quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Simbiose...Uma aposta Ganha! ...Viva!


Este projeto aborda o cardo (Cynara cardunculus L.) como Recurso Multifuncional no Ensino das Ciências e sustenta-se numa intenção mútua e partilhada através do estabelecimento de uma parceria ativa entre instituições de ensino superior (politécnico e universitário), designadamente a Escola Superior Agrária de Viseu e o Departamento de Ciências da Saúde da Universidade Católica - Viseu, com uma instituição do ensino secundário, a Escola Secundária de Viriato (Viseu), ao longo dos próximos dois anos letivos (2012/13 e 2013/14). O acrónimo SIMBIOSE, que apelida o projeto, visa representar as relações de sinergia que se pretendem estabelecer com os professores e os alunos da Escola Secundária de Viriato, ao nível do conhecimento técnico-científico, desenvolvido ao longo dos últimos anos por diversas instituições nacionais de ensino superior, no âmbito do cardo (Cynara cardunculus L.), utilizando como fundamento teórico e procedimental um conjunto de atividades práticas implementadas, primordialmente, no ensino das Ciências na Escola Secundária de Viriato. No entanto, este projeto de forma complementar pode e deve abranger outros domínios da aprendizagem, onde se incluam a Língua Portuguesa, com autores nacionais de referência associados às temáticas desenvolvidas e à região, do qual Aquilino Ribeiro é um exemplo ímpar, quer pela interpretação quer pela arte da expressão e representação através da criação e desenvolvimento de atividades cénicas.

Este projeto multidisciplinar pretende ser um contributo para uma abordagem estruturante, motivadora e inovadora do ensino da Biologia, durante dois anos, ao procurar proporcionar aos alunos de uma turma do 11º ano de escolaridade da Escola Secundária de Viriato (Viseu) um ambiente favorável à aprendizagem, contextualizada nos conteúdos programáticos da componente de Biologia, da disciplina de Biologia e Geologia do 11º e da disciplina de Biologia do 12º ano de escolaridade. Este plano consistirá na implementação de atividades práticas diversificadas (ex: laboratoriais, experimentais, de campo, de pesquisa, …) em contexto de sala de aula e em componentes extracurriculares, que contribuam para a formação integral dos alunos e os possa auxiliar na tomada de decisão em busca de eventuais perspetivas de prossecução dos estudos ao nível superior e posteriores práticas profissionais de futuro. Esta colaboração contará com o apoio de um conjunto de alunos que frequentam atualmente cursos de ensino superior nas instituições envolvidas, com formações de índole muito variada, que vão desde a Ecologia e Paisagismo, às Eng. Agrícola, Zootécnica e Alimentar, Enfermagem Veterinária incluindo, também, as Ciências Biomédicas. Esta abrangência técnico-científica assenta na opção de complementaridade estratégica assumida no projeto que visa potenciar o trabalho desenvolvido em duas instituições de ensino superior, como é o caso da Escola Superior Agrária de Viseu, do ensino politécnico, e do Departamento de Ciências da Saúde da Universidade Católica – Viseu, do ensino universitário. A dinamização de atividades práticas irá ser potenciada pela valência diversificada dos recursos existentes nas instituições de ensino superior envolvidas, como os laboratórios, os equipamentos científicos, o espaço rural da Quinta da Alagoa, com todas as valências e práticas agrícolas, zootécnicas e alimentares que lhe estão associadas.

Numa lógica de criação e consolidação de redes temáticas de partilha de conhecimento, neste caso associadas à temática do cardo, serão ainda envolvidas, de forma complementar, outras instituições que possam promover uma formação mais integrada dos alunos envolvidos no projeto. Deste modo, a inclusão da APPACDM – Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental de Viseu, numa vertente de integração na sociedade de pessoas com deficiência, perfeitamente capazes de participarem em algumas das fases deste projeto, visa sensibilizar os alunos para a necessidade do respeito pela diferença, sem descurar os objetivos primordiais deste projeto. Estes remetem para o rigor da aprendizagem científica e para o despertar da curiosidade por várias áreas do conhecimento procurando motivar os alunos na busca de estímulos que os auxiliem na tomada de decisão sobre as áreas científicas e tecnológicas que entendam seguir no prosseguimento dos seus estudos ao nível do ensino superior.

Numa outra perspetiva, as instituições Casa da Ínsua (Visabeira), em colaboração com a ANCOSE (Associação Nacional de Criadores de Ovinos Serra da Estrela), terão um papel preponderante numa vertente de aplicação do objeto em estudo, o cardo, que se traduz na criação e no desenvolvimento de um produto - o queijo “Serra da Estrela”. Pretende-se que os alunos tomem contato com este ex-libris da região e que possam aprender a laborar e a apreciar este ícone do mundo rural, que traduz um vasto leque de saberes desde a produção agrícola ao maneio animal e à indústria alimentar, num ambiente de prazer e de degustação.

