segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Que 2019 seja o resultado do esforço de cada um de nós....em prol do bem comum



Na lógica da criatividade com mensagem, criei esta imagem para retratar com a força das "nossa mãos" o melhor que podemos dar ao bem comum no próximo ano. Curioso que, na imagem como na vida, a simples mudança de posição das mãos, pode alterar, em muito, a mensagem que queremos transmitir. Esta é sem dúvida a mensagem de força, união, responsabilidade e solidariedade entre as pessoas que gostaria de partilhar convosco e que irei perseguir nos projetos e nas relações do próximo ano. Um excelente ano de 2019 

domingo, 30 de dezembro de 2018

Nunca imites ninguém! Que a tua produção seja como um novo fenómeno da natureza..já dizia Leonardo da Vinci

Ainda no âmbito do congresso do Cardo, acabado de chegar a Beja, fui visitar a exposição Poesia Muda no IPBeja, organizada pelo Museu Botânico.
De acordo com o texto introdutório da exposição, a agricultura, um sistema de gestão e produção de planntas, é a base das civilizações e as plantas são um discreto pilar da cultura humana, seja como papel, tela ou matéria corante. A pintura artística, embora recorra a inúmero pigmentos de origem animal, tem uma expressiva matriz botânica - as telas são manufacturadas a partir de algodão ou de linho, e das sementes do linho é extraído óleo para a pintura a óleo - o precioso segredo dos flamengos.
O Luis também esteve lá a deambular pela exposição, por ventura a buscar inspiração para recriar e transformar o que é cultura e conhecimento em produção com valor acrescentado, com estética e funcionalidade irrepreensíveis. Sendo que nem tudo tem que ser valor, embora tudo o que está no plano da realidade já foi sonho um dia!
A Poesia Muda e a Ciência...tem que permitir que coloques no teu trabalho algo que se assemelhe a um milagre, sempre com a máxima de Da vinci,....A Simplicidade é o último grau da Sofisticação!
Tudo isto vem a propósito de um Centro de Cultura Científica (ECHO3) assente nos princípios e ditames pelos quais nos regemos, criação, inovação, sustentabilidade, pensamento e capacidade!




Caules de Videira Carbonizados....

Múmia (pigmento acastanhado de múmias egípcias moídas)
Preto Marfim (pigmento preto de dentes de elefante)

Endocarpo de pêssego carbonizado (Pigmento preto)

Alizarina (raízes de ruiva-dos-tintureiros)


Sangue-de-dragão (Resina, pigmento vermelho, verniz)





Goma de amendoeira (Goma, aglutinante)

Gamboge (Pigmento)

Goma-adraganta (goma, aglutinante)

Goma Karaia, Resina Kauri

Mástique (óleo, resina)

Cártamo (pigmento, óleo)

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Trabalhar menos e ser mais produtivo? Não é uma VISÂO! Sim, é possível...


Quem o diz é o especialista Travis Bradberry. O segredo? Tem tudo que ver com os fins de semana. Saiba de que forma pode maximizar a sua produtividade, sem ter de maximizar o volume de trabalho. Esta é a razão do sucesso do meu cunhado Ricardo Pires, mas cada um tem que encontrar a sua fórmula.

http://visao.sapo.pt/actualidade/sociedade/2018-12-22-Trabalhar-menos-e-ser-mais-produtivo--Sim-e-possivel?utm_source=newsletter&utm_medium=mail&utm_campaign=newsletter&utm_content=2018-12-25

Se o Natal fosse Hoje...o Postal teria sido assim....




Um Postal de Natal que podia ser um Exemplo...

....para promover os Queijos do Centro, mas esqueceram-se do Cardo. Paciência!


