quinta-feira, 30 de julho de 2020

Influência da aplicação de azoto e irrigação na emissão de gases com efeito de estufa e produção de biomassa no cardo

Hoje publicamos mais um artigo no Open Agriculture Journal sobre os efeitos da fertilização e fertirrigação no produção de biomassa do cardo e na emissão de gases com efeito de estufa.
Parabéns à equipa liderada pelo José Luis Pereira, com colegas e a aluna Manuela Antunes.



Background:

Cardoon is a multi-purpose crop with a wide spectrum of potential applications.

Objective:

The aim of this study was to assess the effects of nitrogen (N) application and drip irrigation practices on emissions of nitrous oxide (N2O), carbon dioxide (CO2) and methane (CH4) and morphological characterization and biomass production of cardoon crop.

Methods:

The experiment was run under field conditions from April to August 2018. The field experiment was a randomized complete block design with three replications and four treatments: (i) non-amended soil as control (CONTR); (ii) mineral N fertilizer and non-irrigated (NITRO); (iii) non-fertilized and drip irrigation (IRRIG); and (iv) mineral N fertilizer and drip irrigation by fertigation (FERTI). The fluxes of N2O, CO2 and CH4 were measured by the closed chamber technique and the morphological characteristics and yield of cardoon plants were evaluated per treatment.

Results:

Results showed that the N2O emissions and global warming potential were not significantly different among the application of mineral N fertilizer itself or by drip fertigation with an emission rate of 0.5% of N applied and -6,8 t CO2-eq. ha-1. The characteristics related to biomass production did not differ significantly (p>0.05) between amended treatments although numerically higher in IRRIG treatment.

Conclusion:

It was concluded that the application of mineral N fertilizer itself or drip fertigation had no significant effect on N2O emissions and global warming potential. Additionally, the plant growth, including biomass production, increased due to drip irrigation, but not significantly.

Cardo, uma cultura de futuro que alia tradição e sustentabilidade com inovação e criatividade



http://vozdocampo.pt/

O cardo é hoje uma planta que está a ser estudada por várias instituições de ensino superior e centros de investigação, de um modo complementar e sinérgico, nos mais diversos domínios da valorização dos diferentes tipos de biomassa. Destacam-se os Institutos Politécnicos de Viseu, Beja e Bragança, as Universidades de Coimbra, Aveiro, Porto e Católica, centros de investigação como o CEBAL, BIOCANT, CATAA, INIAV, entre outros. Para além de instituições científicas de referência, temos tido o cuidado em incorporar empresas de vária índole, incluindo queijarias nas diversas denominações de origem designadamente Serra da Estrela, Serpa, Castelo Branco e Azeitão, e empresas líderes na valorização de biomassa lenho-celulósica e de outras formas de biomassa. Temos ainda associada uma importante componente social com a inclusão da APPACDM-Viseu e do Estabelecimento prisional de Viseu como parceiros privilegiados deste projeto e onde temos hoje instalados campos de cardo de referência.

O conhecimento sobre a biodiversidade e extensão dos recursos genéticos, do cardo (Cynara cardunculus L.), é de crucial importância para o sucesso da sua conservação, melhoramento e consequente valorização nas mais variadas vertentes desde a conservação e preservação ambiental e paisagística, valorização agroalimentar, biocidas e proteção de plantas, farmacêutica, cosmética, nutrição saúde e bem-estar. Pela diversidade taxonómica registada neste género consideramos ser de extrema importância estimar, igualmente, a diversidade bioquímica ao nível das proteases aspárticas (cardosinas), não apenas para esclarecimento de eventuais questões de filogenia e das reais funções destas proteínas, especialmente nas flores, mas igualmente como um potencial para futuros desenvolvimentos biotecnológicos nas mais variadas indústrias com base nas funcionalidades específicas deste grupo de enzimas.

Os conhecimentos da morfologia da espécie, da anatomia e histologia são determinantes para a avaliação do seu potencial de valorização. Contudo, a extensão da biodiversidade intraespecífica pode ainda perspetivar uma oportunidade de seleção e melhoramento de acordo com a multiplicidade de aplicações e vocações que se perspetiva que possa vir a desempenhar num futuro próximo. A morfologia é igualmente fundamental porque, em conjunto com a fisiologia da planta, determinam a arquitetura e a estratégia que esta estabelece para enfrentar os mais variados tipos de stresse e consequentemente a quantidade e a qualidade da produção das mais diversas matérias-primas, onde, neste caso, a flor assume um papel crucial.

Conhecer a distribuição natural da espécie em Portugal e no Mundo é de extrema importância para podermos inventariar os locais de maior diversidade da espécie e caracterizá-la para eventuais aplicações futuras com retorno de potencial económico para essas regiões ou simplesmente para preservação da sua biodiversidade. No caso concreto do cardo, em Portugal temos, para além da distribuição natural, uma distribuição subespontânea ou cultivada em algumas regiões pela aplicação privilegiada das suas flores na preparação de extratos para coagulação de leite na produção de queijos DOP. O caso da região de Denominação de Origem do Queijo Serra da Estrela, a par de outras, é um exemplo no qual acreditamos que o seu cultivo deva ser intensificado, especialmente em terrenos com menor aptidão agrícola pela rusticidade da espécie e de um modo sustentável, conferindo ainda maiores especificidades e sustentabilidade às regiões de denominação de origem protegida. Esse cultivo deve ser realizado com manutenção de alguma biodiversidade e com base em material vegetal devidamente selecionado e caracterizado sob ponto de vista de produção de biomassa, composição dos compostos bioativos e qualidade bioquímica da flor. Como resultado da aplicação primordial da flor devemos ter em conta na seleção do material vegetal características que, para além do aspeto produtivo, facilitem o procedimento de colheita como a ausência de espinhos e a arquitetura da planta adaptada a uma possibilidade futura de mecanização, na qual temos vindo a trabalhar.

A espécie C. cardunculus tem a particularidade de ter sofrido dois processos de domesticação com objetivos distintos que conduziram ao estabelecimento da alcachofra (C. cardunculus var. scolymus) mais vocacionada para a produção de capítulos para serem consumidos em fresco e do cardo cultivado (C. cardunculus var altilis) com o objetivo de produção de biomassa. Na base destes processos de domesticação está o cardo silvestre (C. cardunculus var. sylvestris) que se mantém, concomitantemente com as espécies cultivadas, e que naturalmente tem sofrido a sua própria evolução. Apesar da extensa utilização das flores de cardo como coalho vegetal, desde tempos remotos, nunca foi desenvolvido até esta altura um qualquer processo de seleção e melhoramento que tivesse como objetivo uma atenção especial em relação produção de flor e respetivas características bioquímicas que se traduzam na valorização no queijo.

Neste sentido, uma biodiversidade morfológica baseada no cardo cultivado, cujos exemplares revelam uma aptidão particular para a produção de capítulos e flores e uma arquitetura da planta que facilite a recolha das flores deverá ser complementada com a caracterização bioquímica das flores. Neste sentido, estamos a desenvolver uma terceira via de domesticação cuja seleção envolva plantas com uma arquitetura que permita o acesso direto facilitado aos capítulos, sem espinhos, com poucos caules e um elevado número de inflorescências por caule, fruto de um elevado número de ramificações que começam muito perto do nível do solo. O objetivo será encontrarmos plantas com boas características morfológicas e perfis bioquímicos distintos para podermos garantir a preservação desse material genético, através de propagação vegetativa ou cultura in vitro e que proporcionem uma rentabilidade interessante para a produção. A propagação via seminal deve ser monitorizada para percebermos a forma como os perfis bioquímicos se comportam nessa descendência e avaliarmos se há uns perfis mais constantes comparativamente com outros.