A escolha do cardo (Cynara cardunculus L.) como eixo temático estruturante deste projeto assenta no fato de ser uma espécie importante para a área geográfica onde ambas as instituições de ensino superior se encontram implantadas e sobre o qual detêm know-how científico e tecnológico, não apenas pela importância que tem para com o setor produtivo dos laticínios como para toda a preservação da paisagem, assente na biodiversidade das pastagens, na preservação e melhoramento das raças autóctones de ovelhas vocacionadas para a produção de leite, bem como para a cultura e saberes empíricos desta região abrangendo igualmente a vertente de inovação em saúde e tecnologia.

Esta planta possui um conjunto de características específicas ao nível da taxonomia, da morfologia, da fisiologia, da bioquímica e da genética que podem ser exemplificadas e aprofundadas no ensino experimental das ciências e, em simultâneo, serem estruturantes na abordagem contextualizada dos conteúdos programáticos de Biologia (11º e 12º anos de escolaridade). Na verdade, o cardo surge como recurso multifuncional dada a abrangência e a multiplicidade das suas aplicações diretas e indiretas nas mais diversas áreas científicas. Neste sentido, em termos taxonómicos, trata-se de uma espécie com uma variabilidade fenotípica, bioquímica e genética significativa que pode ser explorada, nas mais variadas formas, desde a mera observação e caracterização morfológica e fenotípica até à avaliação da expressão dos genes, designadamente das cardosinas, através da caracterização genotípica e da sua aplicação biotecnológica nas áreas da produção e transformação alimentar e na promoção da Saúde e bem-estar. A diversidade morfológica, designadamente ao nível da dimensão, do peso, da coloração e da textura das sementes pode ser explorada para avaliar diferentes níveis de fisiologia da germinação e de crescimento celular e vegetativo, procurando relacionar a morfologia das sementes com a eficácia e a diversidade fisiológica e bioquímica do processo germinativo que assenta igualmente em larga medida na ação de proteases sobre o endosperma da semente. Concomitantemente, os ápices radiculares, que patenteiam uma intensa atividade mitótica, serão usados como órgãos privilegiados para a observação das figuras mitóticas, análise do cariótipo e extração de ADN. Estes ensaios de germinação, via seminal, realizados numa primeira fase em laboratório, em condições de ambiente controlado, onde poderá ser testada a ação de diversos fatores abióticos, serão acompanhados e monitorizados no seu desenvolvimento em viveiro, em parceria com a APPACDM e usados para instalar um campo experimental de cardo nas instalações da própria Escola Secundária de Viriato, como forma de caracterizar e demonstrar à comunidade educativa toda a biodiversidade avaliada e caracterizada. Tratando-se de uma espécie alogâmica, o método de propagação clonal é de importância crucial para a manutenção das características morfológicas, bioquímicas e genéticas das plantas eleitas como detentoras de características únicas que possam ser consideradas de exceção e que interessem preservar, caracterizar e melhorar. Deste modo, serão ensaiados métodos de propagação clonal desde a mera propagação vegetativa de rebentos em viveiro até à micropropagação in vitro realizadas em laboratório na ESAV. Este taxa é um modelo clássico no estudo de proteases aspárticas, enzimas envolvidas em vários processos fisiológicos e que são usadas biotecnologicamente desde tempos remotos na produção de queijo, designadamente do Queijo DOP Serra da Estrela, através da utilização de flores de cardo no processo de coagulação do leite de ovelha da raça bordaleira “Serra da Estrela”. A purificação, caracterização, quantificação e análise da diversidade bioquímica de proteínas será realizada através da utilização combinada de técnicas de cromatografia (exclusão molecular e troca iónica), espectrofotometria UV-Visível e de eletroforese de proteínas (SDS-PAGE) em condições nativas e desnaturantes.

O fabrico do queijo trata-se de um dos processos biotecnológicos mais remotos desenvolvidos pelo Homem a par do fabrico do pão, do vinho e da cerveja que interessa conhecer e valorizar como forma de promoção de uma técnica e de um produto de elevado valor nutritivo e organolético. Julgamos que para além de toda a mais valia proporcionada por este projeto que visa a criação de uma rede temática de partilha de conhecimento à volta do cardo, por diferentes níveis de ensino, este conhecimento ajudará a sensibilizar os alunos para a valorização de um produto regional, considerado um ícone na preservação da paisagem e dos costumes beirãos, que fazem parte do legado da cultura de muitos dos antepassados familiares destes alunos que interessa salvaguardar e de toda uma biodiversidade, desde a flora das pastagens, as raças de ovinos autóctones, o conhecimento biotecnológico, a flora microbiológica, aliada à valorização da biomassa e de questões relacionadas com o problema da escassez de água e o consequente stresse hídrico, para além do interesse florístico na sua introdução em jardins, em composições estéticas que tenham preocupações com a preservação e a sustentabilidade dos recursos naturais.

No âmbito do projeto pretende-se monitorizar a flora microbiana ao longo do processo tecnológico da produção do queijo, através da determinação das populações microbianas, quer ao nível do leite crú, quer ao nível dos extratos do cardo utilizados, bem como em etapas críticas do processo de cura e maturação.

