além de ter um espaço para um Centro de interpretação também conhece bem as valências do seu território e dos seus actores, embora falte potenciar todas essas valências. Se querem a minha opinião sobre qual deve ser o melhor modelo de um centro de interpretação no espaço rural, diria que é um bar-restaurante. Onde se possa comer um bom peixe de rio a ouvir o trepidar das águas, ter um boa conversa repleta de histórias com um ancião a beber um bom vinho tinto isto num ambiente de inclusão rural onde a gentileza das gentes e as histórias ricas nascem naturalmente. O turismo já hoje valoriza as experiências vividas e o nosso território, apesar de ser um pequeno rectângulo à beira-mar plantado permite uma biodiversidade natural e cultural  extraordinariamente rica que deve ser aproveitada e potenciada.

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