Um outro aspeto de grande relevância está relacionado com a manutenção dos perfis bioquímicos nos mesmos genótipos ao longo do período de colheita, nos vários estádios de ontogenia da flor e ao longo dos vários anos, garantindo uma padronização ao nível da flor e consequentemente ao nível das qualidades do queijo no que ao agente coagulante se refere.

O cardo, fruto da sua rusticidade e capacidade de adaptação a climas secas e a solos pobres e pela tendência que vimos assistindo nas alterações climáticas, assume-se como uma cultura interessante para áreas secas e com elevados teores de salinização comuns na orla mediterrânica. Nestas condições particulares trata-se de uma cultura para obtenção de biomassa com uma aplicação extraordinariamente interessante e valorizada na indústria de aglomerados, com características muito particulares, mas que pode proporcionar outros recursos como compostos bioativos para a indústria farmacêutica ou aquénios cujo óleo possui qualidade alimentar, ou ter uma vocação de sustentabilidade energética e ambiental na produção de plásticos biodegradáveis ou na indústria cosmética saboneteira. A raiz produz ainda a inulina um composto polissacarídeo com uma vasta aplicação na indústria química e alimentar.

Por questões culturais o cardo não é uma cultura cujo consumo alimentar tenha uma expressão significativa em Portugal, embora por via deste projeto desejamos promover essa vocação. Atualmente existe um significativo número de cultivares de cardo e alcachofra com as mais variadas características que respondem às tendências dos mercados e dos consumidores para consumir os capítulos e pecíolos em fresco ou de forma processada muito em busca da valorização nutricional e de compostos nutracêuticos promotores de saúde. É nossa intenção procurar, no cardo, estabelecer um compromisso que vise a valorização integrada e sinérgica de um conjunto de fatores que aqui abordamos, devidamente adaptado à realidade de cada região e com um acentuado pendor na criatividade, inovação e sustentabilidade. Não foi com surpresa que assistimos ao uso pelo Eng. Carlos Moedas do cardo no lançamento do programa europeu de inovação de bioeconomia, na sede da Comunidade Europeia, como exemplo de potencial no futuro. Considero ser esta uma oportunidade de ouro para juntarmos estas diversas vocações e saberes extraordinariamente complementares e sinérgicas para constituirmos um grupo ímpar e mostramos como é possível a partir de uma simples planta constituir uma fileira que vai desde a produção agrícola, até à valorização das mais diversas formas de biomassa. A extensa maioria dos projetos relacionados com o cardo, têm-se centrado até hoje, por razões óbvias na flor. Julgo que é o momento de unirmos esforços para conseguirmos a real valorização do todo sinérgico em detrimento dos elementos isolados. Queria deixar um grande bem-haja e um agradecimento público a todos aqueles que, nas mais variadas instituições, tem ajudado a reconhecer o cardo como uma cultura adaptada aos desafios de futuro.

 


sábado, 6 de junho de 2020

Uma estratégia vinda "Expressamente" de Gondomar....Parques, Parcos & Porquês....



 
O Amadeu Araújo, esta semana no Expresso, deu nota do excelente exemplo de Gondomar como um Município que aposta estrategicamente no tom de verde em vez do cinzento. Esta noticia vem numa altura particularmente sensível em que se fala na necessidade de recuperar a economia, mas também na sustentabilidade e na preservação do ambiente. Esta noticia fez-me lembrar o Major Valentim Loureiro a gritar pelo Guterres....emendando a mão para Gondomar, Gondomar! Ora aqui está uma estratégia que o major "Valentão" nunca seria capaz de apostar....Muitos Parabéns!


Aqui fica a ideia por completo....

