domingo, 13 de novembro de 2011

É preciso ter ATENÇÃO... "À TENSÃO"


http://100mim.wordpress.com/2011/02/25/eduardo-lourenco-testemunhou-que-nao-vivemos-no-nada-ontem-na-meca-da-povoa-do-varzim/
Esta é uma daquelas crónicas que eu gostaria de não escrever. Fui buscar inspiração a um documentário com o Prof. Eduardo Lourenço, com o qual, ainda não tive oportunidade de falar, mas que foi ideia de um amigo comum, o Dr. Rui Jacinto, um autêntico "semeador de ideias", com quem estabeleci uma relação de respeito, mútuo, e que me recorda os bons tempos da recriação da paisagem, daquela que provoca emoções, e que apesar de semeada e de ter florido, em alguns casos, não deu fruto viável. Contudo, a semente anda por lá, à espera que as condições para a sua germinação, o propiciem. Não sou apologista do "propagar por estaca" porque neste caso está subjacente uma mera "clonagem" e o que nós queremos é um enriquecimento da biodiversidade, fruto de um processo sexual que pretende criar de novo para vingar, e quiçá pode ser exponenciada pela polinização.  Voltando ao título, esta tensão que paira, nós sentimos em casa, no trabalho, no dia-a-dia, enfim é um sentimento que nos assola, e com a qual temos que gastar muitas das nossas energias, a reprimi-la. A prelecção do Prof. Fernando Paulo, nos serões Aquilinianos do CEAR, abordou a "escandaleira" da disfunção nas retribuições entre altos quadros, que mais parecem "Picassos da devassa" e os " Meros retratos" da sociedade real, que somos afinal todos nós, os outros.  Depois, fez a devida inversão para a cultura da verdadeira Democracia, daquela que, todos os dias é posta em causa, seja de forma "anarca" por antigos "capitães de Abril", seja por forma simbólica, por eventual abolição do feriado, seja de forma atroz, pelo agravamento das condições de vida. Haverá limites? Para os Bancos creio que sim, aliás como moeda de troca, por um fundo que se julga sem fundo. Para nós, os outros, não creio! Logo no inicio da prelecção, fiquei assutado com a minha ignorância,  "DEMO" é Povo e "CRACIA" é poder. Pois claro! Então o "Arbutus do Demo", não havia de ser o "Jardim do Povo" e nós não estamos a viver numa autêntica "Terra do DEMO", cada vez mais a ficar despojada dos seus recursos, os seus verdadeiros recursos endógenos,...as GENTES, as nossas GENTES. Esta gente que cada vez mais tem que ser desviada do acesso à cultura, ao desporto, à ciência e ser enfiada em Centros Comerciais e em casa a verem, novelas a render, gordos a emagrecer e meretrizes a fo..., para ver se se contêm de gastar o que não têm. Mas voltando ao Prof. Eduardo Lourenço, com a sua forma sábia, ao jeito de uma sabedoria de dádiva, com raízes na memória, na cultura, na inteligência, resume tudo quando diz, "não há romance que se compare à história, quando recordamos o desembarque na Normandia, e agora estamos todos à espera que seja a Alemanha que nos vá salvar!". Que diria hoje, se fosse vivo, o general De Gaulle de Sarkhozy e quem será o senhor que se segue depois de "il cavalieri"? Zapatero já estava definido e a seguir? Os substitutos que se perfilam são tecnocratas o Grego, Papademos, o Italiano, Monti,  mas o que precisamos são líderes, tanto lá como cá...mas quem mandam são os "mercados", e esses sabem bem o que não querem...alguém que lhes faça frente. Isto porque um líder, é uma pessoa que exerce influência sobre o comportamento, pensamento ou opinião dos outros, com a responsabilidade que isso acarreta, na certeza de que as opções estratégicas que se tomam são em beneficio de uma larga maioria e que se regem por principios de coerência e não em defesa que lobbys que ajudem a manter o status quo. Um líder não tem que ser um "Durão" ou falar em voz alta para se impor. Os líderes não se assumem são reconhecidos como tal.

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