quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Mariano...passado (past)...presente (present) e (and)....futuro (future)...

O Mariano tem uma exposição retrospetiva no foyer do Instituto Politécnico de Viseu que merece ser visitada e admirada de vários prismas. Sou um admirador confesso do Mariano a quem reconheço méritos pela sua já longa carreira, que apesar das fases distintas, mantém uma espontaneidade, uma força no traço e na cor e uma (in)genuidade genial....Parabéns ao artista, à organização... e ao IPV!
 












 

terça-feira, 11 de novembro de 2014

MEC...Veste a Camisola...de Lã

 
 
Pelo o que o Miguel Esteves Cardoso escreveu no passado sábado na sua crónica diária com o título "Vesti a camisola" acredito que brevemente irá "vestir a camisola" no nosso Queijo DOP Serra da Estrela valorizando, da forma sui generis como só ele faz, com alma, sensibilidade e emoção toda a paisagem e os atores envolvidos, as ovelhas raça "Serra da Estrela", o pastor, a queijeira... Assim façamos o convite pela via certa.

domingo, 9 de novembro de 2014

São Flores de cardo...em Algodão...Senhor!







Vamos ver se o futuro nos faz abrir "gavetas" do passado...

Um Tributo à Leontina e...às árvores da minha cidade!

 
 









Árvores Ornamentais do Património Florístico de Viseu,

Lançamento no Museu Grão Vasco, 08.11.2014

 

É com uma enorme honra e ao mesmo tempo com sentido de responsabilidade que aceitei ser o “padrinho” desta obra, que a amiga Leontina (permita-me tratá-la assim) acaba de lançar, ainda mais num palco destes como o Museu Grão Vasco. Acredito que a escolha do Museu Grão Vasco, na sala do naturalismo, foi lugar mais apropriado para este evento. A coincidência da simultaneidade com uma exposição de relevo nacional dedicada ao Naturalismo da coleção Millenium, que convido todos a visitar, já é uma dádiva dos deuses. Com isto dou os parabéns às Edições Esgotadas (Drª. Teresa Adão) por terem acreditado neste desafio e ao Museu Grão Vasco (Dr. Agostinho Ribeiro e Dr.ª Paula Cardoso) por terem acolhido sem reservas esta iniciativa.

A razão desta “comenda”, encontro-a no respeito e admiração comuns que temos pelas árvores à qual acresce a admiração que tenho pela autora.

Sobre a autora apenas dizer, que desde que a conheço sempre se pautou por uma competência extrema, um rigor científico de excelência, uma enorme sensibilidade e uma lealdade a toda a prova. Mas muitos dos que aqui estão presentes conhecem muito melhor a Leontina do que eu próprio. Uma coisa é certa, a Leontina não é apenas mais uma árvore na floresta, mas é uma árvore que ajuda a fazer a floresta. Não pela opulência ou ostentação, mas pela simplicidade e autenticidade, epítetos específicos que associados ao género são extraordinariamente raros nos tempos que correm.

No seu percurso profissional estudou os solos, as pastagens e forragens nas suas mais diversas vertentes e culminou nas árvores. Este é o percurso integrador e vertical que deve ser incentivado na sociedade e que ajuda a criar pontes e a estabelecer uniões onde por vezes apenas vemos desarmonia, traição inveja, onde a Olaia (Cercis siliquatrum L.) com todo o seu simbolismo religioso procura apontar. Mas desde sempre foi olhando para as árvores, com curiosidade e admiração, admiração de respeito, mas também admiração de tentar procurar explicações para saber… porque este ano a Lagestroemia quase não floriu, ou porque simplesmente caem as folhas. Enfim! admirações por vezes tão simples que passam despercebidas ao comum dos mortais e que são aquelas que encerram maiores dificuldades na sua explicação.

Explicar as coisas simples de uma forma que as crianças entendam e que fiquem com um brilhozinho nos olhos é um dos papéis mais difíceis que cada um de nós pode desempenhar e são raros os comunicadores que o conseguem fazer.