"Parques, Parcos & Porquês…

Este é um tempo novo ao qual nos podemos e devemos adequar por obrigação, mas também naturalmente por opção. É um tempo de olharmos em proximidade, não por piedade, mas por inteligência estratégica. Não numa lógica de simples retrocesso, com base “no que era antes é que era bom” mas num desafio de futuro. É um tempo de coesão e não de desunião, em prol da definição de uma estratégia que alimente o futuro. É um tempo de critério e não um tempo de vale tudo. Pretendemos, acima de tudo, que na avaliação final estejamos convictos que ganhamos no conjunto, independentemente dos novos equilíbrios que se venham a estabelecer, no ambiente, na economia e na coesão social e territorial. Temos sentido uma vontade inata de podermos ajudar aqueles que estão mais perto, e com um sentimento emocional acrescido de entreajuda, muito em particular, às pessoas e estruturas associadas direta ou indiretamente com a agricultura que nos alimenta o corpo e a esperança. Seja nas estruturas com génese numa agricultura familiar, sejam em relação às queijarias de cada uma das regiões de Denominação de Origem Protegida ou produtores ligados ao setor do vinho, bem como a todos os demais setores com relevância nas diversas regiões. Por isso, adquirimos produtos para consumo próprio e para dar a provar aos amigos. Até porque muitos dos produtos de qualidade excecional das nossas redondezas, muitas vezes não chegavam à nossa mesa, pelo menos com a frequência que gostaríamos, porque estavam destinados para outros. Procuremos ser os melhores embaixadores destes territórios e das suas gentes, seja do Queijo Serra da Estrela, do vinho do Dão, dos enchidos da Beira Alta onde se incluem pérolas como as “urtigueiras”, sejam das simples iguarias agrícolas que ajudam a preservar e valorizar as variedades tradicionais. Saibamos ver os excelentes exemplos que já existiam como o da Câmara de Fornos de Algodres, através de uma plataforma de comercialização, amenizando custos aos consumidores e produtores, acima de tudo pelo ganho de escala e otimização de recursos. Também na área do Ambiente existem grandes desafios e oportunidades. Porventura, agora poderá ser o momento de aproveitarmos e valorizarmos os parques e praias fluviais que foram criadas nos territórios de interior, e que ajudam a promover o bem-estar físico e psíquico em distância social em detrimento das “romarias” para os centros comerciais” ou para as praias. Talvez recuperemos os hábitos saudáveis de “pic-nicar” em família ou com amigos com as tais iguarias regionais, alindadas com primores, nossos, feitos de forma mais tradicional em fornos de lenha ou de forma mais facilitada na “bimby”. As cidades e vilas do interior, talvez possam deixar de copiar tantos os grandes centros e criar infraestruturas, com maior identidade, radicadas num historial de gerações que viu e fez crescer tamanhas tradições. Criar rotas culturais de descoberta, onde para além das paisagens, e das iguarias gastronómicas, tenhamos contacto com as gentes que estoicamente se têm mantidos nesses territórios e que, por isso mesmo, por vezes possam parecer um pouco “rudes” no primeiro contacto, mas que ganhado a sua confiança se tornam amigos desde o princípio. No passado, os nossos “inimigos” vinham por terra e estas gentes eram aqueles que primeiro davam alerta, o “corpo às balas” e que nos defendiam. Estas estratégias de promoção territorial devem ser delineadas ao nível supramunicipal para que possam ser integradas, e promovidas conjuntamente e de forma mais eficaz. Mas sabemos que poucos são os casos de sucesso nesta promoção conjunta. Talvez o Turismo do Centro, seja aquele que melhor traduz o espírito de complementaridade e possa ser uma boa bandeira para este novo desígnio. Ao nível municipal não esperemos que os políticos de ontem, hajam hoje de uma forma distinta. Aqueles que nunca usaram a identidades dos seus territórios e das suas gentes na promoção não o irão passar a fazer como que por ilusionismo. Os outros que se reconhecem nas suas gentes, poderão ser agora ouvidos de uma forma mais coerente e consequente. Esses, muito provavelmente, delineiam e projetam parques urbanos recorrendo à massa crítica da região, preservando a memória dos espaços, muitas vezes patente no património arbóreo que vai resistindo estoicamente às agruras do tempo e aos “humores” políticos. Os políticos, de um modo geral, salvo raríssimas exceções têm tido uma relação pouco amistosa com as árvores e muito em particular na forma como estas se articulam com projetos de requalificação urbana. A árvore, é normalmente um elemento de inspiração para escritores e artistas, mas constitui-se um óbice para a grande maioria dos autarcas. As que valiam a pena demoram muito tempo a crescer, e os méritos perdem-se no tempo, e depois não sabemos enquadrar devidamente o edificável com o natural, respeitando os momentos e as “idiossincrasias” de cada elemento arquitetónico e de cada espécie arbórea. Por isso, procuram-se fazer “eiras” nas praças do município em detrimento de se aproveitar as árvores que possam ter crescido naturalmente em alguns espaços e adotar essas árvores na lógica que se pretende para um parque urbano. Este desenho é possível fazer quando o projetista tem carta branca do promotor o que na grande maioria dos casos só é possível realizar com entidades privadas. Sabemos que a retoma vai basear-se muito em obras públicas, e que as quantias gastam é que contam, mais do que os objetivos que se pretendem com a obra. Por isso, quanto maiores os orçamentos melhor, quando na prática podemos, com os mesmos meios, multiplicar as realizações através de uma boa planificação e critérios rigorosos e amplamente discutidos com aqueles a que se destinam em primeiro lugar, os munícipes! Nesta fase de contração da produção parece estarmos a assistir a alguma recuperação ambiental que será importante monitorizar para percebermos se há algum novo equilíbrio que possamos encontrar para prolongarmos os recursos naturais aumentando a qualidade de vida de uma forma económica e ambientalmente sustentável. Nesse sentido temos vindo a desenvolver programas de base ecológica que ajudem a reforçar identidades de território como é o caso da preservação e valorização do rio dão. Os municípios e organizações, muitas vezes, por inépcia e ausência de visão estratégica, têm dificuldade em conseguirem retirar dividendos promocionais que se possam traduzir em valorizações económicas em programas desta natureza. Este pode ser o momento para com base em ações de voluntariado e programas bem delineados possam fazer crescer um sentimento de promoção ambiental. Saibamos agarrar a oportunidade! Este ano o mês de abril fez jus ao ditado popular “Abril, águas mil”, não sabemos se por mera casualidade da estatística climática ou como consequência de toda esta contração mundial. Por isso sido particularmente favorável à produção de biomassa que nos lança grandes desafios para podermos limitar a deflagração de incêndios rurais. Tal como na saúde na qual temos a sensação que todas as outras patologias desapareceram, também a limpeza das nossas florestas e das aldeias ficaram adiadas e acredito muito sinceramente que vamos precisar da ajuda divina para não assistirmos a novas tragédias. Hoje, estamos num tempo de enorme desconfiança de uns para com os outros e de grande escrutínio das verbas públicas que se irão usar, por necessidade imperiosa! Contudo, não nos deixemos contagiar por este sentimento evitando que se possa alastrar por incúria dos nossos políticos na tomada de decisão do nosso futuro estratégico seja na economia, ambiente ou coesão social e territorial."


sexta-feira, 15 de maio de 2020

WINE WEB SUMMIT.....a não perder



Vivemos tempos de incerteza e insegurança no mundo do vinho. A pandemia de COVID-19 veio alterar as rotinas de consumo e exigir de cada produtor mais flexibilidade, imaginação e capacidade de resposta rápida às novas tendências do mercado. 

 

Em busca de resposta para os novos desafios que este momento nos coloca, a 3ª edição da Pós-graduação em Wine Marketing & Events, do ISLA Santarém, irá organizar a WINE WEB SUMMIT, um conjunto de videoconferências online, através da Plataforma ZOOM, entre os dias 25 e 29 de maio.

O programa é ambicioso. Pretendemos abordar os temas mais atuais e prementes do marketing e da comercialização dos vinhos, e vamos ter os melhores profissionais para comunicar o seu conhecimento e experiência ao público. 

 
motionmailapp.com
Adicionar legenda

WINE WEB SUMMIT tem o apoio do ISLA Santarém, e tem a CVR Tejo e a Confraria de Nossa Senhora do Tejo como parceiros.
 

QUERO INSCREVER-ME!

Mais do que um simples Artigo, um modo de Estar...

Temos vindo de uma forma paulatina, a produzir trabalho em torno do cardo e aos mesmo tempo constituir uma equipa multidisciplinar. Por isso mesmo queria dar um agradecimento muito especial a todos!
Este trabalho agora publicado é imenso mérito da Manuela Antunes que teve um trabalho árduo de campo desde a recolha de amostras para análise da emissão de gases e medição de toda a biomassa que implicou obviamente a recolha do material e que é de uma qualidade excelente, aliás como tinha sido o anterior trabalho da Isabel Cardoso mas agora em maior escala. Ainda mais foi realizado na APPACDM que curiosamente ontem me pediram uma declaração para mostrarem evidências de que fazem um trabalho meritório em boas práticas agrícolas e ambientais. Querem melhor evidência do que publicar numa revista de reconhecido mérito internacional "The Open Agriculture Journal"
O Zé Luís com a sua forma "formiguinha" (no melhor dos sentidos) que leva a sua "água ao moinho" e com isso leva-nos a todos, o Jorge Oliveira pelo seu pormenor e capacidade científica, o Francisco Marques pelo voluntarismo e sentido prático e o António Pinto pelo "Sábio Saber" que só a experiência dos anos nos vai dando.
Esta concretização dá-nos balanço para um novo projeto que estamos a lançar e que acredito possa fazer Escola porque liga tudo isto, biodiversidade e genética, fertilização, rega, produção de biomassa, antioxidantes, proteases aspárticas e produção de queijos Serra da Estrela.
Para esta concretização contamos com os nossos alunos, desde o início foram eles mesmos que plantaram este campo, mesmo antes do cair da Pandemia. E será com eles que contaremos no futuro...acredito eu!
Orgulho-me de ter conseguido juntar esta equipa, multifacetada e plurisdisciplinar e que para mim representa mais do que apenas publicar.

