quarta-feira, 11 de abril de 2018

30 anos de Gestão no IPV...é obra de mérito!

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Fui assistir à comemoração dos 30 anos do Departamento de Gestão da ESTGV na qualidade de representante da mesa do CTC da ESAV, Gostaria de nesse nome e em meu nome pessoal congratular-me com este efeméride e dar os parabéns pela realização desta conferência. Em relação às conferências que se realizaram de manhã gostaria de dizer o seguinte. Não tenho a mais pequena dúvida que o dr. Jorge Coelho tem tido um papel enorme na divulgação e promoção da região e muito em particular do Queijo Serra da Estrela. Sei que o faz de uma forma voluntariosa e em prol de um  setor no seu todo. Na conferência de hoje "fugiu-lhe a boca para a verdade", quando afirmou que "se vivesse deste pequena empresa, com 15 colaboradores estava perdido da vida". E aqueles que vivem exclusivamente desta atividade, imaginemos o esforço que fazem. Obviamente que está numa fase ainda inicial do projeto e ao que parece está a correr muito bem, mas ainda demorará o seu tempo para tirar dividendos, sendo que também sabemos que este investimento tem uma componente sentimental, mas terá que ser rentável num futuro próximo, até para se provar que é possível. Agora lhe digo, que este é um setor muito complexo e difícil e aliás essa foi uma das questões que lhe coloquei. A outra foi de que maneira perspectivava como a tecnologia, o conhecimento científico, a inovação e a criatividade poderiam ajudar a alavancar um setor dito tradicional como o do Queijo Serra da Estrela. Fazer queijos não tem nada a ver com fazer vinho, no queijos não se pode falhar no momento do fabrico, já o vinho pode sempre ser "remendado". Uma questão interessante foi falar no problema das incêndios do dia 15 de outubro e que nesse dia prejudicou a atividade da IBM-Viseu porque a Vodafone foi "abaixo" e alguns colaboradores faltaram. Outra coisa é o setor do QSE que desde aí ainda não se recuperou totalmente. O leite não se produz pela internet nem vem pela rede de fibra ótica. Embora seja aquele que só pode ser feito aqui nesta região DOP. O representante da IBM ainda falou nos sensores na agricultura e esse era um ponto importante porque são precisas tecnologias e sensores para o setor do queijo e que estamos a trabalhar nesse sentido. Ainda falta muito para que se possa dizer que neste setor não falhamos e estamos muitos a trabalhar convenientemente. A questão da certificação é importante, mas muitas vezes é mais "política" do que "técnica" e por isso também tem que melhorar muito. Acredito que poderemos estar a ir nesse caminho. Em relação à representante da Visabeira, curiosamente é uma estrutura que também faz queijo Serra da Estrela, com um enorme mérito do Eng. José Matias e que foi reconhecido pelo dr. Jorge Coelho, não é verdade que a maioria dos queijos fique nas empresas do grupo. Perguntem ao José Matias e essa é uma das suas grandes "Guerras". As centrais de compras dizem que é muito caro em vez de o valorizarem cada vez mais.
Uma coisa que não gostei de ouvir foi que aqui as coisas são muito mais baratas que em Lisboa! E então...por isso temos que receber menos, ou teremos que valorizar mais as coisas que fazemos e produzimos. Por último, os alunos da ESAV e do IPV foram muito elogiados pelos conferencistas o que é um bom sinal. Já dizerem pouco dos professores, também é um sinal, mas que se calhar temos que fazer muito mais do que apenas formar bons licenciados.

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