Cometo uma inconfidência, ao referir que muito recentemente tivemos um almoço extraordinariamente agradável, pautado pela sensibilidade, pelos ritmos e pausas da Leontina, onde fui um “escutador” atento (…um papel que desempenho raramente, mas que estou a aprender) procurando buscar pontos onde cerzir algumas linhas para enquadrar a obra e a inspiração da autora.

Esta é uma obra que é um presente, nos vários sentidos da palavra, mas acredito que irá perpetuar e lançar projetos de futuro na cidade, assim os atores o queiram, no que respeita à valorização do património arbóreo, no ambiente, na ciência, na arte e na cultura que podem ter repercussões económicas, hoje tão em voga. Mas acima de tudo que seja uma obra que desperte a sensibilidade e o respeito por estes elementos vivos que gravam cada momento num registo dendrológico, como que de uma memória se tratasse, recordando que árvores como a Gingko (Ginkgo biloba L.) são guardiãs deste planeta desde tempos imemoriais.

As árvores não têm nervos…mas têm nervuras que são linhas de vida, que nutrem formas e definem limites e que por isso marcam sentimentos, um pouco ao jeito das linhas escritas alimentadas pela “seiva” da inspiração da autora que fez sair do prelo esta obra. Acredito que irá ajudar a cumprir o provérbio Chinês que diz “se queremos dez anos de prosperidade cultivemos árvores, se quisermos cem anos cultivemos as pessoas”…Acrescento, …se cultivarmos as pessoas acerca das árvores acredito que daremos o sinal que queremos a eternidade.

A idade das senhoras não se pergunta, mas o seu berço explica muito do arreganho, da tenacidade e da inspiração. Quem nasce no Souto, estava predestinada a escrever um livro sobre árvores, quiçá majestosas e sobre os encontros que temos com elas (Meetings with Remarkable Trees – Thomas Pakenham). Os castanheiros que preencheram a sua memória paisagística, como “árvore titânica que trava a erosão da Beira e que confere aos soutos uma mancha cromática de múltiplos tintos outonais” são uma dessas árvores majestosas que tutelou e continuou a acalentar até na vida profissional com a criação da coleção de castanheiros da Estação Agrária. Mas esta é também uma daquelas árvores que une as gerações e que Aquilino Ribeiro, tão bem mostra essa capacidade “castanheiro leva cem anos a nascer, cem anos a chegar ao estado adulto, cem anos a crescer, cem anos no seu ser e cem anos a morrer. Que importa? os homens de boa vontade perpetuam-se nos filhos e vindouros”.

A autora faz breves referências à sua obra considerando eu que a leitura de Aquilino Ribeiro é um óptimo complemento à obra hoje aqui apresentada. Ao referenciar e citar Aquilino Ribeiro, importa dizer que foi o mestre que mais me ensinou e continua ensinar sobre as árvores e as paisagens e que me tem inspirado nas curtas e singelas deambulações que tenho realizado por esses domínios. A geografia sentimental é uma das obras que mais admiro. E por falar em geografia aproveito para lançar um repto de se fazer uma exposição sobre um outro enorme mestre Orlando Ribeiro, o maior geógrafo Português que tem raízes em Viseu e que julgo que seria justo não apenas como tributo, mas como ato de cultura e de perspectivar o futuro de Viseu enquanto representante de uma região.

Nas suas memórias de infância, a autora recorda-se dos Plátanos da sua aldeia que os viu crescer e que quando regressa a casa os pretende abraçar. Só que a tal falta de sensibilidade, muitas vezes de origem politica, os derrubou ficando um vazio no largo da aldeia e na sua memória que já não será preenchido. Há ao invés, pessoas que plantam árvores aquando do nascimento dos filhos. Imaginem só a relação de afectividade que se cria com essas árvores. Este é na minha opinião um dos gestos mais bonitos que podemos ter para com uma árvore e para com uma família. Aquilino dizia “Quando chego, o meu primeiro olhar é para a sua ramagem, o especioso. Um olhar que lhes fala: —Bons dias, bons dias! Bonitas! Depois, outro para os fustes: — O que vocês cresceram! Daqui a pouco já as não posso abraçar a expandidos braços. Verdade, mais uns anos e bem de junto as não abraçarei. Receberão os abraços dos meus filhos…”