Um abraço Amigo para Todos

sábado, 2 de maio de 2020

O Reconhecimento vai aparecendo naturalmente sem nos precipitarmos...by Wiley

Hoje pela manhã acordei com um mail da Wiley a congratularem-nos por estarmos no TOP dos artigos mais solicitados. É obviamente um orgulho, e acima de tudo dá-nos, ainda, mais responsabilidade. Mas também nos diz uma coisa, estamos no caminho certo e acima de tudo porque acreditamos no nosso trabalho, mais do que pelo reconhecimento dos outros, mas que sabe bem, laáisso sabe.




sexta-feira, 1 de maio de 2020

Eis que senão...

...como que de repente estão todos a puxar para o mesmo lado...




Do pormenor ao específico...para que o "Artista não morra"....e que haja cada vez mais inspiração para criar artística e cientificamente...



#escrever e #ilustrar uma #história tem muito de #pormenor, #rigor e #criatividade....para que cada um possa interpretar à sua maneira e dar azo a muitas histórias em cada um e cada qual...
https://www.instagram.com/p/B_pEnzSAHqt/?igshid=1ev0riah11sjz


Na partilha dos sabores da região e do território com os Amigos, recebemos prendas como esta! Aliás, no meio rural e no interior é sempre assim! Damos com uma mão e temos que estar preparados para recebemos de braços abertos! Esta crónica faz parte de uma história que um dia verá a luz do dia, acredito! Nestes tempos de Quarentena o José Matias da Casa da Insua tem feito o enorme favor de trazer requeijões e queijos a casa. E eu faço redistribuir a casa de alguns Amigos especiais. Este será um mote para o futuro, mesmo nos tempos em que possa haver abundância quanto baste. São estas rotinas que interessa que radiquem no futuro. E também os testemunhos desses Amigos como o Paulo Medeiros e o João Cavaleiro a elogiarem o produto. Mas esse produto tem muito que se lhe diga e deriva da qualidade dos seus ingredientes e das mãos sábias de que os produz. Mas hoje falemos de uma história subliminar que está por detrás de tudo isto. O Paulo Medeiros, no âmbito da sua obra Isolamento mate-se o bicho (https://amarianaotemnet.blogspot.com/2020/03/isolamento-mate-se-o-bicho-uma-especie.html) fez um desenho relativo ao elogio do requeijão Casa da Insua. Com base na Internet que nem sempre é aquilo que se julga, foi buscar inspiração para fazer a flor de cardo mais linda, como muita gente. Só que na internet o que parece às vezes não é, não só em flores como também em muitas outras "flores". E vai daí para se certificar enviou-me um desenho brilhante de elogio ao requeijão e ao Cardo-mariano (Sylibum marianum) que muitas vezes recebe os elogios em detrimento do Cardo (Cynara cardunculus) que se deve usar no Queijo Serra da Estrela. De pronto e porque tem responsabilidades na matéria fez um novo desenho, diga-se, igualmente, sublime pondo os pontos nos "iiisss" e dando o seu a seu dono. Entretanto tem surgido uma história muito curiosa e deliciosa, em torno do queijo fresco, feito com flor de cardo. Eu já fiz um primeiro ensaio, mas preciso de afinar alguma coisa. Por isso estou a testar diferentes flores. E a próxima será aquela que vem sobre os desenhos que nem é Silybum marianum, nem Cynara cardunculus, é Cynara humilis e que muito provavelmente pelas características bioquímicas, talvez, seja aquele que melhor resulte no Queijo fresco, receita da Bimby que li na crónica do Fugas do Miguel Esteves Cardoso e que estou a adaptar. Para a criação artística, por veze s o rigor científico é o que menos importa. Contudo, paras iguarias alimentares e para os princípios medicinais e farmacêuticos, um erro na taxonomia pode ser a "morte do artista"....

quarta-feira, 29 de abril de 2020

Hoje queria agradecer em PÚBLICO...e por isso.... Publicamente....



...ao Diretor do Jornal Público, o jornalista Manuel Carvalho que, num ápice, me fez cumprir o sonho de chegar à fala com um dos que mais admiro o MEC.

Dizia o Manuel Carvalho num mail institucional que "um jornal para ser forte e credível precisa mais de críticas do que elogios. São as críticas que nos tornam mais atentos,mais exigentes, mais aberto à sensibilidade e às opiniões dos nossos leitores. Mas, em momentos de incerteza, angústia e desamparo como os que vivemos coletivamente, os elogios ganham uma nova importância. Porque amparam e estimulam a energia, o esforço, e a determinação de todos os que diariamente fazem o PÚBLICO".

Este mail foi o impulso para procurar ajudar o Público e remeti de pronto um mail ao Diretor que não demorou mais do que 5 min a responder. O resto da história pode ser que um dia venha a lume, porque a evolução tem sido deliciosa no trato...

"Caro Diretor Público,

Acabado de receber o mail das críticas e elogios em Público, sei que não irá ler mas permita-me o desabafo pessoal. O Público é um garante de pluralismo e qualidade, desde logo no design gráfico e na escolha das foto, depois em tudo o resto, ou seja no seu sumo e conteúdo. Neste período o seu papel tem ganho particular ênfase, não para distrair mas para informar de modo plural e preciso. Nesta altura estou a findar a escrita de uma tese de doutoramento, imagine-se sobre o cardo, a flor de cardo. Por isso quase não tenho tempo para ler o Público que passei a assinar nesta quarentena, por acreditar no projeto e querer ajudar literalmente. Sabendo que me chegava por várias formas no email, infelizmente! Contudo, continuo a ter dificuldade em ler no formato digital, e não sou velho! Mas o papel é o papel e o papel do Público é fantástico, especialmente em privado.
Mas a propósito do cardo, há duas semanas o Miguel Esteves Cardoso que leio religiosamente escreveu no fugas sobre queijo fresco feito com coalho da farmácia na bimby. Deu-me um "tremelique" e pensei. Se eu fizesse chegar flor de cardo ao MEC via Fugas/Público ele seguramente que iria experimentar. E seria o melhor teste para ver se acrescentava algo ao queijo fresco do Miguel que ele muito preza. Mas tentei mails para a Sandra Costa e nada. Um leitor também gosta de ajudar um Jornal a fazer melhor em Público. Esta foi a intenção. Se entender ajudar a fazer chegar as flores de cardos ao Miguel eu agradecia, mas se calhar o Miguel ainda agradeceria mais.

Bem-haja

Paulo Barracosa"

terça-feira, 28 de abril de 2020

Para os que ficaram até ao final da aula....

...e sobre o Mosteiro de Fornos de Maceira Dão, quando falei em não ficarmos à espera da recuperação das ruínas era qualquer coisa disto que eu queria dizer e projetar no futuro....


e aqui fica mais um pouco da história documentada do Mosteiro...


