domingo, 27 de outubro de 2013

GNR plantam Alfarrobeira... no Jardim Botânico da UTAD




O Jardim Botânico da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (JBUTAD) inicia, com o Grupo Novo Rock (GNR), um percurso onde individualidades de diferentes áreas da sociedade portuguesa darão o seu nome a uma árvore com o objetivo de dar a conhecer este jardim em território nacional e internacional.
O Grupo GNR vai plantar uma árvore no JBUTAD. Esta terá o seu nome e marcará o início da coleção temática "As idades do Homem". À semelhança do grupo GNR outras personalidades serão convidadas a dar o seu nome a um exemplar da coleção com o objetivo de contribuir para a divulgação, colaborar na preservação e engrandecimento do JBUTAD e ainda promover o estudo científico e conhecimento do mundo vegetal.
Inserido num dos campus universitários mais belos do país, o JBUTAD é atualmente, um dos maiores jardins botânicos da Europa onde podem ser observadas espécies vegetais vindas dos quatro cantos do mundo. O centro interpretativo alberga o herbário que contém uma coleção de 2.250 espécies diferentes oriundas da Península Ibérica, Norte de África e Europa Central.
Uma visita a este “museu vivo” permite não só conhecer, mas também identificar, as espécies através de etiquetas visuais QRCode (códigos visuais) impressas em placas e de um mapa de realidade aumentada, trabalho desenvolvido no âmbito de uma dissertação de mestrado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores na UTAD, e que permitem o acesso, através de um smartphone, a um vasto conjunto de informação sobre as quase 1000 espécies vivas existentes no JBUTAD.
Reconhecido internacionalmente a 27 de Maio de 1988, o JBUTAD tem cerca de 140 hectares e oferece um espaço aberto onde o visitante pode descobrir “os segredos de uma natureza próxima ou muito distante”, sem o carácter enclausurado, próprio dos museus tradicionais, sendo um ponto de visita obrigatório na passagem por Vila Real.
O dado curioso é que a espécie eleita para que os GNR fiquem ligados física e sentimentalmente a este parque foi a Alfarrobeira (Ceratonia síliqua L.) seguramente a árvore à qual mais estou ligado por todo o trabalho científico a que dediquei uma parte da minha vida e aquela que mais admiro. Existem várias curiosidades em relação ao todo o trabalho desenvolvido com este taxa. Só uma vez vi um fruto com 19 sementes. Vi seguramente a semente mais pesada que alguém alguma vez viu, com 0,360 g quando o peso normal são 0,200 g donde provém o peso do carat. Observei sementes sem embrião e colitédones e consequentemente com 75% de endosperma. Em Portugal, estão caracterizadas as cultivares Multa, Galhosa, Canela, Aida, Lagoinha, Spargale.Todas estas curiosidades foram partilhadas com os meus alunos e revelam a diversidade existente na alfarrobeira.
 
 

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