terça-feira, 29 de outubro de 2019

Um grão de areia pode....

..."emperrar" uma engrenagem mas ao mesmo tempo pode ser o núcleo da criação de uma pérola dentro de uma ostra que ao reagir a um corpo estranho cria um elemento único. Lembrei-me desta "pérola" criada há já alguns anos pelo Paulo Medeiros que envolve "grãos" e "pérolas". 





Sobe, sobe, balão... Sobe...






Hoje ao ligar a televisão fui surpreendido pelo III Festival de Balões de Coruche com a designação "Flutuar". Fez-me lembrar a ideia que deixei em Almeida e que fazia muito sentido realizar-se por aquelas bandas por tudo o que referi. Imagino as belíssimas imagens que dariam os céus de Almeida e que belas imagens se obteriam de todo o território raiano. Curiosamente, o site da Câmara Municipal de Coruche não faz nenhuma menção a esta realização embora tenha uma óptima divulgação junto dos mais variados orgãos de comunicação escrito e áudio-visual. Reparei agora que existe um site completo dedicado a este evento que conta com o patrocínio do Município de Coruche (https://festival.windpassenger.pt/pt/). Parabéns por este realização!

domingo, 27 de outubro de 2019

Visitar o Interior é o Próximo Destino de Luxo....

A ADEFS como apoio da Câmara Municipal de Almeida organizaram o VII Encontro "Alma por Almeida" que decorreu no Picadeiro D´el Rey no passado dia 26 de outubro com a temática "A importância do conhecimento especializado no desenvolvimento do interior". Neste encontro marcaram presença um conjunto de instituições de ensino superior onde se destacaram a Universidade da Beira Interior (Vice-Reitor; Prof. Doutor Mário Lino Raposo), o Instituto Politécnico da Guarda (Vice- Presidente; Prof. Doutor Manuel Brites Salgado), o Instituto Politécnico de Viseu e o de Tomar, para além do Agrupamento de Escolas de Almeida (Prof. Magda Pereira). Esteve ainda presente o Vice-Presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia, Prof. Doutor José Paulo Esperança. Marcaram presença ininterrupta durante todo o dia o Presidente da Câmara de Almeida, António José Machado e o Vice-presidente José Almeida Morgado que dá uma ideia da importância que colocaram nesta realização e nas expectativas que tinham nos resultados que daqui pudesse advir.
O seminário iniciou-se com a apresentação do e-book institucional da ADEFS e dos propósitos de hoje da ADEFS com vista às expectativas futuras do seu papel na congregação de vontades para o desenvolvimento destes territórios do Côa e da Raia onde Almeida está inserida. 
O Arquiteto Samuel Pinto fez uma apresentação extraordinariamente bem estruturada sobre o Tema "(Re)construir o Construído" apresentando um conjunto de exemplos com extraordinária aplicação no caso vertente de Almeida e que espero poderem ter eco junto da autarquia de Almeida, ainda para mais por ser um "filho de terra". Que o argumento do ARTEFACTO tenha eco na realidade, não apenas por graça, mas acima de tudo por mérito.
A UBI pela mão dos Professores Michael Mathias, Pedro Almeida e Lurdes Monteiro Kelly apresentaram todo o vasto trabalho que têm desenvolvido e que se propõem vir a desenvolver no território em áreas tão abrangentes como o Património, a Geologia, a Saúde Pública e o Desporto.
De Mação e do Instituto Terra e Memória veio Sara Cura que nos mostrou o exemplo construído e a experiência vivida que pode ser em parte adaptada para a realidade de Almeida abrindo novas perspectivas para realizações futuras com as gentes de Almeida que devem ser o núcleo dessas concretizações.
Não deixa de ser curiosa a coincidência de hoje mesmo ter sido publicado pelo Expresso os fascículos sobre as 12 Aldeias Históricas de Portugal, sendo que estão todas localizadas no território do Centro de Portugal. Se têm raízes fortes e história estariam no interior profundo? Estavam no CENTRO nevrálgico  do Território para preservar a capital. É assim que temos que pensar. Estes territórios é que precisam de ser acarinhados e de investimento público. Até para podermos ser um exemplo para o mundo na distribuição das pessoas pelo território em vez de concentramos as pessoas em megacentros populacionais. Costumo dar o exemplo do setor leiteiro do Queijo Serra da Estrela que alberga 3400 famílias distribuídas pelo território. É uma das suas grandes mais valias, em detrimento de termos 3400 famílias a trabalharem numa megafábrica com todos os problemas que daí advêm nos mais variados domínios.