"O Mosteiro de Santa Maria de Maceira Dão era masculino e pertencia à Ordem de Cister. Foi fundado por Soeiro Teodoniz, próximo da igreja de Moimenta dos Frades, depois de 1154. Em data não identificada, mas já depois de 1168, foi transferido para Maceira Dão e, vivendo na observância beneditina, a 25 de Outubro de 1188, veio a ser filiado à ordem de Cister e mais tarde agregado a Alcobaça (provavelmente já no século XIII). A primeira menção da abadia de Maceira Dão nas actas dos capítulos gerais de Cister data de 1195.
Em 1321, pertencia ao bispado de Viseu e segundo o "Catálogo de todas as igrejas, comendas e mosteiros que havia nos reinos de Portugal e Algarves, pelos anos de 1320 e 1321", foi taxado em 500 libras. Sendo um mosteiro de pequenas dimensões, não sofreu a presença dos abades comendatários e parece ter tido uma existência pacífica.
Em 1470, a 12 de Novembro, por bula de Paulo II "Ad undientiam ?" dirigida aos abades dos mosteiros de Santa Maria de Maceira Dão (diocese de Viseu) e de Santa Maria de Salzedas (diocese de Lamego), foi ordenada a nomeação dos abades destes mosteiros para tratarem de incorporar todos os bens que se encontravam ilicitamente separados ou alienados da mesa capitular de Viseu.
Em 1496, a 17 de Março, D. Manuel I confirmou ao mosteiro as honras, privilégios, liberdades, graças e mercês concedidas pelos monarcas anteriores. Por concessão do cardeal D. Henrique, veio a beneficiar dos escassos rendimentos do mosteiro de Vale Madeiro.
Em 1532, aquando da visita de D. Edme de Salieu, Maceira Dão tinha, além do seu abade, quinze monges que sustentava com verdadeiras dificuldades. No entanto, apesar da sua pobreza, segundo os visitadores aragoneses que em 1536 passaram pelo mosteiro, a comunidade era verdadeiramente observante e nada tinha a corrigir. Fr. Simão do Deserto, monge considerado como um santo após a sua morte, dirigia a comunidade em 1564. D. Filipe, para além de determinar por alvará a jurisdição do couto, mais tarde confirmado por D. João V, emitiu duas cartas de privilégios. D. João V viria mais tarde a passar uma provisão a favor dos coutos e privilégios do mosteiro.
Em 1632, o mosteiro atinge o número máximo de quinze frades.
Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo.
Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional.
Existe a informação de que em 1842, a documentação do extinto convento, depositada no Seminário de Viseu, desapareceu num incêndio."


https://digitarq.arquivos.pt/details?id=1459305

Hoje falamos sobre o potencial da alfarroba nos hambúrgueres "Meat Like"...

...e quase que de propósito e em resposta acabou de sair, hoje, um artigo sobre a diversidade e o potencial da alfarrobeira e na qual fazem referência ao nosso trabalho publicado em 2007! Será isto um sinal...mas agora não me posso distrair...é um desafio para os alunos. Eu arranjo a matéria prima!




E a aula de Hoje...vamos por "Mãos ao Caminho"...pelo Rio Dão, ...à boleia da Biologia Vegetal...


....o Ricardo Pires (Metro), falou da valorização da proteína vegetal na produção de Hambúgueres "Meat Like" conceito no qual a "Beyond Meat", empresa norte-americana é um excelente exemplo e lancei o desafio aos meus alunos em produzirem um destes dias um Hambúrguer com base em tremoço e alfarroba. Que usassem outros atributos como as galactomamanas da alfarroba para ligar e amaciar o "conjunto", ao mesmo tempo que reduzia a saciedade. O Joaquim Morgado da Ervital, dir-nos-á que outras plantas podemos juntar, quiçá a do Helychrisum italicum, ou outras diretamente ou em infusão. Este assunto vei à baila por causa da Freya que ao longo do seu caminho no Dão passa por campos de tremoceiros, uma planta multifuncional pelo papel importante que realiza na fixação de azoto na atmosfera. Acerca deste assunto estamos à espera dos resultados da Hubel acerca do Blue N. O tremoceiro é também usado para extrair uma proteína para utilização na produção de fitofármacos na CEV, com quem temos colaborado pontualmente. Por último, após muitas derivas o António Tavares falou do Mosteiro de Maceira Dão e que será certamente um pólo importante na dinamização dos Caminhos do Rio Dão. O meu Amigo Machado Matos, marca sempre presença com a sua experiência. Até para a semana. Vou preparar o guião.

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Micro-fórum do Rio Dão...

Uma Carta Aberta ao Cardo....

Meus Caros Amigos,

Espero muito sinceramente que se encontrem todos bem de saúde, bem como todos os vossos, incluindo colaboradores mais próximos.

Envio-vos uma "Carta Aberta" a todos aqueles que considero, por mérito, deverem fazer parte de um projeto relacionado com o Cardo, na sua verdadeira abrangência e multiplicidade, como um ícone que tem mostrado uma capacidade e potencial inigualáveis e que vocês tem sido testemunho disso e acima de tudo têm contribuído para esse conhecimento de uma forma extraordinária. Eu devia ser o último a lança este repto, por todas as razões, mas acima de tudo por estar numa fase de escrita intensa da Tese que me tem "consumido" dia e noite. Mas também por isso, considero que esta pode ser uma oportunidade de "ouro" para juntarmos estas diversas vocações e saberes extraordinariamente complementares e sinérgicos para constituirmos um grupo ímpar e mostramos como é possível a partir de uma simples planta constituir uma fileira que vai desde a produção agrícola, até à valorização das mais diversas formas de biomassa. A extensa maioria dos projetos relacionados com o cardo, têm-se centrado até hoje, por razões óbvias na flor. Julgo que é o momento de unirmos esforços para conseguirmos a real valorização do todo sinérgico em detrimento dos elementos isolados. Sabemos que a raíz é uma excelente fonte de inulina. Que os caules se vêm assumindo com um enorme potencial por via das características físicas e químicas excecionais. As folhas podem vir a constituir-se como um dos elementos da biomassa com mais potencial pela multiplicidade dos compostos bioativos que apresenta, não apenas para extração industrial, em particular de alguns compostos, como também como elemento de forragem que podem potenciar a valorização da carne e leite de origem animal. As suas propriedades antifúngicas, antibacterianas e antivirais abrem enorme perspetivas de futuro nas mais variadas aplicações muito em especial na vertente dos fitofármacos. As sementes pelos óleos e compostos bioativos que possuem podem não apenas servir para a produção de plásticos, mas que estes possam apresentar funções extraordinariamente interessantes. Por fim as flores, numa lógica de produzir extratos coagulantes padronizados.
Neste caminho que tenho feito conheci aqueles que mais sabem sobre alguns destes aspetos. Por isso aqui deixo o desafio. Bem sei que este projeto só faz sentido se as empresas se interessarem por tudo isto e este não é particularmente um momento na qual as empresas possam estar muito para aí viradas, porque muitas delas estão a "tentar salvar a sua pele", muito em especial defendendo a manutenção dos seus colaboradores. Mas são estes os momentos que podem marcar a diferença e que nos devem fazer acreditar no futuro. Eu não podia deixar de lançar este desafio, ...em público até pela tipologia dos programas de investigação que estão abertos!
Por isso deixo aqui o repto! Há neste grupo quem estude compostos bioativos de uma forma sinérgica, (Cebal, IPBragança), há quem estudo biomassa sob ponto de vista estrutural (ISA, IPV - Dep. Madeiras), há quem estude os óleos (UP-Dep. Mecânica), e coagulantes (INIAV) e haverá quem saiba de plásticos orgânicos, e dos aspetos nutricionais para a alimentação humana....e há muitas empresas que podiam ver aqui uma oportunidade  de marcarem uma posição (Lusofinsa, Movecho, Hubel, Silvex,....)
Há seguramente ainda alguns trunfos que podemos ter nas mangas, mas veremos se isto que digo faz algum sentido no conjunto. Não tenho sido particularmente defensor de mega consórcios, mas admito que seja cada vez mais uma fatalidade e talvez necessidade. Eu daqui mando o grito se houver eco, ponderemos em avançar...Enviarei individualmente este link para que cada um de vós possa ripostar e em função do todo veremos a posição a tomar....Bem-hajam...e Muita saúde para todos...