Além da sua utilização tradicional, no fabrico do queijo, o cardo e os seus componentes moleculares, têm sido alvo de muitos e variados estudos, visando a sua utilização em diversas áreas. Como exemplo, as cardosinas, que são um grupo de enzimas da família das proteínases aspárticas, obtidas da flor do cardo, têm sido estudadas em algumas aplicações biotecnológicas. Estas enzimas, para além da sua atividade coagulante explorada no fabrico do queijo, apresentam atividade de degradação de componentes da matriz extracelular, nomeadamente o colagénio. Esta propriedade permite a sua utilização como ferramenta de dissociação de tecido neuronal para o estabelecimento de culturas primárias de neurónios bem como a aplicação médica na prevenção e tratamento de fibroses e aderências pós-cirúrgicas. Além destas aplicações, que já foram alvo de investigação, as cardosinas poderão ter aplicações em outras áreas, como sejam: a extração de colagénios intersticiais para investigação, a produção de cosméticos e a limpeza de lentes de contacto.

A implementação deste projeto pode constituir-se como alternativa ao ensino expositivo tradicional da Biologia, valorizando a abordagem da Ciência numa perspetiva sustentável, inovadora e criativa de Ciência-Tecnologia-Sociedade-Saúde-Ambiente (CTSA) e, em simultâneo, contribuindo para a formação integral dos alunos e para a valorização que eles podem fazer como cidadãos de um produto regional que possui enormes potencialidades a nível económico, social e cultural. Potenciando a formação especializada dos docentes, dos técnicos e alunos da ESAV e do Departamento de Ciências da Saúde da UCP-Viseu concretizando um enriquecimento conceptual e pedagógico que daí pode advir para os alunos e docentes da Escola Secundária de Viriato, procuramos implementar uma abordagem inovadora e criativa do ensino da Biologia que não se centre apenas na natureza curricular e didático-pedagógica dos conteúdos programáticos lecionados. Que promova, também, nos participantes neste projeto o reconhecimento da importância dos produtos de denomiação de origem nas comunidades locais, capazes de assegurar alguma da sustentabilidade dos ecossistemas natural e social, no consumo alimentar, mais consciente e sustentável, e na sensibilização para a importância dos produtos regionais no desenvolvimento sustentável da região beirã. Promovermos a criação de consumidores exigentes, que saibam avaliar a excelência de produtos regionais na produção e degustação, em especial numa área geográfica onde se cultiva a denominação de origem protegida em diversos tipos de produção, constituirá no futuro uma forma segura e profícua de seleção dos produtores mais aptos, por via da autenticidade, tipicidade e qualidade inequívoca dos seus produtos.

Neste projeto procuramos complementar em sinergia as potencialidades de cada uma das instituições de ensino superior, em que a ESAV prima por proporcionar condições de proximidade à realidade rural típica desta região Beirã e que permita o contacto direto dos alunos com os elementos relacionados com a produção deste ícone da paisagem beirã, o queijo “Serra da Estrela”, como os lameiros, os campos de recursos genéticos do cardo, as ovelhas da raça “bordaleira serra da Estrela”, onde se inclui o maneio animal e a ordenha para obtenção do leite como matéria-prima para a ação biotecnológica. Toda a monitorização da flora microbiológica associada ao leite, ao cardo e ao queijo, bem como os ensaios de propagação in vitro e parte da análise de biologia molecular serão desenvolvidas nos laboratórios da ESAV sob a orientação dos docentes das respetivas áreas científicas com a colaboração dos alunos. Por outro lado, no Departamento de Ciências da Saúde da UCP-Viseu desenvolver-se-á toda a caracterização bioquímica e a aplicação biotecnológica à área da saúde, criando-se momentos de transferência e de atualização científica dos próprios docentes do ensino secundário envolvidos nas atividades.

O portal CARDOP, alojado na página da ESAV, constituir-se-á como uma ferramenta web privilegiada para a divulgação dos protocolos de ensaios realizados e resultados obtidos, bem como a validação das aprendizagens obtidas pelos alunos em contexto de sala de aula e de atividades extracurriculares no âmbito do projeto.

Os professores do ensino secundário envolvidos, procurarão adequar os interesses e motivações dos alunos da turma com os propósitos do projeto sendo que, áreas como a informática, fotografia, representação cénica e declamação poderão ser experienciadas no enquadramento do projeto acrescentando outros vértices aos domínios das ciências exatas e aplicadas.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Ensinar por Vocação ... é uma questão de Vontade e Dedicação!

