domingo, 15 de janeiro de 2017

O afinador, o compositor, o músico, o Maestro…e o das luzes e do som



Podemos de uma forma mais erudita, usar como exemplo, uma orquestra sinfónica ou filarmónica para exemplificarmos aquilo que pretendemos dizer, ou podemos usar um qualquer grupo de música “pimba”, sendo que na maior parte das vezes, o nome do grupo se confunde com o nome do músico. Há ainda as orquestras de câmara mas isso é numa escala inferior.
Existe a profissão do afinador de instrumentos, na maior parte das vezes especializado num instrumento em particular ou grupo de instrumentos com afinidades, que tal como o relojoeiro não pode falhar nem um segundo, desde que a qualidade da máquina ou o instrumento permita tamanha afinação. Digamos que é uma profissão de exigência, máximo rigor e competência de ouvido e manuseio manual muito apurado.
O compositor, por seu lado é o criador, escrevendo obras e peças que estão subjacentes a conceitos e linhas de pensamentos que definem ritmos e melodias, criadas muitas das vezes sem ouvir o instrumento.
O músico, é aquele que assume a execução da obra no instrumento, podendo fazer uma interpretação muito própria da obra que foi composta, sem a desvirtuar, mas colocando o seu cunho pessoal.
O Maestro, vem por ordem de hierarquia crescente e coordena e gere a responsabilidade de fazer atuar em concertação todas as sensibilidades individuais quer dos instrumentos quer dos músicos que os interpretam, impondo o seu estilo e liderança. Os grandes maestros sabem não se sobrepor aos músicos, e por isso têm deles toda a dedicação e desempenho, no que podemos apelidar de quase “devoção”.
O tipo das luzes e do som, curiosamente e por antítese, é o que menos aparece na ribalta e o que menos se ouve. Normalmente as orquestras, não necessitam de qualquer tipo de amplificação, embora nas festas de música “pimba” na província estes sejam de crucial importância, muitas das vezes até para a realização do playback e proporcionar o payback. A dinâmica das luzes e dos holofotes é igualmente importante para nos estimular alguns dos nossos sensores que nos despertam vitalidade.

A propósito, hoje em dia há instrumentos eletrónicos e outros que substituem a profissão dos afinadores, mas seguramente que não são a mesma coisa.

O exercício que proponho fazerem é transpor toda esta dinâmica para o setor da produção dos queijos DOP, nem precisa de ser de nenhuma região em particular.

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