O Matias é o melhor "abre-olhos" que conheço....

...ontem o "doutor Marques Mendes" dizia que a oposição devia estar a questionar o governo até para o "espicaçar" a fazer melhor nesta altura de pandemia. Eu tenho um Amigo que funciona e bem como uma verdadeira "oposição", no melhor dos sentidos, o José Matias. Acabou de me espicaçar com um simples imagem e uma mensagem...."hoje como há um quarto de século,....a discutirmos o mesmo!". É nesta altura difícil para todos que estou a fazer o maior dos esforços para concluir uma tese que já devia ter sido concluído há muito. Não serve nada dizer que são 700 pp de informação sobre o cardo se isso não se traduzir em nada para a produção e para a região e muito em especial neste momento. Mas é nesta altura difícil que me propus a terminar a tese também em homenagem a alguém, o Prof. Euclides Pires que sempre acreditou que o cardo tinha muito a dar à região, em particular pela sua biodiversidade. Eu apenas segui uma inspiração...O José Matias faz parte da história quase desde o começo por mérito próprio. Acredito que não esteja arrependido, mas quer mais, sempre mais, é um incorformado, tal como eu...


sábado, 25 de abril de 2020

Em tempo de Pandemia, ...é tempo de seguir o rasto ao Criador,..

....o requeijão `Casa da Insua´ que fazemos chegar a casa dos nossos Melhores Amigos, neste caso o Paulo Medeiros. Temos que criar laços de "contágio", ...mas do bom. Este é seguramente um hábito que se vai manter, muito por culpa do COVID....e se nos derem um "Copinho" até levamos um" Queijinho" de bónus!!!! Confesso que tenho uma boa lista de Amigos com quem quero partilhar esta dádiva. Não só queijos e requeijões da Casa da Insua, como Germil, e São Cosme, entre outras...é particularmente nestas alturas que temos que ajudar aqueles para com quem tenho uma enorme dívida de gratidão, preservando a nossa cultura e as nossas tradições por via do que melhor eles sabem fazer Queijo Serra da Estrela DOP



...vejam outras iguarias em....


https://amarianaotemnet.blogspot.com/2020/03/isolamento-mate-se-o-bicho-uma-especie.html


Se não Crescermos com esta Crise...



...e não contarmos com as pessoas ...é sinal que aprendemos pouco e que não nos preparamos para o futuro!!!! Solidariedade de Grupo em prol da Imunidade, Economia, Ambiente, fazermos aquilo no qual acreditamos e sermos inteligentes, ...muito inteligentes...

domingo, 19 de abril de 2020

Havia muito a dizer sobre a interpretação que cada um tem sobre a Quarentena....e depois...


...o que cada um de nós pode fazer para ajudar a ultrapassar esta fase. Como muitos se estão a aproveitar das fraquezas dos outros. Como muitas famílias estão a reforçar os seus laços e outras, infelizmente, agudizam diferenças e isolamentos. Como é que muitos de nós passamos a conviver e a conhecer os vizinhos, mesmo à distância, trocando "mimos" e primores.Reconhecer que muitas vezes quem está mais perto são os vizinhos.  Como é que o comércio eletrónico se pode reforçar e ser mais extensivo para muitas mais empresas, especialmente, as dos territórios rurais. Como certas Câmara ajudam as suas empresas a chegarem mais longe com os seus produtos, pagando no íntegra ou agilizando o seu transporte. Como grandes empresas do retalho estão a atrapalhar mais do que a ajudar, retirando valor aos produtos nacionais oriundos especialmente do mundo rural. Como as Associações de Desenvolvimento Rurais dispersas pelo território deviam estar a atuar para ajudar quem mais precisa, abrindo novas soluções e perspetivas de futuro. Eram elas que melhor deviam conhecer os seus territórios. Como muitas empresas estão a responder de forma inteligente e profícua em relação ao teletrabalho. Como os professores estão a fazer um enorme esforço para poderem corresponder a este desafio. Como nos devemos adaptar e não apenas transpor o que fazíamos anteriormente para o teletrabalho. Perceber as novas perspetivas e oportunidades que o teletrabalho nos oferece. Ver como alguns dos laços de amizade se estão a reforçar, mesmo à distância. Não nos esquecer de reforçarmos os laços de amizade com os nossos Amigos e Colegas. Entender a força do aperto de mão e a intensidade do abraço de alguns dos nossos Amigos e ficarmos a pensarmos como serão no futuro. Temos que interpretar estes tempos de mudança e olharmos para as novas oportunidades que aí estão a surgir. Acredito que na área do Ambiente poderão existir muitas oportunidades, porque esta paragem forçada é uma forma de vermos o que podemos ainda fazer para salvarmos o planeta. Contudo, temos que conciliar este anseio com a recuperação da economia percebendo onde podemos estabelecer compromissos para não produzirmos apenas para o aumento do rendimento mas perceber que a sustentabilidade ambiental é igualmente uma forma de rendimento que deve ser cada vez mais valorizado. Temos que estar muito atentos a todo este conjunto de mudanças e sabermos adaptarmo-nos e sobretudo não errarmos....Havia tanto a dizer, mas cada um terá a sua interpretação, e é bom que saibamos fazer uma análise inteligente da situação e...corresponder em conformidade. Pensar, trabalhar e agir, respeitando as regras, e sobretudo não nos "petrificarmo-nos" de medo...

Num tempo em que temos tempo para pensar e criar o futuro...




Na semana passada tivemos uma conferência com a Hubel, na qual os meus alunos puderam participar. Hoje estamos convencidos que é com eles que vamos prosseguir na linha de criação de fitofármacos inovadores com base no Cardo, em complemento com soro de leite,....é uma combinação que para nós é muito natural e que abre novas perspetivas para o nosso território não apenas para a valorização da fileira do queijo como também para ser aplicado num vasto leque de culturas onde a vinha e a maçã podem ganhar particular relevo. Cardo e soro uma combinação perfeitamente natural.



  

quinta-feira, 16 de abril de 2020

O Meu Amigo Paulo Medeiros para além de não ter net no blogue...

...não está a "Cagar" na quarentena!
Passem por lá porque seguramente se vão surpreender. Primeiro batam a porta pode ser que esteja a c...ar....criar!
Este é dos tais que podia e devia estar no mundo, mas é uma sorte temo-lo aqui tão perto!

https://amarianaotemnet.blogspot.com/2020/03/isolamento-mate-se-o-bicho-uma-especie.html


O Maior Enígma do Séc. XXI
Acrílico S/Tela

É manhã todos os dias, ...mas não é todos os dias de manhã...