Tenho pelo colega Prof. António Pinto uma enorme admiração, que se traduz em muitos pontos de vista coincidentes, em diversas situações que ocorrem na nossa escola e na sociedade em geral. Hoje assisti a uma aula de Técnicas de Análises Microbiológicas ministrada pelo meu colega a um CET de Tecnologia de Análises Laboratoriais da ESTGV sobre análise de carga microbinana em diversos substratos como sejam o leite de ovelha e a flor seca do cardo. É salutar podermos assistir a aulas de colegas, quiça para buscarmos inspiração e podermos também dar algumas achegas. Neste como noutros casos, ao mesmo tempo que ensinamos os nossos alunos podemos estar a fazer ciência em prol da Escola e da região, utilizando para isso os produtos oriundos da quinta da Alagoa e que  traduzem o reflexo e o potencial de toda uma região. Podemos fazer isso na bioquímica, na genética, e até na matemática e na biofísica. Hoje vamos discutir o próximo ano lectivo e que bom seria, de uma vez por todas, cruzarmos as fronteiras disciplinares e criarmos sinergias entre os conteúdos e as áreas científicas e curriculares da nossa escola em prol de um ensino mais prático, orientado no sentido de proporcionarmos novas soluções e criarmos inovação para uma região, estabelecendo parcerias dentro e fora da ESAV.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Vila Nova de Paiva "Criou-lo"... em GRANDE!


Hoje ouvi pela manhã, através do relato do jornalista Amadeu Araújo da TSF, o caso do “chouriço Crioulo do Fumeiro Terras do Demo”, que tem sido um caso de sucesso em terras de Sua Majestade. Esta simples notícia levanta várias questões que julgo poderem ser uma fórmula de sucesso para muitos dos nossos território do interior… e em particular destes do “Demo”. Aliás, esta denominação “tenebrosa” tem exemplos vários de sucesso, onde podemos igualmente destacar o Espumante “Terras do Demo” dos meus amigos de Moimenta da Beira. Gostaria de em primeiro lugar destacar, a capacidade de adaptação e vingamento destes homens e mulheres das “Terras do Demo” às agruras e vicissitudes que a par da criatividade e inovação dos “vindouros” jovens podem aspirar subir aos píncaros do sucesso comercial e empresarial radicado nos produtos endógenos que fazem escola na região. Um outro aspecto não menos importante, é a atenção dada pelos órgãos de comunicação social, e em especial dos seus correspondentes “enraizados” nesses territórios e por isso mesmos dos que melhor o conhecem, fazendo saltar para o escaparate estes casos de sucesso. Depois pelo facto de ser um território de emigração, as suas gentes estendem pontes e abrem portas pelo mundo e permitem divulgar o nome de um território e dos seus produtos, resultantes do saber milenar das suas gentes nos mais diversos domínios do conhecimento e produção. O caso de hoje assenta no sucesso do chouriço crioulo, cuja designação está normalmente associado a cabo-verde e à sua língua, tão difundido pelo mundo através da cultura musical das mornas. No mundo lusófono, o termo crioulo denomina os filhos de casamentos inter-raciais ou, por extensão, as culturas nascidas do encontro entre o mundo europeu e o africano, e provavelmente todo este sucesso pode residir neste tipo de “mestiçagem” de cores, formas, sabores e saberes. Por coincidência, hoje Cabo-Verde fruto dos “Crioulos” está de parabéns por ter passado aos quartos-de-final da Taça das Nações, um feito de relevo atendendo ao facto de ser um pequeno entre colossos.
Noutro patamar, em relação a Vila Nova de Paiva, e a exemplo da muito mediatizada feira dos fumeiros de Montalegre, é tempo de ir pensado em subir mais um degrau na feira da Truta do Paiva, que o ano transacto se revelou um sucesso, para passar a constituir mais um marco incontornável deste território pleno de potencial em relação aos seus produtos endógenos e às suas incríveis paisagens.
Na tentativa de se criar locais aprazíveis para os visitantes se deixarem “enfeitiçar” por aqueles territórios, ajudem a criar a tal rede, Hotelland, com casas de madeira “camufladas” no próprio parque “Arbutus do Demo” e ascendam a um patamar ímpar marcando a diferença face a outros territórios. Por último, temos a cultura desta região que une todos estes elementos produtivos, resultantes da paisagem, das gentes e das suas capacidades e que os pode promover de uma forma evoluída em especial para os mercado ditos exigentes.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Shii...Take... já colhemos!

O shiitake (Lentinula edodes) é hoje em dia o segundo cogumelo comestível mais consumido no mundo, incorporado desde há muito nos hábitos alimentares dos povos asiáticos, só mais recentemente, foi introduzido para produção e consumo nos países ocidentais. A palavra "shiitake" tem origem no japonês shii (uma árvore parecida com carvalho) e take (cogumelo). A primeira referência histórica do consumo de shiitake data de 199 AD. É uma espécie decompositora de madeira, que degrada celulose e lignina para obter energia. O shiitake é nutritivo, rico em proteínas, contendo em relação à matéria seca 17,5% de proteínas, com nove dos aminoácidos essenciais. Tem também interesse medicinal, possuindo substâncias com propriedades medicinais para o tratamento e controle de pressão arterial, redução do nível de colesterol, fortalecimento do sistema imunológico, e inibição do desenvolvimento de tumores, vírus e bactérias. O nosso aluno de Ecologia e Paisagismo Luís Gonzaga, tem desenvolvido alguma experimentação com a introdução de inóculo (micélio), sob a forma de “buchas” deste fungo em espécie de árvores como a bétula, carvalho e eucalipto. Eu tive o prazer de provar alguns dos exemplares que frutificaram (na foto) confirmando a extrema valia culinária desta espécie. Este assunto suscitou-me procurar envolver alunos e professores no desenvolvimento de conhecimento, tecnologia e inovação nesta área, considerando ser esta uma das áreas estratégicas para uma escola e uma região. Deveremos envolver parceiros, institucionais como a Direção Regional de Agricultura, Associações como a Pantorra, empresas produtoras entre outros. Um dos elementos estéticos que marca as lojas Timberland são troncos de bétulas dispostos na vertical. Agora imaginem o interesse que não despertava se nesses troncos fossem realizadas inoculações e se surgissem frutificações dispersos pelos troncos de forma aleatória, apelava a uma mais valia do calçado e das roupas em relação à impermeabilização.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Está aí o 10º PoliEmpreende...é hora de agarrar esta oportunidade!


