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O nosso processo evolutivo, à semelhança de outros, criou-nos um mecanismo de defesa que é capaz de reconhecer praticamente qualquer tipo de invasão, agressão ou até má gestão. A complexidade do sistema está exatamente em conseguir distinguir entre o que é danoso para um organismo, o que faz parte do organismo como células, tecidos e até órgãos, e o que não é nosso, mas que também não causa danos. Para isso existe algo como uma "biblioteca" de anticorpos no nosso organismo. O corpo doente lembra-se de todos os organismos ou "coisas" estranhas que já entraram em contacto conosco desde o nascimento até se atingir a maturidade. A estes dá-se o nome de antígenos. Durante a nossa formação, o organismo começa a criar um sistema imune. A primeira tarefa é reconhecer tudo o que é próprio, para mais tarde poder reconhecer o que é estranho ou nefasto. Desde que nascemos somos imediatamente expostos a um "mundo hostil" com uma enormidade de antígenos. Desde o nascimento, o corpo começa a reconhecer, catalogar e atacar tudo que não é original. Esse contato com antígenos nos primeiros anos de vida é importante para a formação desta "biblioteca" de anticorpos. O corpo consegue montar uma resposta imune muito mais rápida se já houver dados sobre o agressor. Se o antígeno for completamente novo, é necessário algum tempo até que o organismo descubra quais os anticorpos são mais indicados para combater aquele tipo. A Doença auto-imune ocorre quando o sistema de defesa perde a capacidade de reconhecer o que é "original", ou até quando o original deriva contra uma actuação regular levando a produção de anticorpos contra órgãos do próprio corpo. Existem inúmeras doenças auto-imunes, mas hoje deixamos aqui uma mensagem de esperança e crença para os doentes de esclerose múltipla, uma doença crónica do sistema nervoso que afecta todos os anos mais de 300 casos todos os anos sendo que já afecta 5000 casos no nosso País.
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