O Jardim
Botânico da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (JBUTAD) inicia, com o
Grupo Novo Rock (GNR), um percurso onde individualidades de diferentes áreas da
sociedade portuguesa darão o seu nome a uma árvore com o objetivo de dar a
conhecer este jardim em território nacional e internacional.
O Grupo GNR
vai plantar uma árvore no JBUTAD. Esta terá o seu nome e marcará o início da
coleção temática "As idades do Homem". À semelhança do grupo GNR
outras personalidades serão convidadas a dar o seu nome a um exemplar da
coleção com o objetivo de contribuir para a divulgação, colaborar na
preservação e engrandecimento do JBUTAD e ainda promover o estudo científico e
conhecimento do mundo vegetal.
Inserido num
dos campus universitários mais belos do país, o JBUTAD é atualmente, um
dos maiores jardins botânicos da Europa onde podem ser observadas espécies
vegetais vindas dos quatro cantos do mundo. O centro interpretativo alberga o
herbário que contém uma coleção de 2.250 espécies diferentes oriundas da
Península Ibérica, Norte de África e Europa Central.
Uma visita a
este “museu vivo” permite não só conhecer, mas também identificar, as espécies
através de etiquetas visuais QRCode (códigos visuais) impressas em placas e de
um mapa de realidade aumentada, trabalho desenvolvido no âmbito de uma
dissertação de mestrado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores na UTAD,
e que permitem o acesso, através de um smartphone, a um vasto conjunto
de informação sobre as quase 1000 espécies vivas existentes no JBUTAD.
Reconhecido
internacionalmente a 27 de Maio de 1988, o JBUTAD tem cerca de 140 hectares e
oferece um espaço aberto onde o visitante pode descobrir “os segredos de uma
natureza próxima ou muito distante”, sem o carácter enclausurado, próprio dos
museus tradicionais, sendo um ponto de visita obrigatório na passagem por Vila
Real.
O dado
curioso é que a espécie eleita para que os GNR fiquem ligados física e sentimentalmente
a este parque foi a Alfarrobeira (Ceratonia
síliqua L.) seguramente a árvore à qual mais estou ligado por todo o
trabalho científico a que dediquei uma parte da minha vida e aquela que mais admiro.
Existem várias curiosidades em relação ao todo o trabalho desenvolvido com este
taxa. Só uma vez vi um fruto com 19 sementes. Vi seguramente a semente mais
pesada que alguém alguma vez viu, com 0,360 g quando o peso normal são 0,200 g
donde provém o peso do carat. Observei sementes sem embrião e colitédones e
consequentemente com 75% de endosperma. Em Portugal, estão caracterizadas as cultivares Multa, Galhosa, Canela, Aida, Lagoinha, Spargale.Todas estas curiosidades foram
partilhadas com os meus alunos e revelam a diversidade existente na alfarrobeira.
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