O PoliEmpreende é um concurso de ideias e de planos de negócios que tem como objetivo avaliar e premiar projetos desenvolvidos e apresentados por estudantes do ensino politécnico. O PoliEmpreende é promovido conjuntamente por todos os Institutos Politécnicos portugueses e tem uma componente regional e outra nacional. A nível regional, cada Instituto Politécnico promove um conjunto de iniciativas destinadas aos seus alunos, que culminam na escolha do melhor projeto. Os projetos vencedores em cada região são, posteriormente, submetidos à apreciação de um júri Nacional que irá escolher os três melhores projetos nacionais. Em ambos os casos estão previstos prémios monetários a distribuir de acordo com o regulamento do concurso. Além do prémio monetário, poderá também ser oferecida a incubação do projeto na In.Cubo. Embora se trate de um concurso especialmente dirigido à comunidade académica, também podem concorrer entidades externas aos Institutos Politécnicos desde que integradas em equipas maioritariamente compostas por elementos da comunidade Politécnica. O concurso desenvolve-se em diversas fases com o objetivo de envolver os participantes na temática do Empreendedorismo e no fomento do espírito empresarial.
A ESAV tem pergaminhos neste concurso pela dinâmica e pelos resultados que tem obtido nos últimos anos. A inciativa e motivação tem partido normalmente dos alunos que têm procurado apoio técnico-científico junto dos docentes numa relação de parceria interessante e frutífera. Já tive a experiência de colaborar num projecto ganhador a nível regional e que foi representar o IPV a Lisboa. Já é tempo de ganharmos um a nível nacional. É uma questão de demonstrarmos empenho, criatividade, inovação e vontade, assumindo por inteiro o desafio.  Este ano a organização a nível nacional está a cargo do Instituto Politécnico da Guarda. Vamos começar a apresentar no seio da ESAV, ideias para levar a concurso.



quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Já não bastava termos um cromo...!


http://projectopatrimonio.com/viseupedia/cromo_se_n08.html

O parque Aquilino Ribeiro caracteriza-se por uma concepção modernista que combina a funcionalidade do espaço com a preservação do património arbóreo, promovendo o ecossistema urbano de Viseu sob ponto vista natural, social, cultural e económico. O Arq.º Vianna Barreto teve o ensejo de poder reinterpretar o lugar, passado meio século da sua intervenção de raiz (1955), assumindo-se como um espaço de tributo, numa espécie de simbiose entre dois expoentes da cultura, preservação, interpretação e valorização das paisagens. A sua matriz arbórea radica no carvalho-alvarinho a par de outras espécies como o carvalho-americano, castanheiro, choupo-branco, magnólia, pinheiro-manso, plátano e tília. Nas espécies arbustivas, destacam-se o rododendro, azereiro, medronheiro e o azevinho, ilustrativas de espécies, algumas raras, autóctones ou em perigo de extinção. O projecto de reinterpretação, inaugurado a 23 de Dezembro de 2011, contemplou a requalificação de pavimentos, infraestruturas e equipamentos, sendo valorizada a componente da água através da criação de um circuito e ampliação do lago. A biodiversidade florística foi valorizada no sub-coberto arbóreo, no jardim sensorial, no enquadramento e naturalização do lago e no espaço relvado de anfiteatro.

Só faltava mais este cromo...de Viseu!


A Tília é um dos ex-libris arbóreos da cidade de Viseu, que caracteriza e inspira o seu centro urbano, pela sombra e harmonia estética e pelo perfume dos seus aromas, na época devida da floração. É uma árvore caducifólia, que enaltece a silhueta piramidal, após a queda outonal da folha. Podemos encontrar exemplares de três espécies, Tilia tomentosa, T. cordata e T. platyphyllos, cujos epítetos específicos relevam características das folhas, e o híbrido Tilia x europea que resulta do cruzamento espontâneo entre estas duas últimas espécies. A tomentosa caracteriza-se pela página inferior da folha estar coberta por tomento branco prateado, a cordata, expressa a forma de coração, sendo também denominada, na forma comum, por Tília-de-folhas-pequenas, em oposição à T. platyphyllus, a Tília-de-folhas-grandes. As flores, colhidas em Julho, usam-se na tradicional infusão de tília, conhecida pelas suas propriedades calmantes e refrescantes. A tília foi uma das árvores de eleição do mestre Aquilino Ribeiro, que as plantou no seu pátio beirão e que, privilegiada e sentimentalmente, admirou e descreveu.

