domingo, 10 de novembro de 2013

MostaJAM...second edition...uma história com principio, meio e fim...ao pequeno-almoço

Aqui está um "projeto caseiro", baseado nalgumas inspirações que dão desde a Quinta da Maúnça, Aquilino Ribeiro até a anciãs da zona de Almeida e que podem conduzir a um projeto mais de índole social, cultural, científico e comercial. Propagar e produzir mostajeiros, avaliar os seus benefícios e limitações sob ponto de vista de antioxidantes e compostos cianogénicos e apreciar a qualidade ímpar de um doce em grande medida desconhecido, associando tudo isto à escrita do mestre Aquilino Ribeiro,... um projeto de "mão cheia". Mas este "projeto" nasceu de um mostajeiro que foi abatido na entrada da Escola Superior Agrária por incompetência e inabilidade da antiga vereação da Câmara Municipal de Viseu, no que concerne à gestão desta questão, tantas vezes por mim aludida. Mas isso faz parte da história. Estes doces são hoje produzidos por árvores plantadas pela autarquia, num outro local da cidade que, apesar de fazer um esforço enorme na plantação de um número elevado de árvores, não sabe muitas vezes encontrar formas de valorizar as suas próprias árvores e apelar aos seus cidadãos que ajudem a preservar e valorizar este seu rico e vasto património arbóreo. Esta ideia encerra por isso uma mensagem simples mas acutilante de que existem muitas vias de valorizar o património arbóreo de uma cidade. Fazer fichas taxonómicas, colocar placas de identificação, fazer roteiros, mas também elaborar produtos transformados e processados a partir da madeira, frutos, folhas, que "nos fiquem no goto"... Depois temos a possibilidade de podermos estudar essas árvores sob diversos pontos de vista e interesses, em relação às questões ecológicas, preservação ambiental, combate à poluição, mas também quanto ao interesse nutricional e também as questões biomecânicas relativas à sua segurança. Um dia destes farei uma pequena publicação sobre esta árvore e estas histórias que a torne um exemplo de como poderemos escolher as árvores a colocar junto às nossas escolas, casas e bairros, criando laços de afetos e relações de utilidade para com as árvores, que não sejam apenas as questões estéticas. Sobre isso haveria uma outra história sobre um Liquidâmbar no Fontelo, que não conto aqui por uma questão de educação que mostra muito da massa de que alguns dos que nos governam são feitos, onde não entra sensibilidade, mas apenas números e  gente. No caso do mostajeiro, estas bagas caindo no chão sujam todo o passeio e que se forem recolhidos em devido tempo e com regras torna-se uma forma vantajosa de valorizarmos ainda mais este património arbóreo e evitar custos com a limpeza e as queixas da população. Muito mais haveria a dizer mas deixarei isso para uma publicação que conte esta história como um exemplo a ser replicado noutros casos. O próximo passo será os meus colegas de Qualidade e Nutrição Alimentar da Escola Superior Agrária de Viseu  realizarem, com os alunos de mestrado e outros, ensaios de avaliação destes frutos em antioxidantes e outros compostos de interesse nutricional. Para lhes adoçar a boca irei oferecer um dos frascos de MostaJAM para ser mais fácil convence-los...estou a brincar porque já os convenci. Desde já o agradecimento à Doutora Edite e ao Doutor Fernando Gonçalves que responderam de imediato ao repto e a oferenda serve de prova...de agradecimento. Agora ficam mais uma fotos desta segunda edição que vos digo...ficou ainda melhor que a primeira. O meu pequeno-almoço foi doce...adivinhem de quê?... preparado pelas minhas meninas!
 










 

1 comentário:

  1. Boa noite Paulo! Não temos falado e eu gostava muito de saber se consegui reunir alguns dados sobre o mostajo! Mande-me mail para ludovina.guarda21@gmail.com
    Bem haja

    ResponderEliminar