Hoje ouvi pela manhã, através do relato do jornalista Amadeu Araújo da TSF, o caso do “chouriço Crioulo do Fumeiro Terras do Demo”, que tem sido um caso de sucesso em terras de Sua Majestade. Esta simples notícia levanta várias questões que julgo poderem ser uma fórmula de sucesso para muitos dos nossos território do interior… e em particular destes do “Demo”. Aliás, esta denominação “tenebrosa” tem exemplos vários de sucesso, onde podemos igualmente destacar o Espumante “Terras do Demo” dos meus amigos de Moimenta da Beira. Gostaria de em primeiro lugar destacar, a capacidade de adaptação e vingamento destes homens e mulheres das “Terras do Demo” às agruras e vicissitudes que a par da criatividade e inovação dos “vindouros” jovens podem aspirar subir aos píncaros do sucesso comercial e empresarial radicado nos produtos endógenos que fazem escola na região. Um outro aspecto não menos importante, é a atenção dada pelos órgãos de comunicação social, e em especial dos seus correspondentes “enraizados” nesses territórios e por isso mesmos dos que melhor o conhecem, fazendo saltar para o escaparate estes casos de sucesso. Depois pelo facto de ser um território de emigração, as suas gentes estendem pontes e abrem portas pelo mundo e permitem divulgar o nome de um território e dos seus produtos, resultantes do saber milenar das suas gentes nos mais diversos domínios do conhecimento e produção. O caso de hoje assenta no sucesso do chouriço crioulo, cuja designação está normalmente associado a cabo-verde e à sua língua, tão difundido pelo mundo através da cultura musical das mornas. No mundo lusófono, o termo crioulo denomina os filhos de casamentos inter-raciais ou, por extensão, as culturas nascidas do encontro entre o mundo europeu e o africano, e provavelmente todo este sucesso pode residir neste tipo de “mestiçagem” de cores, formas, sabores e saberes. Por coincidência, hoje Cabo-Verde fruto dos “Crioulos” está de parabéns por ter passado aos quartos-de-final da Taça das Nações, um feito de relevo atendendo ao facto de ser um pequeno entre colossos.
Noutro patamar, em relação a Vila Nova de Paiva, e a exemplo da muito mediatizada feira dos fumeiros de Montalegre, é tempo de ir pensado em subir mais um degrau na feira da Truta do Paiva, que o ano transacto se revelou um sucesso, para passar a constituir mais um marco incontornável deste território pleno de potencial em relação aos seus produtos endógenos e às suas incríveis paisagens.
Na tentativa de se criar locais aprazíveis para os visitantes se deixarem “enfeitiçar” por aqueles territórios, ajudem a criar a tal rede, Hotelland, com casas de madeira “camufladas” no próprio parque “Arbutus do Demo” e ascendam a um patamar ímpar marcando a diferença face a outros territórios. Por último, temos a cultura desta região que une todos estes elementos produtivos, resultantes da paisagem, das gentes e das suas capacidades e que os pode promover de uma forma evoluída em especial para os mercado ditos exigentes.
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