Da nascente à foz pela Grande Rota do Vale do Côa



Conhece o vale do Côa?
Costuma realizar percursos ao longo do rio ou tem informação sobre percursos existentes (pedestres, btt ou equestres)?
Conhece locais de interesse singular?
Gostava de participar na criação de um percurso pedestre ao longo do Côa?

Então esta mensagem é para si.

O QUE É A GRANDE ROTA DO VALE DO CÔA?


A Grande Rota do Vale do Côa, trilho pedestre que neste momento conta com 30 km marcados entre Castelo Melhor (Vila Nova de Foz Côa) e Cidadelhe (Pinhel), vai ser alargada. O renovado percurso vai estender-se ao longo de cerca de 200 kmentre a nascente e a foz do rio Côa, atravessando os concelhos do Sabugal, Almeida, Pinhel, Figueira de Castelo Rodrigo e Vila Nova de Foz Côa. Adicionalmente, o percurso irá agora incluir 3 valências: pedestre, equestre e BTT.



No âmbito deste projecto de alargamento da Grande Rota do Vale do Côa, promovido pela Associação de Desenvolvimento Regional Territórios do Côa, nesta primeira fase, a ATN ficou responsável pelo levantamento do trilho, que irá ser realizado entre o fim de Janeiro e o início de Março.


RECOLHA DE INFORMAÇÃO
Pretendemos juntar o máximo de informação sobre percursos existentes (marcados ou não), sobre património singular existente ao longo do rio (moínhos, pontes, bosques, casebres, aldeias), assim como informação sobre serviços de alojamento e restauração que possam ser usados pelos futuros utilizadores deste trilho.

Para participar na recolha de informação, basta preencher um pequeno formulário. Agradecemos desde já a sua colaboração.



VOLUNTARIADO
A equipa da ATN irá realizar visitas ao terreno a partir já da próxima semana. Se tiver algum tempo livre e quiser acompanhar-nos no campo, por favor contacte-nos. Precisamos de apoio na realização de levantamento de trilhos, recolha de informação sobre património e locais de interesse, fotografia e vídeo, assim como na elaboração de desenhos.

Pedimos a todos os interessados que queiram participar neste projecto para nos contactarem via email (a.gama@atnatureza.org - Alice Gama) ou através dos telefones (271311202 ou 927388110).










terça-feira, 22 de janeiro de 2013

"Da Janela do Meu Gabinete para o Mundo..."

Vila Nova de Paiva












De mãos dadas com a Natureza
Holding hands with Nature...

Toda esta arquitectura,
lenta percussão, perpassa,
sobre cerros sonoros,
com o seu contorno
infixo, fulgurando. Detenham-se
as estrelas quando
for noite, preguem-se
outros pregos de prata
fora do céu visível.
Sons já sem luz. Pastores
poisam as ocarinas, bebem,
entre colinas ocas,
o frio coalhado
pelas tetas das cabras.
Ecoam sons no silêncio,
onde as sombras crescem
a natureza adormecida
nesta Capital Ecológica.

Alexandra Campos
 

Algas recentemente descobertas podem ajudar a descontaminar o lixo nuclear

A indústria nuclear gera resíduos tóxicos radioactivos, que precisam ser descontaminados assim como os efluentes libertados para o ambiente. A descontaminação de radionuclídeos é actualmente realizada utilizando métodos físico-químicos que são dispendioso, e que podem produzir resíduos tóxicos secundários para além de não removerem completamente o 14C. Cientistas em França relataram uma nova microalgas verde autotrófica verde chamado Coccomyxa actinaabiotis nov sp., isoladas a partir de um local nuclear-radioativo, e que é extremamente radio resistente e acumula fortemente radionuclídeos, incluindo 238U,137Cs, 110mAg, 60Co, 54Mn, 65Zn e 14C. No período de uma hora, a microalga revelou-se tão eficaz como os métodos físico-químicos convencionais de permutadores de iões para purificar efluentes nucleares. Este organismo pode vir a ser usado para complementar os protocolos de descontaminação existentes na indústria e também para a limpeza de água acidentalmente contaminada.
A foto é de uma espécie do género Coccomyxa.
C Rivasseau et al., Energy Environ. Sci., 2013

... Fazer eco da imagem!