...que nos levantamos com a notícia que foram publicados mais dois artigos no Cardo em áreas tão distintas e em revistas com reputação da "Food Chemistry" e do "Journal of Soil Science and Plant Nutrition". Este é um trabalho que se iniciou há uma década atrás e que tem vindo a dar os seus primeiros frutos. Porque pegamos pelo princípio, sabemos muito bem onde queremos ir e com queremos ir. Por isso o meu agradecimento a todos aqueles que desde Bragança (IPB), Porto (UP), Coimbra (UC), Aveiro (UA), Lisboa (INIAV, ISA), Alentejo (CEBAL), ao Algarve (UAlg, Hubel) nos têm ajudado ao IPV-ESAV, nos seus diversos departamentos, a ampliar e consolidar este trajeto que ainda nos trará muitas mais publicações e acima de tudo certezas sobre todas estas potenciais aplicações que temos vindo a estudar, avaliar e a explorar. Por isso o papel das empresas neste caso é fundamental, com quem estamos em contacto permanente e temos vindo a lançar desafios para iniciarmos não ensaios de teste, que esses em muitos casos estão feitos, mas ensaios em escala industrial, porque acreditamos muito neste projeto e as empresas também. Para isso precisamos plantar cardo, em particular na região centro e num tempos destes de emergência plantamos 10 ha, se calhar por isso mesmo, porque estamos em Emergência, e acreditamos que o cardo nos possa vir a ultrapassar algumas das dificuldades e abrir novas oportunidades que ainda estamos a avaliar. Alguém tem que "jogar a bola para a frente", esse tem sido um pouco o meu papel, mas com uma equipa destes que tem defesas, médios criativos e de trabalho e avançados ninguém tem medo de jogar em equipa. Quiçá este era o momento para lançarmos o verdadeiro projeto do cardo a nível nacional, com as ferramentas que temos ao dispor. Aqui fica o desafio! Quando chegamos a um ponto destes, não interessa quem começou, interessa quem acredita e quem segue connosco neste caminho que só nos pode conduzir ao sucesso. Um Muito Obrigado a Todos. Obviamente que terei que fazer um agradecimentos muitos particulares, mas permitam-me os faça em privado. Agora vamos continuar a trabalhar porque estão outros artigos na calha...

 Food Chemistry  Title: Chemical composition and in vitro biological activities of cardoon (Cynara cardunculus L. var. altilis DC.) seeds as influenced by viability; 
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0308814620307007?via%3Dihub



Journal of Soil Science and Plant Nutrition Title: Effect of Biochar on Emission of Greenhouse Gases and Productivity of Cardoon Crop (Cynara cardunculus L.)

https://www.springer.com/journal/42729

https://link.springer.com/epdf/10.1007/s42729-020-00242-w?author_access_token=XTMsr0iyxhGej58_Fpju3Pe4RwlQNchNByi7wbcMAY4acwvBWxIYn4x-SPYmysxG4NS4pEU5D2SoWS4MY6yItR9qdfAR4JvRKfctSXNyHuOHhNNz5VWhK_nbkP5QkB9ob0dOMHBjLMTZFNzspIK9Bg%3D%3D


terça-feira, 14 de abril de 2020

Estamos a assistir a ecos da situação que nos convidam a estar atentos...

...parece estar a ser fácil prever o futuro! Como tinha dito há poucos dias os novos vírus vêm na forma informática e hoje assistimos a mais um exemplo e sem sombra de dúvida sintomático. Atacar a EDP um gigante Chinês em Portugal e no mundo numa área tão sensível como a energia é um sinal dos tempos de consequências imprevisíveis. 
O outro sinal vem do Pingo-doce que mantendo a tónica na promoção do que é Nacional mudou o discurso de desvalorização do produto para chegar a todos, ...podendo não ser verdade parecem ser eles a assumir o desconto, neste caso nos queijos regionais e nos requeijões. Este discurso é mais correto! Agora falta incentivarem o km 0 procurando comprar mais perto, junto dos produtores locais. É difícil, mas é possível pelo menos numa pequena parte. Os pequenos produtores têm que se atualizar na forma como comunicam e fazer a entrega porta a porta que será o futuro que já o foi no passado, ...pão, hortícolas, peixe, laticínios, enchidos, para grande comodidade de uns e outros. Mas têm que pugnar pela qualidade e simpatia no trato. O resto vem naturalmente. Há que reinventar o futuro com exemplos de sucesso no passado que se têm perdido.

Uma aula mais próxima do modelo que defendo...

Hoje consegui juntar alunos, técnicos e colegas num modelo de aula que defendo de partilha do conhecimento de forma integrada. Foi uma aula em que falamos das inovações na área da nutrição de plantas, transmitidas diretamente por um técnico da Hubel, (Eng. Berto Correia) empresa líder que aposta na inovação e em conceitos de futuro para a fertilidade vegetal que procure sinergias e resíduos zero em prol da mais valia ambiental. Temos que nos saber adaptar ao teletrabalho e o que ele permite é falarmos diretamente com quem temos que falar e promover esse contacto e conhecimento aos nossos alunos e Amigos. Acredito que vamos colaborar com a Hubel na fertilização do Cardo porque o Cardo é um excelente modelo para monitorizar as necessidades de fertilização de uma planta em função daquilo que estão a produzir em cada momento, sejam bioativos, proteases aspárticas, óleos ou simplesmente biomassa....fertilização a partir do azoto atmosférico o futuro está mais perto...mas temos que comprovar....tal como a Hubel o está a fazer. Daqui a um mês teremos novidades. Contudo, como princípio é fantástico e a inovação e criatividade começam exatamente assim...!

https://www.hubel.pt


Ouvimos também a Freya, uma holandesa radicada no dão a falar sobre o projeto caminho do dão que ela tem vindo a construir e que é altura de todos darmos o nosso apoio....Um região que não conhece os seus rios não sabe o futuro que quer. Procurar conhecer o que de melhor e pior o rio Dão tem para que possamos contribuir para o seu desenvolvimento e sustentabilidade, mais do que apenas a sua preservação. Perspetivar a realização de estudos, ações de voluntariado de plantação e limpeza entre outras, num dia em que o Governo anunciou que quer reabilitar 6 mil km de ribeiras em Portugal. Parece que estávamos a adivinhar...


Muito obrigado a todos pela participação. Num tempo de teletrabalho, vamos ao trabalho,...não nos acomodemos e sejamos produtivos, sempre na lógica do bem comum em primeiro lugar...e com os devidos cuidados...

segunda-feira, 13 de abril de 2020

Se pretenderem fazer um reset ao vosso "disco rígido",...esta pode ser a altura certa,...