Prendinhas no Sapatinho...da Beira

O Natal é uma época especial na qual queremos passar várias mensagens, para pessoas e até para territórios. A deste Ano é esta!...e que parece querer perguntar-nos, ...o que falta a esta região para ser uma daquelas de excepção...no Mundo! Talvez olharmos mais à nossa volta e criarmos pontes e sinergias para trazer riqueza para este território e para as suas gentes! O facto do Bordallo Pinheiro, estar relacionado com a sátira e até o famoso "Toma lá!", não quer dizer nada!... ou pode querer dizer quase tudo! Um Feliz Natal de 2018!





segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

domingo, 16 de dezembro de 2018

É Aqui que nos Sentimos....Realizados...e

...Onde nos sentimos bem, por isso mesmo, é onde temos que dar tudo! Há projetos e projetos, mas há seguramente aquele(s) onde mais acreditamos pela vontade do "Promotor". Quem faz avançar e realizar os projetos não são os "genes ou a massa de que são feitos". São os seus "promotores" que regulam e os fazem avançar mais rápido quando o entendem e, eventualmente, os reprimem quando acham oportuno por qualquer razão. Este é um projeto muito difícil por eu entender que o investimento pode não ser rentabilizado num curto espaço de tempo. Por isso cada cêntimo gasto tem que ser muito bem avaliado. Mas se o "Promotor do Operão" tem toda a confiança nos "genes" que o compõem porque não respeitar essa vontade e avançar rumo à sua concretização no mais breve prazo possível, avaliando cada cêntimo e procurando rentabilizar o investimento. Estamos mal habituados por trabalharmos sem meios e mesmo assim apresentando resultados. Agora que temos meios queixamo-nos do quê? Vamos ao trabalho que não nos resta alternativa! Vou recrutar os genes que faltam a Pedro Seixas (Avifauna), o Paulo Medeiros (Artes Plásticas e Design) e a Carla Santos (Fotografia de Natureza),...e vamos guindar tudo isto ao sucesso! Vamos agendar uma conversa com o tal "Promotor" e perceber se é esta linha que queremos..."Eu ponho as mãos no figo"...só para não me queimar as "pestanas"! Tenho a certeza absoluta que resulta! Entretanto o Davide continua a sua caracterização da biodiversidade que está praticamente concluída e a marcação de todos os elementos por GPS.




sábado, 15 de dezembro de 2018

Fotos de um outro Santuário...











Fotos de um Santuário...









Com a Cabeça na Lua e os pés em Terra....

Os líquens, estes em particular, representam para mim o começo de uma relação de amizade com alguém que muito estimo, associados a um comprometimento técnico-científico que estabeleci e que me servem de inspiração para o projeto que temos em curso. Eu almejo ter a "alma de um artista", com o "cabeça na lua" e ao mesmo tempo e espírito científico de um investigador com os pés bem assentes na realidade terrena. Este é o melhor dos dois mundos e sinto que o único local onde conseguirei concretizar este sonho é aqui. Tenho a secreta esperança que estes líquens ainda irão dar muito que falar, quando conseguir convencer o Luís daquilo que me vai no coração quando me ponho no bico dos pés, não por sobranceria, mas para ver se chego com o nariz à Lua!





sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Os Ecos que chegam do Alentejo...



Centro de Biotecnologia Agrícola e Agroalimentar do Alentejo encerrou esta quarta e quinta-feira projeto de investigação com a realização do I Simpósio Nacional de Valorização do Cardo

TEXTO NÉLIA PEDROSA (Diário do Alentejo)