Este ano assistimos a uma evolução da comunicação na publicitação das candidaturas aos maiores de 23 Anos. Uma das ações está em prática, a colocação dos "outdoors", agora temos que fazer eco da imagem e usar as tecnologias da informação. Temos por obrigação procurar atingir o maior número de candidatos, convencendo-os que esta pode ser uma ótima oportunidade para fazerem um "upgrade" educacional com uma vocação prática numa área que se houve falar bem todos os dias, ...a Agricultura. Curioso, é o facto de há bem pouco tempo parecer termos vergonha em assumirmos o nosso papel e hoje está em voga e cai bem dizermos que estamos ligados à agricultura de futuro.

Projeto Educativo “Um Rio com Vida”
















O projeto AARC - Atlantic Aquatic Resource Conservation, (Conservação dos Recursos Aquáticos do Atlântico), no qual a ADDLAP – Associação de Desenvolvimento do Dão, Lafões e Alto Paiva é um dos parceiros europeus, pretende conceber e aplicar estratégias de gestão integrada de recursos hídricos. A Quercus e a Escola Superior Agrária de Viseu/ IPV colaboram na execução de algumas das ações previstas. Em Portugal, um dos espaços a intervir é a bacia hidrográfica do Rio Vouga e das sub-bacias do Paiva e do Dão, na área coincidente com os cinco concelhos da área de abrangência da ADDLAP: Viseu, Vila Nova de Paiva, São Pedro do Sul, Vouzela e Oliveira de Frades. Neste território pretende-se efetuar uma caracterização das comunidades aquáticas da bacia do Vouga, em particular das populações de peixes e definir estratégias para a exploração dos recursos piscícolas, mediante a definição não só de programas de recuperação e valorização dos ecossistemas ribeirinhos, como também da reabilitação das populações piscícolas com interesse económico para a região. No projeto, a componente de sensibilização ambiental terá um papel fulcral, com a conceção de um programa de educação para a sustentabilidade, com enfoque, na preservação das espécies migradoras e dos seus habitats, o qual será promovido junto das escolas da área de intervenção da ADDLAP e junto dos utilizadores dos cursos de água, em especial os pescadores, prevendo-se que os resultados desta experiência possam vir a ser replicados a nível nacional. Sendo a Educação Ambiental um pilar fundamental da Conservação da Natureza, ela assume uma importância de relevo no decurso do Projeto AARC. A compreensão e o conhecimento da biodiversidade da bacia hidrográfica do rio Vouga, bem como dos habitats que a integram e dos serviços ambientais que prestam ao homem, afigura-se-nos indispensável para o desenvolvimento de atitudes ambientalmente mais responsáveis e conscientes, consentâneas com a proteção dos recursos numa ótica de desenvolvimento económico sustentável, tanto a nível local como global. Assim, no decorrer do ano letivo 2012/2013, com o objetivo de divulgar junto da comunidade escolar os valores naturais ligados ao rio, a sua importância para o Homem no passado e no presente, e sensibilizar para a necessidade da sua preservação, pretende-se desenvolver o programa Educativo “Um rio com vida”.

Este programa destina-se a todos os alunos que frequentem o ensino básico (1º, 2º e 3º ciclos) em estabelecimentos de ensino público e privado localizados na área coincidente com os cinco concelhos da área de abrangência da ADDLAP: Viseu, Vila Nova de Paiva, São Pedro do Sul, Vouzela e Oliveira de Frades.

O programa tem como objetivos: Divulgar os valores naturais do rio; Sensibilizar a Comunidade escolar para a necessidade de conservar os habitats ribeirinhos; Dar a conhecer o Projeto AARC nas suas diversas vertentes de Intervenção;  Envolver os alunos em atividades educativas sobre a temática “Um rio com vida”, num contexto escolar;

Este programa é constituído por duas modalidades indissociáveis: a primeira consiste na deslocação à escola de um técnico da equipa do projeto que irá dar a conhecer os valores naturais do rio e o projeto AARC (Ação de Educação Ambiental) e a segunda consta no desenvolvimento e apresentação, pela escola inscrita, de pelo menos um trabalho sobre os rios Vouga, Paiva ou Dão.

O Programa Educativo “Um rio com vida” é representado pela sua mascote, a Célia, uma lontra-europeia (Lutra lutra), espécie que ocorre na bacia do Vouga.





segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Voar com o Aquilino Ribeiro...é um luxo!

Há coincidências que não esquecemos e que devemos registar. A minha última viagem na TAP foi a bordo da aeronave baptizada "Aquilino Ribeiro" um autor que tanto prezo e que me acompanha em momentos de inspiração.

Alunos dão o mote...!

pdt.org.br
Como foi notório estive ausente durante um largo período da actividade bloguista, que não tem uma explicação evidente. Neste entretanto ocorreram posts de propostas de emprego e mais recentemente um link relativo a um tema que a mim me é muito querido...A alfarroba! A produção de etanol com base na polpa de alfarroba  é uma evolução natural e inteligente há muito tempo esperada. Desejo as maiores  venturas para que o projecto decorra com sucesso. Hoje, estou dedicado ao cardo que tem muitos aspectos em comum com a alfarroba e que nos próximos dias irei mostrar essa aproximação em termos resistência ao stresse hídrico, aplicações farmacêuticas e biotecnológicas, produção de energia, entre outras. Os alunos servem-nos de motivação e nós não os podemos desiludir.

