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Poderia dar vários titulos a esta crónica e a esta imagem. "Nó cego ou Elemento em Rede". O IPV e a região deu um sinal claro ao mentor (Prof. Covas) de um projecto inovador, desafiante, criativo, mas... não impossivel. Ficaram claras algumas ideias, algumas debilidades e algumas potencialidades do projecto e da nossa realidade para um projecto desta natureza. Se não houver vontade e determinação, não vale a pena começarmos, seria mais uma desilusão. Eu vou investir neste projecto, em articulação com o que tenho que fazer em prol de uma região e de um produto, o Queijo Serra da Estrela. Constatámos que estamos todos demasiado fechados, estanques e quiçá por vezes "anquilozados". Mas não temos casos de sucesso? Felizmente não nos faltam e estiveram hoje na sala mais digna do IPV, muitos deles. Era uma reunião secreta? Não! todos saberão o que se discutiu e o que daqui sairá. Temos que fazer um layout do projecto que pretendemos implementar, indicando o território alvo, os parceiros vértices, e divulgar e difundir para angariarmos patrocinadores. E quando é para começar? agora! Eu vou dar a minha ideia que poderá e deverá ser discutida, sistematizada e melhorada. Começar por pólos que estão semeados, mas que não germinaram, como foi dito. (Em aparte eu sei o que cada um disse, mas por direito de reserva dos próprios, não vou agora referi-los). Seleccionar os territórios de uma forma substantiva, com várias layers de informação, como que pareça natural e intuitivo. Definir com base nas referências adiministrativas, na geografia, a física e a sentimental, na paisagem, na cultura e história, nas dinâmicas e nos tais pólos instalados que ainda não germinaram. Escolher num território dífícil que é este nosso, mas não impossível. Eu vou escolher não por questões sentimentais, de coração, mas de razão. Na minha opinião poderão ser as Câmaras de Moimenta da Beira, Sernancelhe, Vila Nova de Paiva e Viseu. Como? à luz de Aquilino Ribeiro. O pólo pode ser o Arbutus do Demo, e simultaneamente a marca, o local de estadia e estágio, mas voltado para fora para toda a região do DEMO, não de demónio mas de DEMOnstração. A Fundação Aquilino Ribeiro, a Cooperativa Agrícola do Távora, Ancose e a ADDLAP, teriam um papel fundamental no segundo vértice. Mas eu queria um hexágono, em que o IEFP, a CCDRC, e as Empresas lá estivessem. O Vasco Pinto, a Ervital, se ainda for possivel o Moinho da Carvalha Gorda, a Frutisilves, a Casa da Ínsua,... Mas eu já ouvi esse projecto. Sim, em 2002. Perdeu-se? não, está em estado de dormência, à semelhança das sementes que semeamos e que não vingam no imediato. Algumas só germinam após o fogo e a desgraça. É um ritual de sobrevivência. É nesta fase que estamos. Agora poderá vingar, porque as condições são dificeis, muito dificeis, não há verbas e temos que ser mais exigentes. Vamos apelar à Culinária e Gastronomia; Paisagem, Terras e Gentes; Tecnologias Agrícolas Tradicionais mas Inovadoras; Lazer, Recreio e Turismo; Artes e Tecnologia do Artesanato; Artes Multimédias e Aplicações, mas adaptados à nossa realidade. Criar um projecto que nos orgulhe, respeitando as tradições, mas com um toque tecnológico, inovador, criativo, cultural e com "coração". E o investimento? É nas pessoas e não nas infra-estruturas, porque estas já existem. Uma casa dos cantoneiros para 8-9 pessoas, casas florestais, o viveiro de vale cavalos, laboratório, casa das artes, terrenos, animais,... Criarem uma empresa para receberem as pessoas e mostrarem o território, preparação dos locais para hospedar turistas, amigos do projecto, fazer o melhor queijo de cabra que pudermos, com apoio da Ancose e do IPV, produzir as melhores hortofrutícolas com o Vasco Pinto, as melhores infusões com a Ervital, os melhores cogumelos com a Frutisilves, as melhores embalagens com o Moinho. Não vamos onerar mais as autarquias, vamos dar-lhes perspectivas de futuro, tal como aos nossos jovens e motivarmo-nos com tudo isto para ver se desta vez é possível. Não será a última oportunidade, mas é esta e se não a agarramos, perdemos. Eu não admito perder esta oportunidade por falta de motivação e capacidade. Eu conto com todos, percebo os sinais, vou ser extraordinariamente exigente comigo e com aqueles que quiserem alinhar, colegas, alunos, autarquias, empresas, associações, ... Contem comigo até ao limite das minhas forças e das minhas capacidades! Vou começar a preparar o layout do projecto!
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