Quando surgiu a questão dos cursos de Bolonha, na minha ingenuidade pensei que seria a oportunidade de os alunos poderem quase que desenhar os seus cursos, pelo menos uma pequena parte das unidades curriculares. Por exemplo que, os alunos de Ecologia e Paisagismo pudessem frequentar unidades de Teatro e educação ambiental na ESEducação, de Design, Marketing na ESTecnologia, uma língua mais "esquisita" (menos comum). E que os alunos das outras Escolas do IPV, designadamente os de Turismo aprendesse a fazer o Queijo da SERRA e o vinho do Dão na ESAViseu, tal como voluntariamente alguns já vieram. Se assim fosse imaginem a dificuldade que um empregador teria em seleccionar o candidato ao emprego. Inclusivamente o candidato poderia condicionar a estratégia da empresa. Como? Se por exemplo o candidato tivesse o curso de língua Eslovaca poderia fazer com que a empresa apostasse nesse mercado. Ou se um aluno de Turismo que fosse para uma Quinta de Turismo Rural e que soubesse fazer muito bem o Queijo poderia fazer com que a aposta fosse dirigida para esse ícone das Beiras. Mas afinal, Bolonha baseia-se em fazer muitos mini testes para facilitar a passagem dos alunos. Convido-vos a irem ver como faz a Universidade de Bolonha que para mal dos pecados levou com o nome. Acreditem que a estratégia é outra!
É curioso que o nome Bolonha esteja implicado em muitas questões mais formais que proficientes. Dou-vos o exemplo dos DOP (denominação de origem protegida) e a famosa história da maçã da variedade Bravo de Esmolfe não existir. A maçã é bravo, a denominação geográfica é Esmolfe, porque pode existir maçã bravo de Portalegre. A causa deste facto é o manjericão de Bolonha, que foi registado por alemães e na verdade quando os Italianos, Bolonheses foram registar o nome já alguém o havia feito, curiosamente Alemães. No fundo quem quer aprender vai à ESCOLA, ...poderia acrescentar Agrária de Viseu...
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