Se eu não "Vice" não acreditava...

Crónica a publicar brevemente...

ESAV abre inscrições aos Maiores de 23 Anos, sob o lema " Pelo melhor...não há 2 sem 3"


Na qualidade de Presidente do Júri do processo de candidatura aos maiores de 23 anos na ESAV, é minha obrigação pugnar pela promoção e divulgação desta forma de acesso ao ensino superior que com o decorrer dos anos considero que tem sofrido uma evolução extraordinariamente positiva, em termos de qualidade  e exigência dos candidatos. Os candidatos aos maiores de 23 anos são avaliados pela súmula de três componentes: Avaliação do Currículum Vitae, entrevista com os elementos do Júri e uma das três provas escritas: Matemática, Química-Física ou Biologia-Geologia. Temos tido candidatos que, cumpridos os dois primeiros itens,  têm ingressado na ESAV através da realização de qualquer uma destas provas o que mostra a diversidade e abrangência dos seus domínios técnico-científicos. Lembro que no ano passado tivemos 23 candidatos, alguns com mestrado, licenciados em Eng. Civil, Eng. Química, entre outros. A origem geográfica também foi muito abrangente recordando que tivemos candidatos de Portugal Continental, da Madeira e dos Açores o que mostra a nossa capacidade de divulgação e de atratividade. Todos sabemos que os alunos não serão todos "brihantes", mas nem estes nem os outros, ditos "os da via normal", o que não os impede de serem voluntariosos e nós professores e tutores temos a obrigação de os formar o melhor possível e esse é o nosso trabalho diário. Da larga experiência que tenho tido com os alunos maiores de 23 anos, devo dizer que é um enorme orgulho poder considerar-me e considerarem-me um tutor, alguns deles com mais experiência vivida que a minha e posso dizer que tenho aprendido imenso com eles. A forma como se têm entrosado na vida académica tem sido extremamente saudável, ajudando por vezes, com as suas experiências, a combater alguns excessos. Posso dizer que neste momento é uma aposta ganha e este é o momento certo para fazer uma boa divulgação para angariarmos o maior número possível de candidatos e que depois ocorrerá a própria selecção para que entrem os mais aptos. As provas têm seguido o figurino dos exames nacionais e das provas intermédias, e o que nos temos preocupado é em ajudar os alunos a superarem algumas dificuldades, ministrando aulas de apoio e estando disponíveis para tirarmos dúvidas. Se isto é "facilitar"...não fazemos mais do que o nosso dever! Espero que este ano tenhamos um rol de candidatos tão bom como o do ano transacto seria um sinal muito positivo de que estamos no caminho certo e acredito que é isso que irá acontecer. As candidaturas estão abertas para todos os cursos sem excepção e acredito que cursos como os de Eng. Alimentar e Ecologia e Paisagismo também possam colher a preferência dos alunos e não apenas os que foram referidos como os de Eng. Agronómica, Eng. Zootécnica e Enfermagem Veterinária. A agricultura não está só na moda, está a servir como verdadeiro motor da economia e a área do processamento e transformação alimentar está a saber tirar partido deste facto para valorização de toda uma produção agrícola, uma região e um país. As questões da preservação e sustentabilidade ecológica e ambiental e das energias renováveis, com a redução da pegada do carbono entronca numa agricultura mais sustentável, com menos fitoquímicos e de proximidade pela qual devemos zelar. Pelo que observamos não faltam atributos para que as candidaturas aos maiores de 23 anos trespassem todos os cursos da ESAV.

"J´Aime... Les uns et les autres!"


pululu.blogspot.com
Hoje, senti um impulso para a escrever! Não para expressar qualquer tipo de descontentamento sobre decisões recentes, nem quaisquer "rancores" mas, apenas porque hoje ajudei o "Jaime" a levantar-se e a sentar-se na cadeira de rodas que lhe dá a autonomia para andar por toda uma Escola. Senti-me bem! Fiz a primeira boa ação do dia sem qualquer dificuldade e sei que hoje será mais um dia feliz para o "Jaime". Devo confessar que sinto imenso orgulho em termos este  aluno portador de deficiência no nosso seio, que nos faz crescer como Escola e sentirmos todos os dias que existem pessoas portadoras de deficiência, alguns deles com tanta ou mais capacidade do que nós mesmos. Faz-me lembrar os outros que estão na APPACDM em Viseu e pelos quais nutro um carinho especial, por eles e pelos professores e diretores. Por falar nisso vamos reatar o nosso projeto do cardo e, este ano, colocá-los a fazer queijo Serra da Estrela...com o melhor cardo da região, aquele mesmo que foi plantado por eles na Casa da Ínsua e colocar as placas personalizadas que testemunham esse feito. Hoje senti vontade de escrever...amanhã não sei!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

http://www.publico.pt/local/noticia/universidade-do-algarve-desenvolve-tecnologia-para-produzir-biocombustivel-a-partir-de-alfarroba-1580310