Por coincidência quando chegava a casa, noite dentro estava a dar Almeida no jornal da SIC no âmbito da publicação do Expresso, só que com pena minha nada mostraram daquilo que diferencia Almeida do resto. Ainda tinha a Esperança que falassem do Sr. Pereira do Picadeiro Real. Iam ver o que é um "cicerone" de excelência, mesmo para os padrões da Capital. Ainda em relação ao Sr. Pereira que foi a primeira pessoa que cumprimentei quando cheguei a Almeida e que me perguntou pelas "meninas" e que a Mariana e a Rita, tenho a certeza, nunca mais se esquecerão dele, fiquei muito agradado pelo facto do Sr. Presidente me ter dito que foi o responsável pela sua vinda para Almeida e que viu nele as mesmas qualidades que lhe adivinhei.
O Samuel Pinto falou de hologramas e deu o exemplo de como são usados na réplica das estátuas destruídas pelo Daesh. Aqui está um bom exemplo para a ideia que dei do Outdoor na A25 para por impulso trazer 1% das 5 milhões de pessoas que entram por ano na fronteira terrestre de Vila Formoso que seriam 50 mil pessoas por força de um Outdoor (sendo pouco ambicioso). O que teria que ter o Outdoor? imaginação, criatividade e inovação? Eu posso dar ideias, mas deixemos os entendidos e especialistas na área pensarem e trabalharem. Tem que ser interativo e ter efeitos especiais, que comunique com quem passa!!!!
O Prof. José Paulo Esperança, revelou-nos que nos seus "tempos de menino" fazia queijo replicando a prática da Mãe e que segundo se lembra era muito fácil. O que se esqueceu de dizer foi que o leite que a Mãe ordenhava das cabras era de excelente qualidade, bem como a flor de Cardo que usava o que facilitava as coisas e fazia parecer que era fácil. Era como diz o filho do José Eduardo Cunha da ADEFS que é enólogo na Quinta da Leda onde se produz o famoso "Barca Velha", "em Portugal não devia ser possível fazer mau vinho" e eu acrescento, nem mau queijo!
Um dos projetos apresentados pela UBI foi o MENTHA para pessoas idosas na área da saúde pública e dos problema associados com a Mente. Poderia-se pensar em incorporar compostos bioactivos de plantas aromáticas (Mentha spp. e outras) para que as pessoas consumam menos medicamentos sintéticos e privilegiam os biológicos e naturais.
O Agrupamento de Escolas pela voz da Prof. Magda Pereira mostrou um enorme capacidade e vontade que são um garante de poderem levar a cabo no território realizações pensadas em conjunto com as outras instituições que se queiram envolver.
Do que falei pouco interessa! Não me proponho a grandes realizações, mas a objetivos e projetos muito concretos. Se a Dr.ª Túlia Aires e o Dr. Luis Pinho, um casal de Veterinários com raízes em Almeida acreditam no Cardo na Estrela do Interior, o que me resta a mim senão apoiá-los nesta concretização. Sem pensar  em muitos meios e fundos e grandes projetos, este é aquele que, neste momento, me fará acreditar em Almeida. Se estes correr como esperamos outras realizações estarão em carteira, no cardo, no queijo ou no que for melhor para estes territórios e as suas gentes.

Visitar o Interior é o Próximo Destino de Luxo....é o lema do CENTRO!!!!


O que foi pensado e dito há três anos, no VI Encontro Alma por Almeida 
https://biogere-esav.blogspot.com/2016/09/almeida-unica-estrela-que-se-ve-na.html



Vamos-nos Centrar naquilo que queremos e usar as palavras com delicadeza e respeito. Costumo dizer aos meus alunos....todas as cores e matizes fazem-se com as três cores primárias, ....toda a biodiversidade com quatro letras dos nucleótidos, C, G, A, T, Citosina, Guanina, Adenina e Timina, toda a informática com 1 e O, e o alfabeto com 26 letras imaginemos a força que pode ter na construção de mensagens.... 

 Are You ready (https://www.youtube.com/watch?v=CiaEmnsnW40) é o filme promocional da Região de Turismo do Centro. É preciso ter cuidado com os vírus que um site "ilegal" da região de Turismo do Centro nos pode trazer para o computador. Esta é uma situação lamentável que não pode acontecer e que tem que ser resolvida, até pela força que tem a internet e pela má imagem que deixa.

