Pela primeira vez vou deixar o meu contributo para este blog. Serei eu também uma herdeira da Blogosfera?
Na semana passada rendi-me a um bouquet de palavras que me foi oferecido, durante aproximadamente uma hora, tempo em que decorreu a conversa com o Mestre que é, não por acaso, bisneto do Malhadilhas, falo-vos do Sr. João Coelho. Mais uma vez se vai falar das gentes com fibra, gentes das Terras do Demo.
Da conversa que tivemos, de toda a simplicidade daquele homem, consegui beber, reter, aprender muito e tento agora transpor um pouco a reflexão que fiz.
Não é à toa que escolho, falar-vos de uma porta, para mim revelam-se plenas de significado e transfiro-lhes até algumas humanidades.
Portas escancaradas, entreabertas ou teimosamente fechadas... Reveladoras, cúmplices ou secretas... Podem castigar, proteger ou libertar e mostrar-se ainda exuberantes, sinceras ou envergonhadas. Do interior manifesta-se a sua matéria: maciça, aglomerada ou oca... original, remodelada ou inventada.
O mesmo objecto com diferentes propósitos e muitas personalidades!
Mas o encanto que encontrei na da imagem reflecte-se sobretudo nas suas vestes, primeiro uma cor, depois outra, tons contrastantes e indecisos, como quem não sabe que exterior ostentar. As cores são fragmentadas mas a tábua é inteira, trabalhada pelo homem e pela Natureza, marcada por mãos rotineiras com o mesmo jeito de abrir, dia após dia, ano após ano... Os hábitos e as tarefas que habitualmente nem merecem reflexão também deixam as marcas da sua existência.
De outras portas poderei escrever no futuro mas hoje registo a rusticidade e a beleza envergonhada que esta me transmite.
São portas de casas, palheiros ou moinhos que se abrem para vidas e promessas idas. Posam para a máquina como resistentes do tempo e das intempéries, presto-lhes homenagem e penso naquelas que se fecham sem ruído, em silêncio dorido... as da alma, do coração ou da memória.
Na semana passada rendi-me a um bouquet de palavras que me foi oferecido, durante aproximadamente uma hora, tempo em que decorreu a conversa com o Mestre que é, não por acaso, bisneto do Malhadilhas, falo-vos do Sr. João Coelho. Mais uma vez se vai falar das gentes com fibra, gentes das Terras do Demo.
Da conversa que tivemos, de toda a simplicidade daquele homem, consegui beber, reter, aprender muito e tento agora transpor um pouco a reflexão que fiz.
Não é à toa que escolho, falar-vos de uma porta, para mim revelam-se plenas de significado e transfiro-lhes até algumas humanidades.
Portas escancaradas, entreabertas ou teimosamente fechadas... Reveladoras, cúmplices ou secretas... Podem castigar, proteger ou libertar e mostrar-se ainda exuberantes, sinceras ou envergonhadas. Do interior manifesta-se a sua matéria: maciça, aglomerada ou oca... original, remodelada ou inventada.
O mesmo objecto com diferentes propósitos e muitas personalidades!
Mas o encanto que encontrei na da imagem reflecte-se sobretudo nas suas vestes, primeiro uma cor, depois outra, tons contrastantes e indecisos, como quem não sabe que exterior ostentar. As cores são fragmentadas mas a tábua é inteira, trabalhada pelo homem e pela Natureza, marcada por mãos rotineiras com o mesmo jeito de abrir, dia após dia, ano após ano... Os hábitos e as tarefas que habitualmente nem merecem reflexão também deixam as marcas da sua existência.
De outras portas poderei escrever no futuro mas hoje registo a rusticidade e a beleza envergonhada que esta me transmite.
São portas de casas, palheiros ou moinhos que se abrem para vidas e promessas idas. Posam para a máquina como resistentes do tempo e das intempéries, presto-lhes homenagem e penso naquelas que se fecham sem ruído, em silêncio dorido... as da alma, do coração ou da memória.
São as vivências de uma vida completa…
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