Na primeira fase do concurso
nacional de acesso ao ensino superior as Escolas Superiores Agrárias tiverem no
geral um desempenho insuficiente. A ESACoimbra foi a que revelou um maior
número de entradas com 99 vagas preenchidas (45,2%). O curso de Biotecnologia foi
o único que preencheu a totalidade das vagas (44), sendo que o curso de Tecnologia
Alimentar teve um desempenho bom, até comparativamente com as licenciaturas equivalente
nos outros Institutos. Deficientes foram os desempenhos dos cursos de
Engenharia Agro-pecuária, e Ciências Florestais e Recursos Naturais. Estranho
foi o facto de no curso de Agricultura Biológica não ter entrado qualquer
candidato.
A ESAViana do Castelo teve o
segundo melhor desempenho com 50 vagas preenchidas (42,4%) nos quatro cursos.
Os cursos de Enfermagem Veterinária e Biotecnologia tiverem desepenhos
satisfatórios.
Em terceiro lugar ao nível das
ESAgrária surge a ESAViseu com 43 entradas a que corresponde 36,1% das vagas
candidatadas. O único curso com um comportamento satisfatório foi o de
Enfermagem Veterinária com 84,4% das vagas preenchidas. Pela negativa os
restantes cursos com particular destaque para a Licenciatura de Ciência e
Tecnologia Animal. Os cursos de Qualidade Alimentar e Nutrição e Eng.
Agronómica apresentam alunos com médias de entrada de 13,4 e 12,2 val,
respetivamente, perspetivando ainda alguma margem para entrada de alguns
alunos.
A ESASantarém revela um
comportamento negativo com apenas 30 vagas preenchidas a que representa uma
percentagem de 14,2%. Pela positiva a entrada de 19 alunos no curso de
Agronomia.
A ESACastelo Branco revela uma
entrada de alunos muito reduzida com o preenchimento de 20 vagas (16,5%). Pela
negativa o facto do curso de Biotecnologia Alimentar não ter tido qualquer
candidato.
A ESAElvas teve um desempenho
similar em termos percentuais (17,8%) a que correspondem 17 vagas preenchidas.
O curso de equinicultura que é único em Portugal teve 5 candidatos.
A ESABeja teve um desempenho
muito negativo com apenas 5 candidatos nos quatro cursos candidatados.
Este cenário revela que muito tem
que ser feito para tornar estas Escolas sustentáveis e produtivas para o País e
em particular para o dito interior. Iremos apresentar nos próximos dias algumas sugestões para tentarmos inverter este cenário, sendo que não existem "milagres" e há muito para fazer em prol destes territórios. A leccionação de aulas e a capacitação dos recursos humanos é fundamental para um futuro de sucessos nestes territórios, mas há muito mais a fazer para além disso. Primeiro temos que interpretar muito bem os resultados e olharmos para alguns sinais que nos podem dar indicações preciosas para o futuro.
Sem comentários:
Enviar um comentário