terça-feira, 27 de setembro de 2011

Ecologia e Paisagismo...um curso de vida...uma forma de estar!


http://zepaiva.wordpress.com/2011/03/24/o-dna-da-paisagem/
Nos anos mais recentes têm sido identificadas novas potencialidades e valências formativas vocacionadas para a sustentabilidade, planeamento e desenvolvimento do espaço rural e gestão dos recursos naturais e endógenos numa perspectiva criativa e inovadora em parceira com as gentes rurais, assentes numa nova forma de interpretar e actuar na natureza, salvaguardando a preservação dos ecossistemas naturais e agrícolas e das comunidades bióticas para exaltação suprema das qualidades da paisagem e dos produtos que dela derivam numa perspectiva empreendedora.

A Escola Superior Agrária de Viseu para dar resposta a estes desafios criou o Curso de Licenciatura em Ecologia e Paisagismo que visa a formação de diplomados adequados para a compreensão e resolução dos novos desafios que se colocam nesta área chave do desenvolvimento de um vasto trecho do nosso território em sinergia com novas tecnologias na agricultura, ambiente, produções agrícolas alternativas, bioenergias, gestão e valorização da biodiversidade e dos recursos naturais e endógenos, preservação e conservação dos ecossistemas, desenvolvimento sustentável, turismo de natureza, desportos radicais, o lazer e o bem-estar,…e exaltação dos sabores e aromas.

A licenciatura em Ecologia e Paisagismo tem por objectivo proporcionar aos estudantes a oportunidade de desenvolverem competências em, e de entusiasmo para, a aprendizagem das ciências da terra e da vida em contexto de gestão e valorização da paisagem e dos seus recursos naturais e endógenos, bem como no reconhecimento da importância e relevância do homem no território e na sociedade, quer à escala regional como ao nível global numa perspectiva de desenvolvimento rural pela recriação das tradições com saber e inovação em sintonia com o conceito de valorização da Paisagem.

Com toda esta conversa que até faz sentido, o que é que falta para que este curso possa singrar, já hoje. Falta muita coisa, que não se faz de um dia para o outro, e que não depende de um ou poucos. Falta mostrar trabalho que se está a fazer em prol da região, com alguns projectos comunitários como o AARC. Falta ligar as paisagens, nas suas variadas vertentes, ecológicas, culturais, literárias, sociais que engobam a terra e as suas gentes e que podem ser formas inteligentes de podermos promover as regiões e os seus saberes em estraeita articulação com o turismo. Falta interligar os sectores agrícola, florestal, zootécnico e até alimentar numa forma de produzir ecológica e ambientalmente sustentável. Falta saber darmos "conforto" técnico-científico aos alunos dos vários cursos, para desenvolverem projectos que promovam estes ideais como seja o caso dos "Biopellets". Falta também privilegiar contactos com algumas autarquias que defendam os principios aqui enunciados e que os saiba usar na sua própria promoção da terra, dos produtos endógenos, das empresas... Ainda há os nossos autores de eleição como o Aquilino Ribeiro que lê a paisagem com os cinco sentidos e que nos muito podia ajudar na promoção e divulgação deste curso. Vou lançar o repto ao Centro de Estudos aquilino Ribeiro."O verde inunda montes e vales como um mar bonançoso. E a vista a cada passo se rebalsa em largas manchas de amaranto (...) também usa o roixo, um roixo encarnado a fugir para azul, que é de um colorido desconcertador e raro. E não se fala no escarlate, nem no branco que cai das giestas, certa espécie de giestas esguedelhadas"7; "E, com o clarear, o mato tingia-se, vermelho, amarelo, roxo, consoante, que chegara a Primavera" .
Vou ainda inciar contactos para que a economia regional, que tem hoje uma voz activa a nível nacional, saiba promover, algum dinamismo dos alunos, ainda que tímida, mas conseguida, indicando programas de investimento ou de incentivo a que se possam candidatar. Estas são algumas das políticas possiveis que podemos pôr em prática.

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