Nos momentos plenos de mim mesma preparo o caderno e o lápis, convido um ou dois pedacinhos de gula e espero pelos meus pensamentos e com os sentidos bem despertos…
No papel vão deixando marca, abreviando o sentir com palavras alugadas ou soletrando o porvir com sílabas trocadas.
Não procuro prosas fantásticas ou planos alucinantes, textos elaborados ou testemunhos inebriantes, rendo-me só ao deslizar do carvão em voltinhas e sinais, todos juntos sob o ritmo do pensar e do sentir. Vou espalhando sementes à espera do fruto que poderá nascer delas.
De corpo e alma, aliei-me a esta iniciativa, mais para afirmar que estou consciente, que não me é indiferente, do que propriamente para moralizar ou influenciar.
É mais fácil e visualmente mais atraente falar do ambiente do que da pobreza dos homens. Acreditem que dei muitas voltas ao pensamento para encontrar uma forma de abordar o tema sem cair nos lugares-comuns ou cliché.
Claro que não encontrei nenhuma fórmula fantástica, claro que não sou diferente de tantas outras consciências que não sabem como acabar ou minorar as estatísticas cruas e desconfortáveis mas concluí que mais difícil que tratar a pobreza material, é mudar a pobreza de valores, moral e espiritual.
Não serão estas formas aquelas que perpetuam, em última análise, a fome, o desemprego e a falta de recursos? Noto ainda a coincidência temporal, é loucura ou ambição "obrigar-nos" a pensar nos outros quando as nossas certezas sobre a economia deixaram de o ser e quando tendemos a olhar mais para o nosso umbigo?
Por tudo isto, não podia deixar de aderir, quanto mais não fosse para expor o nó na garganta que senti quando vi o tema e o quanto camaleónico e próximo pode ser este assunto.
No final, um desejo: que as sementes poupadas ao juízo de mim mesma possam ainda germinar em solos diferentes do meu…
No papel vão deixando marca, abreviando o sentir com palavras alugadas ou soletrando o porvir com sílabas trocadas.
Não procuro prosas fantásticas ou planos alucinantes, textos elaborados ou testemunhos inebriantes, rendo-me só ao deslizar do carvão em voltinhas e sinais, todos juntos sob o ritmo do pensar e do sentir. Vou espalhando sementes à espera do fruto que poderá nascer delas.
De corpo e alma, aliei-me a esta iniciativa, mais para afirmar que estou consciente, que não me é indiferente, do que propriamente para moralizar ou influenciar.
É mais fácil e visualmente mais atraente falar do ambiente do que da pobreza dos homens. Acreditem que dei muitas voltas ao pensamento para encontrar uma forma de abordar o tema sem cair nos lugares-comuns ou cliché.
Claro que não encontrei nenhuma fórmula fantástica, claro que não sou diferente de tantas outras consciências que não sabem como acabar ou minorar as estatísticas cruas e desconfortáveis mas concluí que mais difícil que tratar a pobreza material, é mudar a pobreza de valores, moral e espiritual.
Não serão estas formas aquelas que perpetuam, em última análise, a fome, o desemprego e a falta de recursos? Noto ainda a coincidência temporal, é loucura ou ambição "obrigar-nos" a pensar nos outros quando as nossas certezas sobre a economia deixaram de o ser e quando tendemos a olhar mais para o nosso umbigo?
Por tudo isto, não podia deixar de aderir, quanto mais não fosse para expor o nó na garganta que senti quando vi o tema e o quanto camaleónico e próximo pode ser este assunto.
No final, um desejo: que as sementes poupadas ao juízo de mim mesma possam ainda germinar em solos diferentes do meu…
P.S. - A imagem escolhida transmite a ligação Aquiliniana, gélida das Terras do Demo, não devemos perder o fio à meada!
Onde não puderes ser feliz, não te demores...
ResponderEliminarUm beijo para a minha querida amiga, que é uma flor, da qual a geada não tem coragem de queimar...
Miguel Magalhães