Estamos num momento, sem paralelo, no nosso percurso de vida, quer nós pessoalmente quer os Estados e as sociedades como um todo. Sabendo que continuamos a trabalhar, podemos por momentos parar para pensar no modo como temos agido nesta quarentena, mas também ao longo da nossa vida até este momento presente. Porque se queremos agir para mudar algo que entendemos que fizemos menos bem até aqui este pode ser o momento. Não podemos deixar-nos levar pelo lamento e pelo comodismo e temos que todos os dias contrapor esse facilitismo e fazermos um esforço para que recuperemos alguma normalidade ou até possamos agir de um modo diferente numa perspetiva de olhar para as oportunidades de futuro que estão a surgir todos os dias. Temos procurado estar mais perto daqueles que estimamos, normalmente pelas via tecnológicas de imagem e som. Mas curiosamente, temos que aproveitar para estarmos com aqueles que nos estão mais próximos neste caso, fisicamente, os nossos vizinhos. E acreditem que podem vir a ter grandes surpresas de uma proximidade que não é só conveniente como desejável, hoje como daqui em diante. E não é darmos apenas para procurarmos receber em troca. Essa partilha surgirá naturalmente e dará muito mais prazer, acabando por surgirem "casamentos perfeitos". Eu dei um queijo Serra da Estrela de exceção, "Casa da Insua", ....recebi um pão de ló do outro mundo feito com todo o carinho e saber,...Hoje, no final da tarde fiz um jogging que já não o fazia há algum tempo. Custou-me muito, é sinal que não podemos perder a prática e temos mesmo que continuar a fazer e praticar as ações para que não levemos uma eternidade a recuperar desta pandemia....Amanhã darei aulas aos meus alunos convidando uma série de amigos, colegas, e um técnico da Hubel para falar de novidades em fertilização para o cardo, mas não só....

sábado, 11 de abril de 2020

Pingo Doce ....às vezes tem tanto de bom como de mau...que até Amarga, logo agora neste contexto de quarentena e quaresma


Eu não gosto de fazer críticas gratuitas, mas a campanha do Pingo Doce nesta páscoa, proferida pela CEO Isabel Ferreira Pinto, deixa muito a desejar e creio que está a ser mais prejudicial do que benéfica. Aliás é Marketing "manhoso"! Eu posso estar a falar de cor, mas não compreendo a mensagem que vamos baixar o preço para dar borrego nacional a todos os Portugueses. Desvalorizar a Produção Nacional? Isto porque depois não o têm nas lojas, mas incutem a ideia aos consumidores que o preço que vamos pagar noutros locais é caro, quando na verdade não o é. Não só não ajudam como atrapalham a vida dos pequenos produtores nacionais. A não ser que a margem de lucro tenha sido reduzida e mesmo assim não acho que seja a melhor política. Sabemos todos que muitos Portugueses estão a sofrer da perda de rendimento e esta poderia ser uma boa medida. Mas na prática não resulta! Depois é a frequência com que dão o spot publicitário com uma pessoa a falar e sempre da mesma coisa. Estarão em eleições no Pingo Doce para terem que promover tanto uma pessoa, ainda mais num momento destes?. Não façam campanhas do eu, façam do Nós e usem o marketing para isso seguindo os exemplos da NOS e até do Continente. Eu não sei se o Francisco Manuel dos Santos fosse vivo permitiria uma coisa destas, mas os tempos mudam. Eu sei bem o esforço que o Pingo doce fez, quando foi dos incêndios, a ajudar a produção nacional da região centro. Depois foi a região Centro que não se soube entender, mas aí "são outros quinhentos" e os culpados estão bem identificados. Esta não é altura para ficarmos sentados a dizer mal, mas é preciso sinalizar sem ser com veemência estes pequenos sinais que na nossa mera opinião, ferem! Esta é aliás a altura certa para mostrarmos de que lado estamos e ajudarmos os mais desfavorecidos a passarem menos mal esta quarentena e quaresma, mas sejamos úteis, inteligentes e verdadeiros....

O que se passará no CENtRO....desta Pandemia


Desde há algum tempo que me tenho surpreendido com a virulência do COVID-19 na região Centro e daí teremos que tirar muitas ilações para perceber este padrão assintomático em relação ao resto do País. Assistimos a algum desconforto de responsáveis políticos em relação ao desvio de meios de uns territórios para outros, neste caso privilegiando Lisboa em detrimento do Norte. Sem estar com grande contas e estatísticas tínhamos à data de ontem no Centro, 1905 infetados e 104 mortes. Fazendo umas "contas de merceeiro" temos uma taxa de mortalidade superior a 5%, quando no Norte é pouco mais de 2,5% e em Lisboa de 2%. Eu espero bem que seja apenas porque foram realizados muito menos testes comparativamente com as outras regiões, e mesmo isso denota a falta de investimento no Centro para esse dado. Contuco, acredito que este argumento tenha que ser usado para uma futura negociação de verbas estruturais, daquelas que dizem servir para equilibrar assimetrias, porque é uma vergonha para quem nos dirige e dirigiu, seja ao nível central seja regional e "a culpa não pode morrer solteira". Temos como lema sermos "um País dentro do País", por isso é preciso perceber a fundo o que se passa neste País que tem um pouco de tudo. Não temos hospitais de referência? Coimbra e que mais! A Covilhã "eclipsou-se" e foi a Guarda a assumir o primeiro lugar de referência no Centro. Porquê? A melhor localização geográfica? Então se calhar esse foi um dos erros estratégicos de Sócrates e Guterres que puxavam as infraestruturas para os locais de berço e dos seus devotos, aliás como fazem quase todos em detrimento do bem de todos. Atenção que não estou a criticar estou a levantar questões para que possamos vir ter outras condições no futuro, se calhar os nossos vindouros. Na região Centro pelos vistos temos muitos Centros de dia e Lares, se calhar daí o nome, a situação vai agravar-se e muito. No final das contas quero ver as desculpas "esfarrapadas" que darão para justificar tão triste cenário. E as instituições de ensino superior da região estão a contribuir para o tal plano de rastrear em grande escala? Das estruturas de referência do Centro que estão em Coimbra e Aveiro ainda não ouvi nada, mas posso estar distraído. Dos Politécnicos na grande maioria dos casos não temos meios, porque nunca nos deram para podermos ajudar no que quer que seja. Eu comecei a trabalhar em PCR em 1992, terei sido dos primeiros em Portugal a fazê-lo, e o meu aparelho data de 2000. Não posso fazer milagres e a tutela e a Direção da minha Escola não entendeu que se devia investir aí. Mas há quem tenha PCR - Real Time, mas não têm condições para lidar com Vírus. Curiosamente nós até temos um laboratório para lidar com Vírus, mas não temos PCR-RT. Ironias dos investimentos e dos lobbys pequeninos! Enfim, são nestas alturas que vemos que está tudo centralizado e que importante teria sido descentralizar. Já tínhamos trazido mais cérebros para o interior, já trabalhávamos há mais tempo em tele-trabalho e teríamos outra maneira de lidar com Pandemias e não estaríamos no Centro das atenções pela pior das razões. A ver vamos no final disto tudo como vamos acabar.  Será importante termos os número estatísticos sobre o território, a população, as infraestruturas, o investimento na Ciência e Tecnologia e na Investigação e tudo aquilo que nos puder ajudar a lançar as bases do futuro. Aquando dos incêndios fomos os mais fustigados, aquando das cheias, somos os mais atingidos e agora vamos ser proporcionalmente os mais fustigados. A CCDRC deve estar atenta a esta situação e aliás a atual Ministra deve conhecer muito bem esta realidade para saber o que fez de menos bem e o que se poderá fazer para dar a volta ao texto. Esta é das poucas alturas em que é bom falar-se pouco de nós. Também sabemos que estas são das poucas alturas em que alguns Presidentes de Câmara podem aparecer na televisão. Lá nisso Viseu tem estado prudente. Em vez de um Hospital de campanha no Multiusos fez-se um "Centro de Inspeção Automóvel" que causou impacto e que gostava de saber qual o efeito. Onde são feitas essas análises? São dúvidas por completo desconhecimento! Por um lado, felizmente, a situação por cá não é das piores e por isso dá-nos tempo para pensar na festa do regresso, em Grande Estilo...VISEU COnVIDa-19 de Julho....Querem Apostar