Nesta sala do Naturalismo, um dos ciclos de referência na pintura no qual o campo e as paisagens detinham superioridade moral em relação à cidade, encontrei várias referências da minha memória, como a Paisagem Algarvia de Laranjeiras (Falcão Trigoso), o claustro da Sé Velha (António Carneiro), a ovelha (Tomás de Anunciação). Nesta cidade queremos ter um exemplo de cidade jardim, na qual o ambiente rural possa estar presente a diversos níveis, e para isso temos que ser inteligentes e audazes na forma como podemos interpretar esta visão e este querer. Mas isso ficará para palestras futuras…

(Com frequência o naturalismo, pode ser confundido com o naturismo, mas no caso acredito que a obra pode vir a ter um papel de relevo…  NoTurismo da cidade de Viseu)

 

Espero que este momento e esta oportunidade concedida possa permitir no futuro que a Escola Superior Agrária de Viseu, tal como a Estação Agrária de Viseu, que são escola de culturas na verdadeira acepção da palavra possam saber aproveitar a oportunidade para aliarem-se à cultura da Arte e da Escrita em colaboração com instituições de referência na cidade e na região como o caso do Museu Grão Vasco.


Como escreveu Booker T. Washington "Ninguém pode prosperar até que aprenda que é tão digno lavrar um campo como escrever um poema". Tenho a certeza absoluta que nos cabe a nós provarmos a relação dessa dignidade, também em parceria com outras instituições de ensino superior da região e com todas aquelas ligadas direta ou indiretamente com a agricultura. 

A sensibilidade cultiva-se muito pela leitura, pelo olhar mais do que pelo ver e pelo pormenor. A obra agora deixa de ser da autora e passa a ser de cada um de nós que a adquiriu e caberá a cada um saber encontrar as suas interpretações, as suas memórias, tendo cada folha deste livro o papel de uma semente que depois de germinar passará a contar a sua história. Não tenho o dom da Leontina de escrever livros sobre tantas árvores, resta-me em jeito de testemunho deixar um livro em branco e uma folha de uma das árvores que mais admira pelas referências que faz no livro onde poderá expressar toda a sua sensibilidade. O Liriondendron tulipifera, arvore-do-ponto nos tempos de Coimbra que quando entrava em floração era sinal que nos tínhamos que agarrar aos livros. Agora vamo-nos agarrar a este.

Muitos parabéns!

 

Paulo Barracosa

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Ricardo um futuro "Afinador"...de aromas...no queijo!


Hoje concretizamos mais um ensaio de coagulação no âmbito do CARDOP, com leite de ovelha e cardo trazidos pelo Zé da Casa da Insua, com um upgrade estimulado pelo Ricardo. Procurar diferenças nos aromas e semelhanças com a nossa base de dados na "biblioteca de aromas". Surgiram aromas com semelhança ao vegetal, ao argiloso, até ao baunilhado, aromas mais e menos exuberantes, mas o que mais me surpreendeu foram os aromas semelhantes ao pólen. Ora aqui está uma área em que poderemos dar cartas no futuro...acredito que sim!

Too Late...


...Quase "Late Harvest"..."Leite Harvest"...disto percebe o Zé....Prazeres do Trabalho...Vindima e Ordenha!

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Lançamento de uma obra...que prima pela oportunidade


A Amiga Eng. Leontina teve a coragem a determinação e a competência de lançar um obra em colaboração com as edições esgotadas que em muito ajudará a sensibilizar as pessoas para a estética e valorização do património arbóreo da cidade de Viseu com o devido rigor científico, mas também com a sensibilidade muito característica da autora. Será um verdadeiro privilégio poder tecer alguns considerandos sobre o valor e a oportunidade da obra para projetos de futuro ainda para mais num espaço de eleição como o Museu Grão Vasco.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

MY PLANT...para Remediar

O meu colega José Manuel Costa, pediu-me para colaborar com uma pequena palestra num dos eventos mais emblemáticos da ESAV.... Como a inspiração já não é que era, aqui vai este título..."para remediar"... no XII Encontro Micológico da ESAV