Tenho uma enorme sintonia de pensamento com os sinais do Fernando Alves. Ontem, falava com uma colega sobre o "surrupianço" do prémio de mérito aos alunos do secundário e, eis que os "sinais" falaram. São estes pequenos sinais dos ministros, agora deste, outra vez de outros, que nos põem a pensar que os cortes não são "cegos", são "cirúrgicos" e amputam algumas das poucas meritocracias ainda existentes. Para além da questão, de se estarem a fazer alterações às regras na véspera da atribuição dos prémios de mérito, estamos a admitir à partida que nenhum dos alunos brilhantes seja carenciado, o que é uma sonegação do regras da igualdade de direitos. Mas para quem afirma sistematicamente que se devem privilegiar os melhores, sejam alunos, professores ou dirigentes e com o qual concordo, este é um sinal em sentido contrário, com o único objectivo de subtrair verbas e poupar uns trocos. Mais grave é não propor objectivamente para que serve o prémio, como é distribuido e quem decide, ou seja, justificar devidamente os propósitos das alterações, para que todos entendam os objectivos e acabem por aceitar a situação. Assim, cada escola usará naquilo que bem entender, uns para comprar papel higiénico e sabão para os lavabos, outros para resmas de papel, outros para reagentes. Trata-se de uma simples falha de comunicação do "aparelho governativo" assumida pelo senhor ministro. Gostaria de saber a que escola é que o ministro irá entregar algum dos prémios. Posso adivinhar? Eu em tempos até propus que, os melhores alunos da ESAV, poderiam ver as suas propinas serem pagas, desde que atingissem níveis verdadeiramente meritórios, como uma forma de incentivar a vinda de melhores alunos e criar uma competição salutar entre os alunos. Cabe à ESAV, saber tirar daí dividendos, fazer publicidade disso, envolver estes alunos em projectos que divulguem o bom nome da Escola em termos técnico-científicos, no fundo o retorno seria seguramente muito maior. Em relação aos alunos do secundário, provavelmente existirão escolas que irão manter os prémios e essas serão destacadas, farão publicidade disso e no fundo ainda irão ganhar dividendos. E acredito que possam surgir empresas regionais que possam abraçar esta oportunidade e serem elas a atribuir prémios de mérito, se não em dinheiro pelo menos em géneros.
Após ter escrito esta crónica ouvi a noticia que a ordem dos médicos iria atribuir 10 bolsas de mérito. Uma atitude inteligente, sem dúvida, e todas as ordens, institutos e empresas que se associarem a esta causa, ganharão com isso. O Instituto Politécnico de Viseu também se podia associar a esta moda de oportunidade. Caso não tenham verba disponível para o efeito, sugiro que paguem as propinas no primeiro ano se os alunos se inscreverem nalgum curso do IPV. Tratar-se-ia de um investimento e não necessariamente de um custo. Durante o dia de hoje várias ideias irão surgir. Foi pena que o governo não tivesse estudado isto, antecipadamente, com as empresas, ordens, universidades e Institutos Politécnicos, porque todos sairiam bem na fotografia. Assim, só o governo é que ficou mal e, o ministro nem se fala!
Após ter escrito esta crónica ouvi a noticia que a ordem dos médicos iria atribuir 10 bolsas de mérito. Uma atitude inteligente, sem dúvida, e todas as ordens, institutos e empresas que se associarem a esta causa, ganharão com isso. O Instituto Politécnico de Viseu também se podia associar a esta moda de oportunidade. Caso não tenham verba disponível para o efeito, sugiro que paguem as propinas no primeiro ano se os alunos se inscreverem nalgum curso do IPV. Tratar-se-ia de um investimento e não necessariamente de um custo. Durante o dia de hoje várias ideias irão surgir. Foi pena que o governo não tivesse estudado isto, antecipadamente, com as empresas, ordens, universidades e Institutos Politécnicos, porque todos sairiam bem na fotografia. Assim, só o governo é que ficou mal e, o ministro nem se fala!
Sem comentários:
Enviar um comentário