Um “trabalho profundo de caraterização” de populações espontâneas de cardo do Alentejo, “o primeiro desta dimensão realizado em Portugal”; a criação de três campos experimentais de cardo, dois em Beja e um em Évora, onde está “preservado material genético correspondente às várias populações estudadas e dispersas pelo Alentejo”; e a promoção do trabalho em rede de uma série de entidades nacionais, “com um reforço enorme para as instituições do Alentejo”, são alguns dos frutos do projeto ValBioTecCynara – Valorização Económica do Cardo (Cynara cardunculus): variabilidade natural e as suas aplicações biotecnológicas”, iniciado em outubro de 2015 e que agora chega ao fim. Com um investimento de cerca de 700 mil euros, foi financiado a 85 por cento pelo Programa Alentejo 2020.
“O balanço é extremamente positivo”, diz, em declarações ao “Diário do Alentejo”, Fátima Duarte, diretora executiva do Cebal – Centro de Biotecnologia Agrícola e Agroalimentar do Alentejo, a entidade promotora do projeto, frisando que é a “multifuncionalidade” do cardo que o torna tão especial. A investigadora afirma que o projeto “foi a pedra sólida, na qual queremos agora construir, e há tanto para ser feito”. Segundo a responsável, neste momento “há uma série de novos
Simpósio coloca “Beja no roteiro da investigação nacional” projetos que já surgiram das interações existentes entre as equipas”, estando o Cebal, por exemplo, “a explorar a potencialidade do cardo para produção de cosméticos”. Há ainda projetos “na área da valorização da flor, e avaliação genética de caraterísticas produtivas de interesse, a aguardar financiamento, e mais umas quantas ideias para serem postas em prática, com um grande desafio: envolver desde já as empresas”, uma das principais metas. Mas não “apenas empresas agroalimentares”, frisa, adiantando que querem “dar a devida atenção às empresas agrícolas”. “Transformar o cardo numa cultura economicamente rentável passa inquestionavelmente por uma produção agrícola otimizada, mas sustentável”, reforça. Para assinalar o encerramento do projeto, o Cebal levou a cabo, na quarta e quinta-feira, em conjunto com os parceiros – Instituto Politécnico de Beja, Universidade de Évora, Instituto Nacional de DOIS PRODUTOS INOVADORES No âmbito do simpósio, foram apresentados dois produtos inovadores à base de cardo: infusão de flor de cardo e hortelã, uma parceria Cebal e empresa Erva Doce, e cardo confitado com cobertura de chocolate negro, uma parceria Instituto Politécnico de Beja e empresa Mestre Cacau. “Estes produtos nascem de um grande compromisso assumido por todos os parceiros de valorizar o cardo, acrescentando valor”, esclarece Fátima Duarte. Investigação Agrária e Veterinária, Universidade de Aveiro, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e Universidade Católica Portuguesa (Viseu) –, o I Simpósio Nacional de Valorização do Cardo, com o objetivo de “colocar Beja no roteiro da investigação nacional em torno do cardo” e “juntar os principais nomes da investigação em cardo em Portugal”. Entre “tantos outros nomes sonantes”, contou com a presença de Euclides Pires, “considerado o avô do cardo em Portugal”, professor associado aposentado da Universidade de Coimbra.
Fátima Duarte revela que ao ser crida a marca “Simpósio Nacional de Valorização do Cardo”, o objetivo é que este tenha “continuidade”. “Gostaríamos que para o ano, ou daqui a dois (a frequência ainda tem de ser discutida entre os parceiros), outra instituição nacional, que tenha o cardo como um recurso de interesse a estudar, possa ser o organizador, noutra cidade, e assim sucessivamente”. A concluir, a investigadora realça que “o Alentejo tem três queijos DOP (Nisa, Serpa e Évora)”, pelo que “este território tem uma responsabilidade acrescida em preservar este conhecimento mais tradicional, sem esquecer de aportar inovação em novas aplicações, e principalmente em aportar valor acrescentado. Estou convicta de que o cardo poderá ser uma cultura, como tantas outras, que se estão a instalar nesta região. Ainda há muito para ser feito, mas há sobretudo um enormíssimo reconhecimento nacional e internacional pelo trabalho desenvolvido por este grupo alargado de trabalho”.

Sátão, Capital do Míscaro, um Território com Identidade e Futuro (Parte II)...

Estas são as fotos do evento de degustação que ainda não tinham sido mostradas e que foram gentilmente cedidas pela Câmara Municipal do Sátão. Tentamos fazer as nossas realizações com a máxima dignidade, sejam em Buenos Aires ou no Sátão. Aqui fica o testemunho com o agradecimento a todos que tornaram isto possível, num tempo recorde e com um orçamento muito limitado.



























(Publicado na Gazeta do Sátão)