 Não bastam os 5 milhões que vêm por via terrestre e entram em Vila Formoso, ainda temos os que vêm pelo ar, de balão de ar quente seria uma experiência inesquecível.


O desafio que lancei há três anos atrás....



e que Figueira de Castelo Rodrigo aproveitou e muito bem....


filme de Almeida candidata a Património Mundial da Humanidade UNESCO
Aqui temos os astros no céu e outros em Terra incluindo os cavalos, o património arbóreo, o património histórico e o Sr. Pereira


Este foi um projeto criado pela Mariana Barracosa para a UC de Projeto de Comunicação do Curso Ciências da Nutrição da Faculdade das Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto  que foi incluído no site do Programa de Alimentação Saudável. Não esquecer que a base para esta criação veio da D. Fátima de Almeida que nos apresentou num pic-nic ao qual a Mariana fez a sua adptação da uma realidade ainda mais saudável. 



As imagens da mestria, rigor e posição revelam quase tudo....




Sobre cardo não é preciso falarmos mais....












Estes são dois primores criados por alunos meus, o Brandão e o Davide que vêm na sequência dos projetos que Almeida está a levar a cabo....




Um Obrigado e um Bem-Haja por tudo

sábado, 19 de outubro de 2019

O Cardo no Centro das Atenções....Agora no Jornal do Centro

Gostaria de dizer que o jornalista do Centro José Ricardo Ferreira, foi extraordinariamente hábil ao não servir de mero retransmissor da noticia emitida pela Lusa esta semana em relação aos investigadores do IPV que estão a aplicar o cardo em mobiliário leve e ter tido o arrojo de ir mais longe e mostrar mais algumas potencialidades do cardo. Os investigadores do IPV tiveram que ir a Milão e Londres para chegarem a Viseu. Eu como não saio de Viseu e "arredores" ainda demoro mais tempo. Em 15 de junho publiquei um artigo na Gazeta Rural do José Luis Araújo que se intitulou "O Cardo no Centro das Atenções". Este está-se a tornar quase um caso à Mendel, salvaguardando as devidas distâncias. Mas se querem conhecer a história da evolução do cardo desde há quase 10 anos, a "Gazeta Rural" é uma "bíblia". O José Luis por amizade, mas acima de tudo por astúcia, tem publicado tudo no que ao cardo diz respeito. Deve ser uma  característica dos "Zés", porque o José Matias também foi o primeiro a dar atenção ao Cardo na Região, nesta nova leva, porque o João Madanelo já o fazia há muito tempo e com imenso mérito. Agora está reformado por imposição compulsiva dos atores que mandam na região. É triste mas é a verdade "nua e crua". Eu no que ao queijo da Serra da Estrela diz respeito, não devo demorar muito para me "reformar", mas no que toca ao cardo, não acredito! Em breve será na gazeta, se esta quiser, que será publicada uma primeira separata dedicada ao cardo "de fio a pavio". Estou só a aguardar a publicação internacional para depois fazê-lo em português, ainda com mais propriedade. Um agradecimento especial ao Jornal do Centro e uma felicidade enorme por serem os meus alunos que aparecem a realizar as atividades. Eles é que merecem recolher os "louros" desta travessia....














quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Investigadores do Politécnico de Viseu usam cardo para criar móveis mais leves



