Acabei de assistir ao lançamento de mais um livro do Dr. Alberto Correia, intitulado Etnografismos II - Concelho de Sernancelhe, e celebramos brindando com o Espumante Terras do Demo. Teve a amabilidade de incluir a crónica «Os meus dias das árvores» que dedicou à memória do seu Pai e que retrata de forma indelével a nossa estima recíproca. Nos tributos de reconhecimento dos méritos do Dr. Alberto Correia, ouvimos o Presidente da Câmara de Sernancelhe (Dr. José Mário Cardoso) e o Dr. Fernando Paulo a tecerem os maiores e merecidos elogios, que foram recebidos com uma humildade magnânime, apenas ao alcance de poucos, com uma vocação de dedicação sublime às causas culturais, onde se incluem o Aquilino Ribeiro, o património histórico, mas também a Castanha e o Espumante Terras do Demo. Mudando a agulha, ao ligar-me à rede, recebi a notícia de que os Biopellets não terão ficado nos três primeiros lugares do pódio. Em nada deslustra o brilhantismo dos alunos durante todo este trajecto. Contudo, o que é fundamental é que tenham retirado os maiores ensinamentos das coisas boas e também das menos boas. Eu quero dizer que da minha parte foi um privilégio poder ter colaborado com esta equipa. Tentei dar o melhor de mim para o projecto sem desvirtuar a criatividade e a originalidade dos alunos. Como já disse e escrevi, devem no âmbito de uma actividade até da Associação de Estudantes da ESAV, fazer uma palestra para relatarem aos colegas todas as vivências do projecto, para que no próximo ano em que a final do Poliempreende será no IPV, a ESAV possa fazer um “brilharete”, corrigindo alguns dos erros cometidos e definindo logo à partida a equipa saber consolidar essa mesma equipa proporcionando mais probabilidades de sucesso. O facto de não terem ganho o prémio não quer dizer que não tenha mérito e agora é que se verá a efectiva vontade que têm seguir por diante, todos em conjunto ou só alguns. Senti que vos faltou na fase final um “click” que vos motivasse de forma a sentirem o vosso projecto, que podia ser a necessidade de procurarem um novo futuro, envolvendo algum risco, é claro. Mas aí não vos posso ajudar, porque essa motivação está ao alcance de pouco e eu também sinto que por vezes me falta esse “click”. Eu sou por acusado por muitos de apenas falar mal e não apresentar soluções. O que não sou é de aparecer na véspera para me fazer às “fotos” e ir “à boleia”. Sou de bastidores, mas não de combinações obscuras e disso não abdico. A partir de hoje daremos lugar a um conjunto de crónicas onde falaremos de projectos de futuro para uma Escola já condenada, se aqui também não haver um “click”. O tema de hoje é a castanha. É outro dos pilares nos quais a ESAV se deve envolver, designadamente com Sernancelhe, Penedono, etc. Sei que a Eng. Paula Correia já o fez através de vários projectos e julgo que até da tese de doutoramento, e por haver esse “embrião” é que se deveria intensificar. No último São Martinho afloramos a ideia, no próximo devia-se consolidar os projectos e as ideias, convidando entidades, confrades e interesses científicos e comerciais. Mas acho que “santos da casa não fazem milagres”.
sábado, 17 de setembro de 2011
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Nem mais...
ResponderEliminarFaltou mesmo esse click, a vontade de arriscar e de ser mais ousado e olhar para o futuro. Penso que a capacidade está inerente em todos, mas a forma e os conteúdos dos livros hoje em dia, fazem uma juventude de decorar e estudar.
Cada vez mais sinto que os alunos de hoje apenas estudam para os exames e para pensarem que sabem alguma coisa, mas na verdade nada sabem.
Sabem a descrição técnica, mas não sabem pegar na ferramenta de trabalho...pena que é pois por vezes é preferível ser menos bom nas notas mas mais desenrascado como os antigos.
Penso que o IPV e a ESAV, têm um papel muito importante para o ano que vem e para isso o trabalho inicia-se agora, com direcção, professores e alunos.
Vamos ver e vamos apoiar o que de melhor existe nas Beiras....as pessoas.