No passado dia 17 de novembro, integrado na Feira do Míscaro, a Câmara Municipal do Sátão realizou na Casa da Cultura, um ciclo de conferências, proferidas pelo Manuel Paraíso da Associação Micológica “A Pantorra” e Paulo Barracosa (ESAV) às quais se seguiu uma prova de degustação realizada pelos Chefs Eduardo Almeida e Paulo Cardoso (Casa da Insua) com cogumelos silvestres da empresa Frutisilves do Sátão. A conferência do Manuel Paraíso intitulada “Preservar e Valorizar a Biodiversidade Micológica pelas Boas Práticas” teve como objetivo elucidar os presentes sobre a importância de dominarmos o conhecimento na biodiversidade dos cogumelos, um tema de uma complexidade extrema pela extensa diversidade e pelos riscos fatais que pode comportar uma má identificação. Concomitantemente foram abordadas as questões das práticas que devem ser seguidas na colheita destes “frutos do bosque”, relacionadas com a necessidade de garantirmos a sustentabilidade dos ecossistemas para proventos futuros e continuados. Paulo Barracosa, com a conferência intitulada “O Ecossistema Natural e Económico da Capital do Míscaro”, fez uma abordagem mais holística sobre uma possível estratégia a ser seguida por um Concelho, sem com isto pretendesse dar conselhos àqueles que melhor conhecem os seus territórios e a sua identidade. Na sua preleção referiu que a definição vulgar de míscaro é normalmente mais lata que a do simples Tricholoma equestre e é esse o conceito que deve ser explorado para bem das vocações do Concelho. O Sátão tem o privilégio de possuir uma “rede subterrânea” de micélio que funciona como transformador e potenciador de toda a sua floresta. Esta rede de fungos subterrânea são os organismos dominantes em solos arejados, podendo representar até 60% da biomassa da camada superficial do solo, e assumindo-se como elemento vital para a continuada renovação dos solos e da matéria-prima necessária para o crescimento das árvores. Para termos uma noção do potencial que estamos a falar referiu que este mundo dos “cogumelos” inclui uma extensa biodiversidade estimando-se que existam até 5 milhões de espécies, sendo que apenas 5% das espécies estão atualmente classificadas e descritas. É por isso um grupo com um enorme potencial por descobrir e que, à semelhança do passado, se pode assumir de forma preponderante para as realizações futuras nas mais diversas áreas do conhecimento com particular incidência nas questões relativas à nutrição e promoção de saúde e bem-estar. Considerou que a aposta do concelho do Sátão numa marca ligada ao reino Fungi é também uma aposta de futuro que assenta numa rede estável e perene, à semelhança das hifas num micélio, que pode frutificar rapidamente tal como os carpóforos, de forma efémera, mas reprodutível. Estes territórios devem dar cada vez mais atenção aos seus recursos endógenos, ao potencial da biodiversidade dos seus recursos genéticos, muito em particular no setor agro-florestal que se possam traduzir numa valorização económica, social e cultural. Afirmou ainda que esta valorização pode ser liderada por um município, através das diversas ferramentas que possui como associações de desenvolvimento rural, em parceria direta com as Empresas e em estreita ligação com as Universidades, Politécnicos e Centros de Investigação. O Sátão pode ser a força motriz para a criação de um centro de Investigação dedicado aos Fungos a nível Nacional. Esta área do conhecimento é muito exigente por ser ainda pouco conhecida e é muito aliciante pelo futuro que perspetiva. Por isso advogou que a promoção deve ser incentivada nos mais jovens, desde tenra idade com objetivos adequados aos vários níveis de ensino, envolvendo as ciências, mas também a arte e as outras formas de cultura. A sugestão para a realização de uma Prova de degustação de cogumelos silvestres no âmbito deste evento, intitulado “Os Aromas que Inebriam do Cerne Lenhoso ao Fumado da Caruma” não foi seguramente por ter sido visto noutro lado. Foi sim, porque o Sátão é sem dúvida o local de eleição para uma realização de um evento desta natureza, para além do cenário ter sido criado de propósito para o efeito com a colaboração da Movecho. Poucos se lembraram que em 12 de dezembro de 2004 o Sátão e em particular a Frutisilves de então, pela capacidade do Sr. Domingos, proporcionou um dos eventos mais brilhantes alguma vez realizados no âmbito desta temática, com a participação do chef de cozinha Jean Pierre Fauchet da empresa Monteil, para confeccionar uma manjar dos deuses servido no Hotel Montebelo, à época dirigido pelo Dr. Machado Matos. Concluiu dizendo que a mensagem transmitida no âmbito desta realização, foi a de que o Concelho do Sátão deve apostar nesta área de futuro, nas suas mais diversas abordagens, numa lógica de promover a máxima do Concelho, “Capital do Míscaro”.  Havendo vontade política e comprometimento das entidades do concelho seguramente que não faltarão ideias no âmbito desta temática que se traduzam em mais-valias para o Sátão e para aos seus munícipes. Se suscitarem algum apoio não faltarão instituições que se quererão juntar às iniciativas promovidas pelo Município do Sátão, até pela diferenciação e identidade do território, sendo que o papel do Município deverá ser estimular estas redes, depois tudo o resto pode crescer como “cogumelos”.