Com o cardo, os investigadores conseguiram criar um material mais leve e também fácil de fazer, quase como se fosse “um bolo que se leva ao forno”. Móveis foram expostos nas feiras de design de Milão e Londres.
O cardo, cuja flor é usada no fabrico do queijo, foi aproveitado por investigadores do Instituto Politécnico de Viseu (IPV) para a criação de móveis mais leves, que foram levados às feiras de design e mobiliário de Milão e de Londres.
No âmbito do projecto Lightwood — Compósitos de madeira e poliuretano inovadores, um grupo de investigadores desenvolveu uma nova tecnologia de compósitos de madeira, que foi recentemente patenteada e combina partículas de madeira e cardo com espuma de poliuretano.
“Andávamos a tentar desenvolver um produto que fosse leve, para permitir aos designers fazerem móveis de madeira que competissem com os plásticos”, explicou à agência Lusa Jorge Martins, um dos membros do projecto e docente do Departamento de Engenharia de Madeiras do IPV.
Ao ouvirem o professor da Escola Superior Agrária de Viseu Paulo Barracosa falar da planta do cardo (Cynara cardunculus), os membros do projecto aperceberam-se “da quantidade de resíduos, que parecem quase madeira, que sobrava das plantações”, depois de ser retirada a flor necessária para o queijo.
 “O arbusto tem dois metros de altura e só se aproveitam três ou quatro centímetros que estão lá em cima para fazer o queijo, o resto que está para baixo não vale para nada. Achámos que era boa ideia experimentar”, contou Jorge Martins. Segundo o docente, uma das preocupações do departamento é, precisamente, “tentar arranjar utilizações de valor acrescentado para produtos da floresta que não têm valor”. “A nossa ideia é pegar em materiais que as pessoas acham que já não valem nada e provar que podem ser usados como produto. Se houver mercado, alguém os há-de apanhar.”
Com o cardo, os investigadores conseguiram criar um material mais leve e também fácil de fazer, quase como se fosse “um bolo que se leva ao forno”, acrescentou.
Jorge Martins contou que a ideia inicial era o material ser apenas “um complemento para as indústrias do queijo”, mas “os designers acharam que tinha potencialidades do ponto de vista estético”. Estes desenharam peças de mobiliário que foram levadas para Milão e Londres, nomeadamente bancos, um móvel para guardar queijos, outro para ser usado nas queijarias na parte da maturação do queijo e um carrinho de transporte de sobremesas. “Tivemos vários convites para levar a ideia a outras feiras, só que o nosso projecto só previa duas idas”, afirmou.

Dão Events 25 Anos, um vinho com a chancela ESAV





No ano de comemoração do seu 25º Aniversário, a ESAV decidiu reeditar a produção do vinho tinto Events Touriga-Nacional, que foi produzido pela primeira vez no ano 2000, apresentado na Feira de Nelas no ano 2002. Este foi um projeto lançado para comemorar momentos marcantes e de exceção no evoluir da instituição numa partilha de prazer e conhecimento entre docentes, alunos e funcionários. A Presidência da ESAV, em parceria com os departamentos de Ecologia e Agricultura Sustentável (DEAS) e das Indústrias Agro-alimentares (DIA), a Associação de Estudantes da ESAV, a IAAS-Associação Internacional de Estudantes de Agricultura e os alunos Erasmus abraçaram este projeto que incluiu a vindima e o processo de vinificação de uvas Touriga-Nacional provenientes da Quinta da Alagoa. O processo de vinificação foi realizado e está a ser monitorizado pelos alunos da ESAV com o apoio dos docentes das áreas da viticultura e enologia, à semelhança do que aconteceu ao longo de todo o ciclo cultural da vinha desde os tratamentos até ao acompanhamento do estado de maturação. Este é um projeto que extravasa a componente científica, de vital importância para a excelência que se pretende na laboração de um ícone do Dão, mas que se pretende assumir como um exemplo de capacidade na realização que uma Instituição como a ESAV deve assumir na região, juntando vontades e competências de toda uma comunidade que se orgulha das realizações que é capaz de levar a cabo. O processo de vinificação que está a ser levado a cabo na adega do Professor João Cabral de Almeida, mas que é fruto de uma partilha de saberes dos vários docentes e alunos envolvidos, pretende criar um elemento com uma identidade muito própria que traduza num vinho exclusivo onde a tradição e as técnicas mais inovadoras se conjuguem de modo harmonioso e sinérgico cerzindo uma matriz onde os aromas e o bouquet das castas tradicionais do Dão são acompanhadas na estrutura pela ação das leveduras nativas. Este processo está a servir de exemplo prático em várias unidades curriculares dos cursos de licenciatura de Eng. Agronómica, Eng. Agroalimentar e dos Cursos de Especialização Tecnológica de Viticultura e Enologia e Agricultura Biológica da ESAV permitindo juntar o conhecimento técnico-científico com a arte do saber fazer. Este é um exemplo real que permitirá aos alunos ganharem experiência não apenas na gestão de meios humanos e mecânicos numa fase de vindimas como acompanhar de perto o evoluir do processo de maturação de um vinho ao longo de um estágio. Ao longo deste processo faremos vários momentos de prova de um produto de excelência que se pretende que seja a imagem de capacidade de uma Escola e daqueles que a compõem e que se traduza num ex-libris do qual todos nos possamos orgulhar e que passa vir a ser o cartão de visita e a prenda da ESAV a todos aqueles que nos visitam.